DETERMINANTES PARA UTILIZAÇÃO DE HEDGE ACCOUNTING: UM ESTUDO EMPÍRICO EM COMPANHIAS BRASILEIRAS LISTADAS NO SEGMENTO NOVO MERCADO DA BM&FBOVESPA

Autores

  • Vando da Conceição Rosas Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Rodrigo de Oliveira Leite Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Guilherme Teixeira Portugal Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Este estudo tem como principal objetivo verificar se determinantes como “tamanho” e “dívida” são capazes de influenciar as companhias brasileiras do segmento do Novo Mercado a adoção do Hedge Accounting. Com o intuito de atingir os objetivos propostos, realizou-se uma pesquisa descritiva, uma vez que descreveu fenômenos e experimentos realizados no estudo de natureza quantitativa por utilizar técnicas estatísticas para classificar e quantificar dados extraídos da amostra. A amostra inicial foi composta por 137 companhias de capital aberto que publicaram seus demonstrativos financeiros relativo ao exercício de 2016 e desta foram extraídas todas as companhias que não possuíam contratos ativos de derivativos no ano pesquisado. Desta maneira, somente foram consideradas como base amostral de estudo 91 companhias deste segmento. Verificou-se ainda que a variável relacionada ao faturamento está diretamente associada a escolha contábil, diferente das variáveis associadas as dívidas que afastam a adoção desta metodologia. Observou-se ainda que, apesar dos altos níveis de exigências apresentadas por empresas de auditorias classificadas como uma das Big Four, não serviu como fator influência para a aplicação do Hedge Accounting. Desta forma, com base nos dados gerados nesta pesquisa, entende-se que “tamanho” e “dívida” não são fatores exclusivamente fortes e determinantes para adoção da contabilidade de Hedge para as companhias brasileiras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vando da Conceição Rosas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestrando pelao Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com graduado em Ciências Contábeis pela UFRJ com especialização em Controladoria e Finanças pela Faculdade Mackenzie Moraes Junior.

Áreas de atuação: Financeira e Societária. 

Referências

ARAUJO, C. G.; IKUNO, L. M.; PAULO, E., & SALES, I. C. H. (2011). Hedge Accounting: Análise da extensão de sua utilização nas empresas brasileiras que compõem o IBRX-100. In 11º Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, São Paulo.

BARCEDO, C. H.; ARAUJO, G. S.; LION, O. M. B. Mercado de derivativos no Brasil: conceitos, operações e estratégias. 3 ed. Record: Rio de Janeiro, 2009

BARTRAM, S. M.; BROWN, G. W.; FEHLE, F. R. International evidence on financial derivatives usage. Journal Financial Management, University of Warwick Publications servisse & WRAP; v. 38 (n. 01), p. 185-206, 2009.

BROWN, S.; GOETZMANN, W.; LIANG, B.; SCHWARZ, C.; Mandatory Disclosure and Operational Risk: Evidence from Hedge Fund Registration. The Journal of Finance, v. LXIII, n. 6, p. 2.785-2.815, dec. 2008.

CAPELLETTO, L. R.; OLIVEIRA, J. L. DE; CARVALHO, L. N. Aspectos do Hedge Accounting não Implementados no Brasil. Revista de Administração, São Paulo, v. 42, n. 4, p. 511-523, out./nov./dez. 2007.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). CPC 14 – Instrumentos Financeiros. 2008. Disponível em: http://www.cpc.org.br, acesso em 25 de junho de 2017.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e mensuração. 2009. Disponível em: http://www.cpc.org.br, acesso em 25 de junho de 2017.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). CPC 39 – Instrumentos Financeiros: Apresentação. 2009. Disponível em: http://www.cpc.org.br, acesso em 25 de junho de 2017.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). CPC 40 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação. 2009. Disponível em: http://www.cpc.org.br, acesso em 25 de junho de 2017.

DARÓS. L. L.; ALBERTON, L. A Estrutura das Demonstrações Contábeis permite evidenciar operações com Instrumentos Financeiros Derivativo? Uma análise dos relatórios contábeis publicados no Brasil e nos Estados Unidos. In: Congresso USP de Contabilidade e Controladoria, 7, 2007 São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 2007.

DEMARZO, P. M.; DUFFIE. Corporate Incentives for Hedging and Hedge Accounting. The Review of Financial Studies, vol. 8, no. 3, p. 743-771, 1995.

DIAS FILHO, J.M.; CORRAR, L.J. Regressão Logística. In: CORRAR, L.J.; PAULO, E.; DIAS FILHO, J.M. (Coord.). Análise multivariada: para cursos de administração, ciências contábeis e economia. FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras; São Paulo: Atlas, 2009

DRAKOPOULOU, V. Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities, Journal of Financial Risk Management, 2014, v.3, p. 151-165.

FASB. Financial Accounting Standards Nº 133 – Accounting for Derivatives Instruments and Hedging Activities. Disponível em: http://www.fasb.org. Acesso em 26 de junho de 2017.

FENN, G.; POST, M.; SHARPE, S. Debt Maturity and the Use of Interest Rate Derivatives by Nonfinancial Firms. Capital Markets Section Federal Reserve Board paper, 1996.

GALDI, F. C.; GUERRA, L. F. G. Determinantes para Utilização de Hedge Accounting: Uma escolha contábil. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 2009, 3 (2), p. 23-44. Disponível em: www.repec.org.br/index.php/repec/article/view/66. Acesso em 23 de junho de 2017.

GIL, A. C.; Métodos e Técnicas de pesquisa Social, 6ª Ed.; Ed. Atlas S.A, 2008.

HAIR JR., J. F.; BLACK. W. C.; BABIN, B. J.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L. Análise multivariada de dados, Porto Alegre: Bookman, p. 688, 2009.

HUGHEN, L. When do accounting earnings matter more then economic earnings? Evidence from hedge accounting restatements. Journal of Business Finance & Accounting, v. 37, n. 9 e 10, p. 1.027-1.056, nov./dez. 2010.

LOPES, A. B.; GALDI, F. C.; LIMA, I. S. Manual de contabilidade e tributação de instrumentos financeiros e derivativos. Atlas: São Paulo, 2011.

LOPES, A. B.; LIMA, I. S. Perspectivas para a Pesquisa em Contabilidade: o Impacto dos Derivativos. Revista Contabilidade & Finanças FIPECAFI / FEA-USP, v. 15, Nº 26, p. 25-41, maio/agosto de 2003.

MARTINS, E.; GELBCKE, E. R.; SANTOS, A.; IUDÍCICUS, S. Manual de Contabilidade Societária Aplicável a todas as Sociedades. 2 ed., Editora Atlas, São Paulo, 2013.

MARTINS, J. A. S; TOLEDO, J. R. (2003). A utilização de Hedge pelas empresas brasileiras listadas no segment novo Mercado da BM&FBOVESPA. Revista Cesumar – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, 18(2), 375-395

NGUYEN, H.V.; MENSAH, M. O.; FAN, Y. Derivative Instruments and Their Use for Hedging by U.S. Non-Financial Firms: A Review of Theories and Empirical Evidence. Journal of Applied Business and Economics, Vol. 7, Nº 2, pp. 35-57, 2007. Acessível em:http://ssrn.com/abstract=1082932.

MURCIA, F. D. Fatores determinantes do nível de disclosure voluntário de companhias abertas no Brasil. 2009 182f. Tese (Doutorado em Ciências Contábeis) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

PADOVEZE, C. L.; BENEDICTO, G. C.; LEITE, J. S. J. Manual de Contabilidade Internacional – IFRS – US Gaap – BR Gaap – Teorias e Práticas, CENGAGE Learning, 1 ed., 2013.

ROCHA, F. D. A Contabilização das Operações de Hedge: Uma Análise Teórica e Prática. II Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia – SEGeT’2005. Disponível em: www.aedb.br/seget/artigos2005.php . Acesso em 24 de junho de 2017.

SAITO, R.; SCHIOZER, R. Uso de Derivativos em Empresas não-Financeiras listadas em bolsa no Brasil. RAUSP – Revista de Administração, São Paulo, 42, p. 97-107, 2007.

SMITH, C. W.; STULZ, R. M. The Determinants of Firm’s Hedging Policies. The Journal of Financial and Quantitative Analysis. University of Washington School of Business Administration, vol. 20, nº 4, p. 391-405, 1985.

TROMBLEY, A. M. Accounting for Derivatives and Hedging, McGraw-Hill Higher Education, 2003, p. 35.

ZHANG, H. Effect of Derivative Accounting Rules on Corporate Risk Management Behaviour. Ohio State University paper, 2006.

ZANI, T. B.; ZANINI, F. A. M.; ZANI, J. GOVERNANÇA CORPORATIVA E CONFLITO DE AGÊNCIA: ESTUDO DE CASO SORE A UTILIZAÇÃO DE DERIVATIVOS CAMBIAIS POR CINCO GRANDES EMPRESAS BRASILEIRAS. In: Encontro Nacional e Pós-Graduação e Pesquisa em Administração , 34, 2010, Rio de Janeiro, Anais ...Rio de Janeiro: EnANPAD, 2010.

Downloads

Publicado

2018-06-21