Perfis clínico e laboratorial de cães de abrigo submetidos a esterilização

Autores

  • Carine Budziak Prefeitura Municipal de Araucária
  • Amanda Anater Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • José Ademar Villanova Junior Pontíficia Universidade Católica do Paraná
  • Rita Maria Venancio Mangrich Pontíficia Universidade Católica do Paraná
  • Dariane Cristina Catapan Pontíficia Universidade Católica do Paraná
  • Cláudia Turra Pimpão Pontíficia Universidade Católica do Paraná

Palavras-chave:

animais domésticos, contagem de células sanguíneas, castração, urinálise.

Resumo

Avaliou-se o perfil clínico e laboratorial de 90 cães de abrigos submetidos à ovariohisterectomia e orquiectomia. A avaliação pré-operatória foi realizada por exame clínico, hemograma, coagulograma, coproparasitológico, pesquisa de hemoparasitas, urinálise e exames bioquímicos. Dos animais participantes, 53,33% eram fêmeas; 93,3% eram sem raça definida (SRD);  a idade média foi de 3,56 ± 1,32 anos e peso médio de 10,87 ± 6,08 kg; 65,55%  apresentaram escore corporal normal e 42,22% foram considerados cães dóceis. No exame clínico geral, as principais alterações foram da temperatura retal e frequência respiratória, no exame específico foi observado pulicilose, prurido, seborréia e dermatites. Verificou-se anemia em 18,60% dos animais e sua intensidade apresentou correlação com o escore corporal, mas esta correlação não foi observada com a presença de hipoalbuminemia. Os valores de contagem de leucócitos, neutrófilos e bastonetes estavam  elevados, porém  decorrentes de estresse. Na urinálise, as principais alterações encontradas foram na densidade, aspecto e presença de bactérias. Ao exame coproparasitológico, 65,45% dos animais foram diagnosticados com Ancylostoma sp. e Trichuris sp. Os cães de abrigo apresentaram alterações nos exames realizados, sugerindo que possuem perfis clínico e laboratorial próprios, pois nenhuma alteração foi sugestiva de patologia, provavelmente por uma condição de estresse e deficiência nutricional.

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Biografia do Autor

Carine Budziak, Prefeitura Municipal de Araucária

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2006). Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Anestesiologia Animal. Mestre em Ciência Animal. Realizou Residência Médica em Anestesiologia Veterinária na Unidade Hospitalar de Animais de Companhia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Possui Especialização em Formação Pedagógica do Professor Universitário.

Amanda Anater, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Formada em Medicina Veterinária pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2009-2013). Atualmente mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Tem experiência na área de pesquisas e desenvolvimento de fármacos / biotecnologia aplicada a nutrição animal.

José Ademar Villanova Junior, Pontíficia Universidade Católica do Paraná

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR (1999), no ano seguinte, na mesma Instituição, realizou especialização sob forma de Residência em Clínica Médica e Cirúrgica em Animais de Companhia. Em 2002, concluiu mestrado em Cirurgia Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-JABOTICABAL). No ano de 2004, concluiu especialização em Bioética na PUCPR. Doutorado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2013). Atualmente é Professor Adjunto e Coordenador do Programa de Residência em Clínica Cirúrgica em Animais de Companhia da PUCPR. É membro do grupo de pesquisa em Patologia Geral e Comparada - PUCPR e é pesquisador do Laboratório de Patologia Clínica Veterinária da UFPR; membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária e da Associação Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Veterinária. Tem experiência em Clínica Cirúrgica em Animais de Companhia, atuando principalmente nas seguintes áreas: ortopedia, neurocirurgia e terapia celular.

Rita Maria Venancio Mangrich, Pontíficia Universidade Católica do Paraná

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1991) e mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Paraná (2000). Atualmente é professora adjunto nível 3 e coordenadora adjunta do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Bioquímica Veterinária, atuando principalmente nos seguintes temas: Bioquímica Clínica Veterinária e Patologia Clínica Veterinária de animais domésticos e Selvagens. Experiência prática no ensino em nível de graduação e pós-graduação e na área administrativa do ensino superior.

Dariane Cristina Catapan, Pontíficia Universidade Católica do Paraná

Doutoranda em Saúde, Tecnologia e Produção Animal Integrada pela PUCPR (2015). Médica Veterinária, formada pela PUCPR (2010); possui MBA em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela FACINTER (2011) e Mestrado em Ciência Animal pelo Programa de Pós-Graduação da Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária da PUCPR (2014). Professora da Faculdade da Indústria - IEL.

Cláudia Turra Pimpão, Pontíficia Universidade Católica do Paraná

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Paraná (1992), mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Paraná (1996) e doutorado em Processos Biotecnologicos pela Universidade Federal do Paraná (2006). Pós-doutorado em Chongqing Animal Disease Prevention and Control Center, China (2014). Pós-doutorado na Universidade de Valência, Espanha (2014-2015). Professora titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Farmacologia e Toxicologia Veterinária, atuando principalmente nos seguintes temas: Determinação da efetividade e do fator de segurança para o desenvolvimento de novos fármacos; Controle da dor; Estudos populacionais de cães e gatos; Estudos farmacológicos e toxicológicos do impacto causado por substâncias químicas ou micotoxinas em diferentes espécies animais; Mecanismos e mediadores envolvidos nos fenômenos na fase aguda da inflamação em peixes, bem como de sua modulação por sistemas endógenos, participação de células residentes (macrófagos) e por exposição á inseticidas.

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Publicado

2017-03-29

Edição

Seção

Patologia e Análises Clínica Veterinária