Viabilidade dos espermatozoides criopreservados de touros, colhidos do epidídimo após 12 horas a 4ºC
Palavras-chave:
bovino, cauda-epidídimo, célula-espermática, congelaçãoResumo
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da refrigeração do epidídimo, sobre a viabilidade dos espermatozoides congelados. Foram colhidos dez pares de testículos/epidídimos de um abatedouro comercial. Um dos epidídimos foi refrigerado a 4°C durante 12 horas e o contralateral foi imediatamente processado. O epidídimo foi isolado, as células espermáticas extraídas e analisadas quanto à motilidade, vigor, concentração, morfologia e integridade da membrana. Após a análise, os espermatozoides foram congelados em diluente Botubov® (Botupharma Biotecnologia Animal, Botucatu, SP, Brasil) e descongelados para análise. O mesmo procedimento foi realizado com o testículo/epididímo refrigerado. Os resultados evidenciaram maior viabilidade (p≤0,05) das células pré-congelação para os parâmetros, número total de espermatozides (1,9 ± 1,2 versus 0,9 ± 0,9 x 109 espermatozoides), motilidade (74,0 ± 15,1 versus 20,5 ± 13,8%) e vigor (3,7 ± 0,5 versus 1,7 ± 0,8), e pós-congelação, motilidade (23,5 ± 16,7 versus 8,0 ± 7,9%) e vigor (2,0 ± 0,8 versus 0,8 ± 0,8) quando os espermatozoides foram colhidos a partir de epidídimos processados imediatamente após o abate quando comparados aos mantidos 12 horas sob refrigeração, respectivamente. Conclui-se que 12 horas de refrigeração do epidídimo após o abate, prejudica a qualidade das células espermáticas, impossibilitando a congelação do sêmen.