Migração cranial de diferentes volumes de iobitridol, administrados pela via epidural lombossacra, em coelhos
Palavras-chave:
lagomorfo, meio de contraste, periduralResumo
Com o objetivo de avaliar a migração cranial de diferentes volumes de iobitridol, administrado por via epidural lombossacra, bem como as possíveis alterações decorrentes dessa administração, foram utilizados 12 coelhos, sem raça definida, com 1,0±0,5 anos de idade e pesando 2,4±0,4 kg. Os animais foram anestesiados com xilazina (5 mg/kg) e cetamina (20 mg/kg), por via intramuscular, 15 minutos antes da punção lombossacra. Foram compostos dois grupos: grupo 1 (G1), onde foi administrado iobitridol, no volume de 0,33 mL/kg; e grupo 2 (G2), 0,22 mL/kg. Avaliaram-se as frequências cardíaca (FC) e respiratória (f), a duração da onda P, do intervalo PR, do complexo QRS e do intervalo QT, a saturação de oxihemoglobina (SPO2) e a temperatura retal (TR), antes da epidurografia e a cada 10 minutos após, durante 60 minutos. Também foram analisadas a migração cranial do iobitridol e a ataxia produzida. A FC, f e TR reduziram e a duração do intervalo QT aumentou após a anestesia em ambos os grupos. As durações do intervalo PR e do complexo QRS aumentaram no G1. O limite cranial da migração do meio de contraste variou entre a 4а vértebra lombar e a 8а vértebra torácica no G1 e entre a 5а vértebra lombar e a 11а vértebra torácica no G2. A ataxia foi moderada em ambos os grupos. Conclui-se que a administração do iobitridol pela via epidural lombossacra, associada à anestesia dissociativa com xilazina-cetamina, e nos volumes utilizados e sob as condições de estudo, causa alterações toleráveis nos parâmetros avaliados em coelhos hígidos, e quando utilizado neste modelo animal não causa sinais de neurotoxicidade.