Parâmetros ventilométricos e hemogasométricos em cadelas submetidas à ovariohisterectomia, pré-medicadas com tramadol ou morfina e anestesiadas com isofluorano
Palabras clave:
hemogasometria, morfina, ovariohisterectomia, tramadol, ventilometria.Resumen
Avaliaram-se os efeitos nos parâmetros ventilométricos e hemogasométricos em cadelas submetidas à ovariohisterectomia (OHE), pré-medicadas com tramadol ou morfina e anestesiadas com isofluorano. Utilizaram-se 12 cadelas sem raça definida (SRD), divididas em dois grupos (n= 6 para cada grupo), todas com indução anestésica com propofol e manutenção com isofluorano em O2 a 100%, sendo que a diferença entre os grupos se deu pela pré-medicação com tramadol (GT – 4mg/Kg IM) ou morfina (GM – 0,4 mg/Kg IM). As observações das variáveis iniciaram-se 30 minutos após a administração do bolus de propofol (M0). As demais colheitas dos dados foram realizadas em intervalos de 15 minutos, por um período de 60 minutos (M15, M30, M45 e M60, respectivamente). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos ou momentos para as variáveis hemogasométricas, entretanto os médias de pH, déficit de base (DB) e pressão parcial de dióxido de carbono no sangue arterial (PaCO2) ficaram fora da faixa normal para a espécie canina. Foram encontradas diferenças significativas para as variáveis: volume corrente (GM > GT de M0 a M60), pico de fluxo inspiratório e expiratório (GM > GT) e pressão de pico inspiratório, sendo que GM foi maior que GT em M0. Concluiu-se que ambos os opióides são seguros, não causando alterações importantes na ventilometria quando utilizados na pré-medicação em cadelas anestesiadas com isofluorano e submetidas à OHE, porém, a anestesia inalatória com isofluorano deve ser utilizada com cautela em animais com propensão à acidemia.