https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/issue/feed Revista Estudos Políticos 2025-03-26T04:18:48+00:00 Revista Estudos Politicos revistaestudospoliticos@gmail.com Open Journal Systems <p>Publicada <span lang="PT-BR">desde 2010, </span>a <em><span lang="PT-BR">REP</span></em> é um periódico em sistema de duplo-cego de avaliação por pares<span lang="PT-BR">, cujo escopo é multidisciplinar</span> de ciência<span lang="PT-BR"> política, sociologia, antropologia, </span>direito e filosofia. <span lang="PT-BR">Com publicação semestral</span>, traz artigos de autores nacionais e estrangeiros<span lang="PT-BR">, como compilação ou dossiês temáticos. Todos os números trazem, ainda, uma seção a mais, dedicada a entrevistas, ensaios, críticas de arte e/ou resenhas críticas de obras acadêmicas publicadas há até 2 (dois) anos. </span><span lang="PT-BR">Conforme o resultado do <strong>Qualis Periódicos 2017-2020 / CAPES</strong>, a <em>REP</em>, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Ciência Política da Universidade Federal Fluminense, manteve sua <strong>nota A4</strong> e sua posição entre os periódicos do país. <strong>ISSN 2177-2851</strong>.</span></p> https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67138 v. 16 n. 31: 2025/01 2025-03-26T04:13:29+00:00 Revista Estudos Políticos resdfopasdf@dfisdfiop.com <p>Revista Estudos Políticos</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Revista Estudos Políticos https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67109 Apresentação 2025-03-26T00:28:12+00:00 Marisol Barenco asdfadsf@difisdfh.com Daniel Gaivota asdfadf@gdsiugsd.com Jader Moreira Lopes fadsfadsf@gosdufoidu.com Maria das Graças Gonçalves asdfadsf@fdsofusdfuo.com <p>Apresentação&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Marisol Barenco , Daniel Gaivota, Jader Moreira Lopes, Maria das Graças Gonçalves https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67137 A aula como encontro e como projeto de relações “fora da identidade” 2025-03-26T04:03:49+00:00 Marisol Barenco de Mello sol.barenco@gmail.com <p>O presente ensaio busca refletir sobre os cursos oferecidos pelo Professor Augusto Ponzio, professor Emérito na Università degli Studi di Bari, a partir das demandas políticas dos estudantes italianos, em maio do presente ano, em Roma e em Bari, grandes cidades italianas. Colocando em questão as relações que estabelecemos de modo ordinário com os textos, o professor e filósofo tece suas aulas, chamadas Seminários, entre os anos de 2019 e 2024, conclamando a descentralização das relações entre professores e estudantes em torno a um ensino conteudístico e abstrato. Nos Seminários, os próprios textos que compõem as reflexões – a crítica à identidade, o texto na comunicação ordinária e na arte, a análise da globalização como texto legível, a linguagem literária, as linguagens contemporâneas das mídias digitais – entretecem-se às relações dialógicas entre mestre e estudantes, compondo uma filosofia da linguagem em ato educacional. Ao partilhar dos planejamentos dos encontros, vislumbramos a concepção de mundo que o professor assume, tomando a aula como superfície tensa, experimental, como arena dialógica em que se traduzem as muitas formas de pensar, dizer e agir, na cultura, configurando-se como base crítica contra a ideologia neoliberal na formação estudantil.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Seminários; Semiótica do texto; Filosofia da linguagem; Diálogos; Alteridade.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Marisol Barenco de Mello https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67110 Panorama das perspectivas conceituais da aula na atualidade: sobre tensionamentos e entendimentos 2025-03-26T00:42:13+00:00 Gilcimar Bermond Ruezzene asdfadfs@dspfadspf.com Kátia Morosov Alonso dfadfas@fdsfiadsiof.com <p>Este artigo tem como objetivo apresentar uma síntese da pesquisa desenvolvida no ano de 2024 com o título “A aula em perspectivas conceituais: um estado do conhecimento”. Tal investigação teve como finalidade identificar e analisar as perspectivas conceituais de aula com base nas teses e dissertações disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) no período de 2009 a 2024. A pesquisa foi desenvolvida por meio da metodologia denominada “estado do conhecimento”, visando apresentar panorama da temática em estudo. O <em>corpus</em> foi composto por 18 trabalhos, sendo 10 teses e 8 dissertações, selecionados com base em critérios como título, idioma, ano de publicação e a presença da palavra "aula" nas palavras-chave. A análise dos dados foi realizada mediante fichamento, que identificou autor, título, ano de defesa, orientador, instituição, palavras-chave, metodologia utilizada e autores das referências bibliográficas de cada trabalho. Hoje, a aula é compreendida como uma "matéria em movimento" e considerada o "centro do processo pedagógico" em que os estudantes podem ser guiados a incorporar o conhecimento que lhes sejam pertinentes. Assim, o conceito de aula se apresenta como algo complexo, englobando uma série de outros conceitos que se inter-relacionam, como educação, pedagogia e didática. Identificou-se, também, que as perspectivas conceituais de aula encontradas ao longo dessa investigação sugerem que a aula tem um caráter mais filosófico que pedagógico.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Educação, Aula, Didática, Constructos de aula, Aula conceitos e entendimentos.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Gilcimar Bermond Ruezzene, Kátia Morosov Alonso https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67111 Os contos africanos, o podcast e as reverberações entre crianças e professora 2025-03-26T00:49:53+00:00 Maria das Graças Gonçalves ASDFADS@SDFADSF.COM Priscila Marques Mateus da Silva ADSFADFS@ADSFIJDASF.COM <p>O presente texto é fruto de uma pesquisa realizada com crianças de uma turma de quinto ano da rede municipal do Rio de Janeiro, no cotidiano escolar, a qual buscou compreender as reverberações, relacionadas ao autorreconhecimento étnico-racial, provocadas pela leitura de contos africanos e pela produção de <em>podcasts</em>. Teve como objetivo investigar caminhos para a prática antirracista, a partir da leitura e reflexão dos contos africanos, reconhecendo a escola como espaço de produção de saberes outros. Sua natureza é qualitativa e se inscreve no campo da pesquisa (auto)biográfica, dialogando com os estudos do/no/com o cotidiano escolar. Assume uma opção metodológica de perspectiva narrativa em três dimensões (PRADO; SOLIGO; SIMAS 2014). Assim sendo, a leitura de contos africanos em sala de aula e a produção dos <em>podcasts</em> se configuraram como elementos disparadores de reflexões e problematizações de questões que abordavam temas da vida cotidiana, como também levantaram temáticas relacionadas aos valores civilizatórios africanos (TRINDADE 2005). Os movimentos da pesquisa em diálogo com autores, que deram sustentação teórico-epistemológica ao trabalho, tais como Hampâtè Bâ (1994; 1999; 2005, 2010), bell hooks (2013), Kpholo (2022), Paulo Freire (1996), dentre outros/as, me possibilitaram perceber que para além das reverberações de caráter ético, de autorreconhecimento étnico-racial, de reflexões sobre a sociedade e a vida humana, provocadas pelas leituras dos contos e pela produção dos <em>podcasts</em>, nas crianças, nas famílias e também na pesquisadora, os contos foram se revelando como potentes ferramentas de enredamento de saberes.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Contos africanos, Práticas antirracistas, <em>Podcast, </em>Cotidiano escolar, <em>Professorapesquisadora</em>.</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Maria das Graças Gonçalves, Priscila Marques Mateus da Silva https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67112 As vivências espaciais das crianças como conteúdo programático no livro de geografia 2025-03-26T00:59:09+00:00 Daniel Luiz Poio Roberti ASDFADSFS@GDLSAJFDS.COM João Victor Costa de Oliveira ASDFADSF2@DLFIJADSF.COM <p>Este artigo foi consubstanciado a partir de pesquisas realizadas no âmbito de um projeto de iniciação à docência que problematizou o uso do material didático na escola básica. Os autores desenvolveram um tipo de metodologia, denominada <em>com </em>crianças, que permitiu uma pesquisa sobre a vivência espacial das crianças e a produção de um livro totalmente inserido na singularidade deste grupo social, distanciando-se dos modelos didáticos do mercado das grandes marcas editoriais. Para isso, optou-se pela realização de um trabalho de campo sobre o conteúdo programático <em>Campo e Cidade </em>com uma turma do 4º ano do ensino fundamental, porque esta prática pedagógica reconhece a unidade meio e sociedade no processo de produção do conhecimento escolar. Ademais, o desenvolvimento desta pesquisa foi acompanhado pela inserção dos autores nos debates teóricos do campo da geografia da infância e da teoria histórico-cultural. A teoria histórico-cultural, oriunda da produção acadêmica de pesquisadores soviéticos do início do século XX, em destaque Lev Semionovich Vigotski, contribui com a presente investigação por meio de constructos conceituais que carregam a potência da infância para a criação do novo, a partir das condições sociais, históricas e geográficas pré-existentes.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>geografia da infância; teoria histórico-cultural; metodologia de pesquisa com crianças, vivência espacial e trabalho de campo.</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Daniel Luiz Poio Roberti, João Victor Costa de Oliveira https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67113 As grandes rochas, fogueiras e muitas rodas: o sentido de aular nas ancestralidades africanas 2025-03-26T01:05:30+00:00 Jader Janer Moreira Lopes jjanergeo@gmail.com Angela Monteiro Pereira angeladeoya@gmail.com <p>Este artigo versa sobre caminhos, possibilidades e contribuições de tradições orais ancestrais de origem africana. Nosso objeto de estudo é a roda de conversa enquanto aula, são as peculiaridades de uma educação cujos espaços formativos são bem mais amplos que o da escola de origem europeia, por ser a vida cotidiana em si. As civilizações ocidentais, ao considerarem que onde não há escrita não há conhecimento, não há história, tratam com descrédito as tradições orais e a educação tradicional das civilizações africanas. Por meio de uma escuta ampliada pautada no protagonismo africano, buscamos uma compreensão do “aular” na perspectiva dos fulBe, dos bámàná, dos maninka, dos sénéfo (grupos étnicos do oeste africano) e na perspectiva da nossa própria ancestralidade. Realizamos estudos de cunho documental e bibliográfico, além de entrevistas não estruturadas com africanos da região sudano-saheliana. Para fins deste artigo, concentramo-nos nos diálogos estabelecidos com o filósofo Amadou Hampâté Bâ, o djeli Toumani Kouyaté e o mestre na arte de contar histórias François Moïse Bamba. Buscamos a não hierarquia dos saberes, uma vez que o fundamento metodológico da pesquisa é o diálogo entre pessoas. &nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave: aular, ancestralidades africanas, oralidade, rodas de conversa</strong></p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Jader Janer Moreira Lopes, Angela Monteiro Pereira https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67115 O que pode uma aula como ato ético, estético e político? 2025-03-26T01:11:03+00:00 Maristela Barenco Corrêa de Mello ADFASDFSD@DFASDFK.COM <p>Se a democratização do acesso à educação inaugura uma mudança histórica em termos de justiça social, a perpetuação de políticas de verdade, na Academia, constitui uma dívida cognitiva e epistemológica que persiste. O espaço de uma aula acadêmica, como experiência de ensino-aprendizagem vem sendo esvaziado por políticas de produtividade, de burocratização da gestão e pelo avanço das Big Techs e seus interesses. Este artigo tem como objetivo cartografar uma experiência de docência, cujas categorias e noções ressignificaram, para a autora-professora, a importância da aula acadêmica como ato ético, estético e político. Através de uma pesquisa bibliográfica que se apoia nos percursos da filosofia da educação, e de uma filosofia da diferença – uma corrente francesa da filosofia que concebe o mundo como multiplicidade, e repensa os conceitos metafísicos relativos ao indivíduo, problematizando noções como essência, identidade -, a proposta em questão é enunciar quatro experiências-inspirações que podem inspirar a potência de uma aula acadêmica: o encontro com o pensamento inspirador de Gilles Deleuze; a instauração das Rodas de Conversa como princípio relacional; a proposição de um Diário de Bordo, como criação escriturística; a experiência da aula como skolé (Masschelein e Simons 2014). Nesta experiência de aula, a ideia central é que os estudantes possam ter a oportunidade de se debruçarem, coletivamente, e em diálogo, de uma forma não prevista, sobre o inacabamento do mundo, produzindo, quiçá, uma ética e uma estética política: a de nos esculpirmos como obra de arte, ao escolhermos mundos mais inclusivos e alteritários, que respeitem todas as muitas e distintas formas de vida.</p> <p><strong>Palavras-chave: Aula, Gilles Deleuze, Rodas de Conversa, Diário de Bordo, Skolé</strong></p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Maristela Barenco Corrêa de Mello https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67116 Práticas de aula - Atos responsáveis em escuta 2025-03-26T01:16:19+00:00 Márcia de Souza Menezes Concencio ADFASDF2DF2@FDOIFSDP.COM <p>Com o texto que ora apresentamos buscamos refletir sobre as práticas de aula em cotejo com Mikhail Bakhtin e Wanderley Geraldi, dialogando ainda com outros autores e autoras a fim de elucidarmos diferentes sentidos que a aula, enquanto posicionamento ideológico, pode se apresentar. Nesse propósito, buscamos exemplificar trazendo dois planos de aula, problematizando-os: o primeiro, gestado à luz de concepções que tratam o ensino basicamente como transmissão de um conhecimento pronto, e orientam as macropolíticas públicas de educação; o segundo, em compreensão respondente à filosofia da linguagem bakhtiniana, sob a qual o ensino se faz com a enunciação, com o dialogismo, que orientam as microrrelações que se dão no cotidiano. Ao concluirmos consideramos que reconhecer os elementos fundamentais para as relações que chamamos aula envolve reconhecer a própria aula como o lugar da enunciação; da escuta do outro como um ser expressivo, falante, do qual não se pode silenciar a voz; da escuta sobre nós mesmas; reconhecer a aula como um ato cultural e que todo ato cultural vive por essência sobre fronteiras; que nossas escolhas demandam autocrítica, reflexão, (re)tomada de posição; reconhecer, por fim, que são os acontecimentos do e no cotidiano da sala de aula que conferem aprendizado, conferem singularidade, dialogismo e autoria tanto para o trabalho da professora, quanto para as atividades das crianças.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Aula; Ato responsável; Compreensão respondente; Filosofia da linguagem de Bakhtin e seu Círculo.&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Márcia de Souza Menezes Concencio https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67117 Folhas, sabores, saberes e memórias: a aula como acontecimento afrodiaspórico 2025-03-26T01:23:52+00:00 Maria das Graças Gonçalves gragoncalves@ceert.org.br Ladjane Alves Sousa ladjaneasouza@yahoo.com.br Fátima Santana Santos fatima.santana19@gmail.com <p>O artigo aqui presente objetiva socializar memórias pedagógicas sobre aulas afrodiaspóricas como acontecimento, trouxemos experiências de aulas afrodiaspóricas construídas em duas instituições de ensino do Município de Lauro de Freitas - Bahia, o Centro Municipal de Educação Infantil Doutor Djalma Ramos e a Escola Municipal Tenente Gustavo dos Santos. Ambas as unidades de ensino vêm desenvolvendo uma pedagogia outra, denominada crespogogia (Santos e Sousa 2022), que seria, entre outros aspectos, um conceito forjado no chão da escola, a partir de lutas cotidianas e experiências de (re)existências. Nos voltamos para pensar bases inaugurais de re-existências que sustentam nossas práticas, onde as proposições metodológicas para educação das relações étnico-raciais, vem se estruturando através das nossas experiências afrofeministas a partir de princípios como: corpo afroafetivo, afrofeminismo, territorialidade, identidade, dentre outros, os quais postulam uma pedagogia descolonizantes para as crianças, jovens, mulheres e homens negras e negros em territórios periféricos de re-existências. Destacamos que foi através dessa experiência que outras narrativas e outras formas de fazer educação se teceram, onde buscou-se a horizontalização das experiências de poder, cuja verticalização, desde a matriz colonial, vem violentando e aprofundando desigualdades, nos corpos negros. As aulas afrodiaspóricas aqui relatadas são derivadas de duas proposições metodológica, uma intitulada <em>Oficina Arte Culinária Afro-brasileira</em>, e, uma outra denominada <em>Memórias e saberes do quintal,</em> ambos desenvolvidos no chão de escolas públicas municipais, e que visavam experienciar afetos a partir dos aromas e do uso das folhas, dos sabores que crianças, adultos e idosos tem sobre as memórias de saberes ancestrais.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> saberes ancestrais, experiências curriculares, aulas afrodiaspóricas, memórias afro-afetivas, escola pública.</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Maria das Graças Gonçalves, Ladjane Alves Sousa, Fátima Santana Santos https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67118 Teorias narrativas em educação: narrativas e teorias vividas nas aulas 2025-03-26T01:31:28+00:00 Liana Arrais Serodio laserodio@gmail.com Guilherme do Val Toledo Prado gvptoledo@gmail.com <p>No objetivo de compartilhar uma noção de aula, tomamos um exercício narrativo na pós-graduação em educação amparado na filosofia da linguagem bakhtiniana, em que a vida é vista na convivência. O ser humano, único animal capaz de criar diferentes linguagens nasce extremamente frágil. Nos formamos ao conviver aprendendo com o outro, de maneira singular. O outro que lhe oferece colo precisa trabalhar. Um/a professor/a assume esse papel. Aula é o <em>espaçotempo</em> institucional desse lugar do outro. Por aprendermos a conviver na convivência, quem não teve oportunidade de criar e compartilhar a criação não vê sentido na capacidade humana de criar. A formação criadora das crianças fica sem sentido e, sem alguém que escute/veja suas iniciativas criadoras, a aula não vai acontecer. Anos atrás, nosso grupo convidou professoras a narrar as aulas para resolver o problema de pesquisar as práticas pedagógicas, e fez sentido, o conhecimento aconteceu, a auto-estima cresceu: as narradoras se tornaram autoras-criadoras de suas narrativas, pesquisas e aulas. Ao convidarmos pós-graduandos/as ao exercício contar por escrito “Como me chamam?”a rememoração de pessoas amadas e o choque de alguns esquecimentos, a compreensão do papel ético, cognitivo, estético e político da escrita narrativa; o valor insubstituível e irredutível de uma pessoa a seu papel social, possibilitou conversas filosóficas, políticas, históricas, artísticas, por oferecermos e eles/as aceitarem apesar da expectativa de referências teóricas e metodológicas das narrativas, nas aulas semanais do primeiro semestre letivo, exercitar escrever narrativas para então pensarem nas teorias que dizem o que é narrar.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> narrativa; estudos bakhtinianos; filosofia da linguagem; autor-criador; posicionamento estético.</p> <p>&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Liana Arrais Serodio, Guilherme do Val Toledo Prado https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67119 Entre vermelhos e barricadas: docência e movimento estudantil na escola de belas artes da ufrj em 2024 2025-03-26T01:37:43+00:00 Martha Werneck de Vasconcellos martha.werneck@eba.ufrj.br <p>O artigo aborda a greve estudantil ocorrida no primeiro semestre de 2024 na Universidade Federal do Rio de Janeiro, destacando especialmente o movimento que teve início na EBA - Escola de Belas Artes, situada no campus universitário da Ilha do Fundão. Naquele momento, a classe docente da instituição decidiu não aderir à greve da categoria, que obteve ampla participação em universidades federais de todo o país. Em resposta ao cenário político e às condições atuais do ensino, os estudantes decidiram unir-se ao movimento nacional. A greve estudantil começou na EBA e, posteriormente, expandiu-se para outras unidades e cursos. Com um olhar testemunhal e crítico, a autora, atuando como observadora participante, reflete sobre sua posição como professora, pintora, artista e pesquisadora no contexto do ensino de arte. Para isso, ela recorre à história recente da instituição bicentenária e a seus laços com o corpo acadêmico ao longo de seu percurso formativo. A narrativa explora sua relação com a docência e com o processo artístico no campo da pintura, conectando-os aos acontecimentos da greve. A questão central do texto é o entendimento dos motivadores da greve estudantil e o deslocamento da vivência coletiva dos ateliês para as atividades de mobilização. Por meio de uma greve de ocupação, o movimento estudantil criou um novo espaço de aprendizado, trocas e organização, envolvendo alguns professores e contrastando com estruturas frequentemente rígidas, utilitaristas e autoritárias da universidade. Através de estratégias conjuntas, os futuros artistas conseguiram se unir e expressar uma voz coletiva.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Greve estudantil. Movimento estudantil. Mobilização acadêmica. Docência. Ensino de arte. Prática artística. Escola de Belas Artes. Universidade Federal do Rio de Janeiro.</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Martha Werneck de Vasconcellos https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67120 Aulas antirracistas: mulheres negras sensacionais 2025-03-26T01:45:25+00:00 Maria das Graças Gonçalves profgragoncalves@gmail.com Priscila Marques Mateus da Silva asdfadsf@dfasdfo.com Andrew César Batista Carneiro asdfasd@wedfdf.com <p>Esse trabalho apontará um recorte de pesquisa-ação sobre educação antirracista, enfocando aulas na formação de professores, do Grupo de Pesquisa e Extensão “Negros e Negras em Movimento” (UFF). O objetivo principal do projeto é realizar diálogos interculturais e desenvolver práticas pedagógicas concernentes à história e cultura africana e afro-brasileira em sala de aula, de forma qualitativa e emancipatória. Também se inclui no trabalho o objetivo de colaborar no fortalecimento da consciência negra, visto que a opressão racial produziu apagamento histórico, negação de direitos humanos, e desigualdades sociais que prejudicam os projetos de vida. Entendemos que a constituição subjetiva dos negros e negras é uma construção social, cultural e individual, na sua concretude de sujeitos sociais dotados de corporeidade, memória e desejos ou aspirações humanas. No recorte escolhido - Aulas Antirracistas sobre Mulheres Negras Sensacionais - utilizamos aportes teóricos descolonizadores e experimentação didática, a fim de instrumentalizar futuros/as professore/as para combater o racismo institucional escolar e fortalecer a implementação das DCN´s para a Educação das Relações Étnico-raciais na Educação, e da Lei 10639/2003. As vivências, em sala de aula e em campo, resultaram numa experiência ímpar e significativa, que nos fazem entender que a educação antirracista procura nexos com o chão da luta dos negros, com a luta secular pós abolição, com reconhecimento de sua história, de sua participação na construção da nação, e pela sobrevivência psicológica e física. Tal educação precisa se conectar com a realidade negra, e auxiliar na reeducação da sociedade, esvaziando as ideologias do branqueamento e das hierarquizações culturais.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>educação antirracista, mulheres negras, práticas pedagógicas, equidade racial</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Maria das Graças Gonçalves, Priscila Marques Mateus da Silva, Andrew César Batista Carneiro https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67121 Ética horizontal e dialógica da autoria e do ensino da criação em sala de aula. Atos estéticos e políticos para gerar espaços de emancipação social comunitária 2025-03-26T01:53:02+00:00 Patricia Medina Melgarejo patriciamedinamelgarejo@gmail.com José Ignacio Rivas Flores i_rivas@uma.es Miguel Darío Hidalgo Castro hdario65@yahoo.com Gary Gari Muriel ggarim@udistrital.edu.co <p>Compreender as condições sociais da tarefa docente e a necessária transformação de sua prática em sala de aula implica construir deslocamentos epistêmicos na ação política, estética e ético-pedagógica dos professores a partir de outras perspectivas que transformam a sala de aula em atos-potência de criação emancipatória do presente. Este trabalho fundamenta-se nos campos das teorias filosóficas, sociais e pedagógicas, argumentando a partir de Bakhtin e da perspectiva da horizontalidade dialógica a construção de articulações com o campo educacional-pedagógico, reconhecendo os próprios professores como autores e construtores. O artigo aborda, em cinco seções, a compreensão da historicidade do dispositivo "sala de aula", a partir do questionamento das condições que impedem a ação docente no contexto escolar no presente. Nas seções seguintes, constrói-se a argumentação de outros caminhos epistêmicos possíveis que reconheçam os processos de autoria, diálogo horizontal e criativo da docência no espaço cronotópico e polifônico da sala de aula, que se baseiam em sua potencialidade como atos éticos e estéticos, considerando o ato político de comunalidade como produto das lutas sociais dos professores na construção de caminhos de emancipação.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> historicidade-sala de aula, diálogo-horizontal, autoria-ato estético-ético, movimentos sociais docentes, emancipação-professor.</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Patricia Medina Melgarejo, José Ignacio Rivas Flores, Miguel Darío Hidalgo Castro, Gary Gari Muriel https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67122 Como a universidade pode voltar a ser uma ideia 2025-03-26T02:05:14+00:00 Jan Masschelein jan.masschelein@kuleuven.be Maarten Simons maarten.simons@kuleuven.be Daniel Gaivota danielgaivota@yahoo.com.br <p>Partindo da descrição de Latour sobre como o ‘aprender a ser afetado’ depende de dispositivos construídos, realizamos com os estudantes um exercício de mapeamento do campus universitário, que havia sido amplamente abandonado durante a pandemia, e de articulação de suas forças de estudo. O foco esteve em como esses dispositivos configuram ‘coleções’ e ‘coletivos’, incorporando forças que permitem que mundos se tornem comunicativos, carregados de palavras e sentidos. Em nossa contribuição, relatamos também o dispositivo que criamos com os estudantes, detalhando as articulações que emergiram e as maneiras pelas quais a universidade poderia, de fato, se tornar novamente uma ideia. Essa ideia não é uma simples imagem mental ou representação idealista, mas um imperativo questionador que, como indica Isabelle Stengers, força a pensar. Assim, nossos mapeamentos e articulações sobre a ‘vida no campus’ não ofereceram justificativas sobre por que o campus universitário deveria importar. Em vez disso, buscaram ‘intensificar’ a ideia da universidade, conferindo-lhe o poder de transformar nossas relações com as razões que, de outra forma, poderiam nos aconselhar a não levar em conta a matéria, isto é, o campus.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> campus universitário, infraestrutura educacional, estudo coletivo, formas pedagógicas, limitações digitais.</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Jan Masschelein, Maarten Simons; Daniel Gaivota https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67123 Redes locais e a viabilização de atividades empoderadoras na natureza: diálogos do design em parceria com a pesquisa (pós) qualitativa e o conceito de amorosidade espacial 2025-03-26T02:16:39+00:00 Rita Maria De Souza Couto FASDFDS@DFSADF.COM Roberta Portas FASDFASD@DFDFOI.COM Marianne Von Lachmann ASDFASD@DFAOSFI.COM <p>Este artigo busca apresentar dois eixos da pesquisa de doutorado “Redes de parcerias e a viabilização de atividades empoderadoras na natureza com crianças da rede pública municipal de Petrópolis”, continuação da dissertação de mestrado, em desenvolvimento no âmbito do PPGDesign da PUC-Rio. O primeiro refere-se à atuação de redes de parcerias na educação ambiental, e a natureza como sala de aula. O segundo, à formação de laços afetivos com o espaço, que transformam espaço em lugar, são a origem da memória humana, e o conceito de amorosidade espacial (Lopes 2022). Em diálogo com a metodologia do Design em Parceria da PUC-Rio, orientadora dos trabalhos de campo, e achados da pesquisa (pós) qualitativa, constituem a estrutura da tese e grande parte de sua relevância. A existência desses dois eixos é fator de viabilização de atividades na natureza com crianças, como verificado nas atividades de campo realizadas ao longo dos anos letivos de 2022 e 2023, fenômeno central da pesquisa desde o mestrado. Ao serem compartilhados com redes de parcerias locais, de base comunitária, os registros das atividades das crianças na natureza serviram para encantar mais pessoas para a causa da conservação, como aromas que evocam a unidade formada pela sociedade-natureza-pessoa, conforme compreendido por Lopes (2020, 249), ao levarem em consideração as pessoas em suas singularidades. Foi possível verificar, ao longo das vivências realizadas, elemento de primeiríssima importância, fator viabilizador de atividades na natureza: a amorosidade espacial para com o outro.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: educação ambiental, sustentabilidade, Design em Parceria, polifonia, atividades lúdicas.</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Rita Maria De Souza Couto, Roberta Portas, Marianne Von Lachmann https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67124 Práticas pedagógicas antirracistas na educação escolar quilombola, em rasa e caveira. 2025-03-26T02:23:05+00:00 Gessiane Ambrosio Nazario gessiane.ambrosio@gmail.com Juliana Pacheco de Oliveira juhistoria2004@yahoo.com.br <p>O presente trabalho tem o objetivo de refletir sobre as práticas de ensino e aprendizagem desenvolvidas em duas escolas de diferentes comunidades quilombolas da Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro. Estas comunidades foram formadas no período pós-abolição e com eventos históricos em comum. Nesse sentido, o uso da memória dos mais velhos apresenta-se como uma ferramenta fundamental para a construção de uma Educação Escolar Quilombola e Antirracista, tornando a aprendizagem mais significativa através da valorização dos saberes locais, das biografias dos anciãos em sala de aula e da luta por direitos, tão importante para o empoderamento dos e das estudantes. Nesta perspectiva, a escola aparece como um espaço formativo de cidadania e de (re) conhecimento identitário para os quilombolas do Quilombo da Rasa, em Armação dos Búzios, e da Caveira, em São Pedro da Aldeia. Para análise das duas práticas escolares, tomaremos por base a metodologia da história oral para guiar as reflexões sobre as trajetórias dos mais velhos nas respectivas comunidades e suas memórias, que são o norte para refletir sobre a história social da região e as lutas por direitos. Também utilizamos a metodologia da observação participante durante a nossa prática de ensino. As estratégias para as práticas pedagógicas na Educação Escolar Quilombola devem ser construídas a partir de cada comunidade, um princípio básico das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola e um complexo desafio.</p> <p><strong>Palavras-Chave:</strong> Quilombos, Educação Escolar Quilombola, Políticas Públicas, Educação Antirracista, Memória.</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Gessiane Ambrosio Nazario, Juliana Pacheco de Oliveira https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67125 A aula como ato estético, ético e político: explorando possibilidades a partir das contribuições de michel de certeau 2025-03-26T02:29:15+00:00 Maria Celeste Reis Fernandes de Souza ASDFSDF@DFOADSFIOJ.COM Maria Terezinha Bretas Vilarino FASDFASD@DFJDSFJ.COM <p>O artigo tem como objetivo refletir sobre as contribuições de Michel de Certeau para a constituição da aula como ato ético, estético e político, e para tal, adota como referências teóricas escritos produzidos pelo autor e por seu grupo de pesquisa, em diálogo com outros pensadores do campo da educação, da história e outras áreas de conhecimento.&nbsp; A metodologia utilizada é uma análise qualitativa de uma experiência de ensino em um curso de pós-graduação <em>stricto sensu</em>, interdisciplinar, da qual participaram 21 estudantes com formação em diferentes áreas do conhecimento (Arquitetura, Administração, Ciência da Computação, Direito, Enfermagem, História, Medicina, Pedagogia, Psicologia e Serviço Social). Subsidiam a análise os textos elaborados individualmente e em grupo por esses/as estudantes, que realizaram caminhadas pela cidade adotando a metodologia andante e/ou fizeram observações de práticas cotidianas, inspiradas nas contribuições de Certeau e colaboradores. Explora-se, na análise, dois eixos de discussão: as memórias e os diálogos entre escola e território. Os resultados apontam potencialidades da aula a partir das memórias como referências identitárias e territoriais e da aula como abertura para outros territórios. A aula torna-se, nesse sentido, instigadora de leituras e análises sobre a cidade em diferentes perspectivas: ambientais, arquitetônicas, culturais, éticas, estéticas e políticas.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> <em>Aula,</em> <em>Práticas cotidianas, Memória, Metodologia Andante, Território, Interdisciplinaridade.</em></p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Maria Celeste Reis Fernandes de Souza, Maria Terezinha Bretas Vilarino https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67126 Girar a maçaneta: querela como ato pedagógico no território da sala de aula 2025-03-26T02:42:10+00:00 Joaquim Rauber fasfdasd@dfijdf.com Ivaine Maria Tonini asdfads@dsofidjf.com Jader Janer Moreira Lopes adsfasdf@dfijdf.com Alana Morari Rauber asfsdsdf@dfsdfjo.com <p>Este texto posiciona a "querela" (discussão, queixa, questionamento) como uma ferramenta pedagógica fundamental aos professores na sala de aula. O ensaio "Girar a maçaneta: <em>Querela</em><a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a> como Ato Pedagógico no território da sala de aula" apresenta uma reflexão sobre a necessidade da sustentação da sala de aula como lugar de estar com outros, de afetos, de inteireza e de concepções que compreendam a complexidade humana. Em diálogo com Arendt, Lopes, Vigotski, Larrosa e Barros a escrita nos lembra que a educação é um ato político, um ato de resistência. Ao problematizar as imposições externas que buscam padronizar a sala de aula, destaca-se a importância de resistir a essas tendências e construir outro espaço-tempo que considere a complexidade da vida humana. Como um território de constante negociação e construção de significados, adultos e crianças se envolvem em um processo dialógico e criativo ao pensar sobre as palavras. A sala de aula se torna um refúgio onde a imaginação e novas possibilidades são possíveis, porque a relação entre adultos e crianças é compreendida a partir de vivências que nos tornam singulares. Há, portanto, a busca por espaços-tempos escolares em que tornam a sala de aula um lugar onde todos protagonizam e vivem e produzem suas histórias e geografias.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>querela, professores, sala de aula, ato pedagógico, crianças.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1"><sup>[1]</sup></a> Fazemos referência a querelar no sentido de fazer um lamento; em que há lamúria ou aflição; queixar-se, lamento; Discussão; debate; contestação;(Dicionário on-line de português: https://www.dicio.com.br/);</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Joaquim Rauber, Ivaine Maria Tonini, Jader Janer Moreira Lopes, Alana Morari Rauber https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67127 Aulas fora da escola: reflexões sobre o turismo pedagógico em programas estaduais do paraná e no projeto de lei nacional 2025-03-26T02:47:44+00:00 Elizabete Sayuri Kushano ASDFA@DFOIDFJS.COM <p>As raízes históricas do turismo pedagógico tem relação com o <em>grand tour</em>, período que os jovens aristocratas realizavam as viagens com o propósito cultural. Na contemporaneidade, o turismo pedagógico está presente no cotidiano escolar, sobretudo das escolas particulares de ensino. Assim, espera-se que leis, programas e projetos de políticas públicas suprimam essa realidade, possibilitando aos estudantes das escolas públicas que possam participar das aulas passeio e estudos do meio. O presente manuscrito teve como objetivo geral refletir sobre a importância do turismo pedagógico (turismo educacional ou turismo educativo), como uma possibilidade de realizar aulas memoráveis junto aos estudantes. Além disso, discutiu a importância das aulas fora da escola serem acessadas por crianças e adolescentes de todas as classes sociais. Foram realizadas pesquisas bibliográfica e documental, descreveu-se três programas estaduais do Paraná e um projeto de lei em nível nacional acerca do tema, para analisar os aspectos de inclusão social dos mesmos. Os resultados apontaram que ainda há um caminho a ser percorrido para que efetivamente se tenha um turismo pedagógico oportunizado para todos, em especial, a todas as crianças e adolescentes de escolas públicas.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Educação; aulas-passeio; estudo do Meio; turismo educativo; turismo para crianças.</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Elizabete Sayuri Kushano https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67128 A enunciação do drama no encontro com o outro: professor, estudante e instituições de ensino 2025-03-26T02:53:10+00:00 Luiz Miguel Pereira luizmiguelp@gmail.com <p>Esta escrita foi inspirada a partir das trajetórias tanto de estar estudante quanto de estar professor. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar vivências e reflexões esboçadas nos espaços das instituições escolares, tomando como referências a escola básica e o ensino universitário. Assim, para um melhor desenvolvimento deste estudo, a adoção do método de uma escrita autobiográfica estabeleceu uma relação explícita com o conceito de drama, considerando a perspectiva estética, com ênfase no teatro, como também na unidade vida e drama, que se retroalimentam a partir, sobretudo, da convivência com as diferentes abordagens culturais, políticas, estéticas, entendida, aqui, como outra unidade, ou seja, como vida e arte. Em face disso, podemos ponderar não apenas uma perspectiva crítica, como também o comprometimento com a educação em seus múltiplos espaços, sugerindo o exercício da democracia e do compromisso responsável pelos processos de ensino, aprendizagem, pesquisa e de extensão. Foi preciso, portanto, assumir a dimensão humanista e reinventar-se a partir dos encontros, entendendo que o drama estará presente, independentemente de qualquer situação, provocando sempre a possibilidade do conflito interno ou externo na relação com o outro.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: drama; democracia; autobiografia; aula; professor; vivência.</p> <p>&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Luiz Miguel Pereira https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67129 O que pode a aula? Experiências filosóficas colombianas em narrativa 2025-03-26T02:59:59+00:00 Daniel Gaivota ASDFADSF@DFOIJSDFO.COM Cristiane Fátima Silveira ASDFADSF2@DFIJSDF.COM Mayara Ramos da Cunha ASFASD2DF@SDFIJDF.COM <p>O presente artigo busca repensar e questionar acerca do conceito de “aula”, suas (des)potências, seus (des)lugares, suas implicações e formas de existir. O que é uma aula? O que ela pode ser? O que faz com que uma aula seja uma aula? Estes e muitos outros questionamentos são levantados, a partir de reflexões oriundas de uma experiência vivida em uma escola pública localizada na zona rural do pequeno município de Toca (Boyacá, Colômbia). Tal vivência de “aula” deslocou os autores, não só em espaços, mas também em tempos e dimensões. Khrónos e aión estiveram conosco em viagem, pensando experiências temporais múltiplas. Pensar a essência da “escola” e da “aula” junto à etimologia grega das palavras, tendo a primeira a correspondência ao sentido de tempo livre e espaço público, e a segunda a ideia de um espaço ao ar livre, foram algumas das questões pensadas à luz das teorias de autores como Kohan (2003, 2004, 2020), Rancière (2002), Freire (2015) e Barros (2003, 2015), dentre outros. Em uma escrita questionadora, buscamos pensar o conceito de “aula” em uma educação filosófica, na tentativa de encontrar “boniteza” e "quintais", em diferentes modos de fazer escola.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>aula, experiência, <em>skholé</em>, deslocamento, quintal.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Daniel Gaivota, Cristiane Fátima Silveira, Mayara Ramos da Cunha https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67130 A ‘aula’ como ‘acontecimento vivo’ do ofício de ‘ser professor’: sentidos, dimensões, espaços & tempos 2025-03-26T03:11:42+00:00 Sheyla Maria Fontenele Macedo sheylafontenele@uern.br Adriana Rosicléia Ferreira adriana.rcastro85@gmail.com Elano César Diógenes Tavares elano20231003462@alu.uern.br Claudiana Maria da Costa Barros Castro claudianacosta@alu.uern.br <p>Aula e ofício de professor, domínios que interagem e se lançam como faces da profissão docente. A aula é um encontro de saberes e fazeres, o acontecer singular e formativo da prática docente. A aula é o espaço primordial do fazer pedagógico, o lugar de vivência, experimentação, mediação e validação de conhecimentos. A intenção é a de explorar esses laços e enlaces, identificar as fronteiras, interseções, papéis e funções que se imbricam e mesclam o professor à aula e a aula ao professor. O objetivo geral é, portanto, o de compreender a aula como um acontecimento vivo e essencial ao ofício de ‘ser professor’, explorando seus sentidos, espaços, tempos e dimensões para a edificação da profissão docente. A pesquisa é qualitativa, assente na revisão de literatura. O texto foi estruturado em duas seções complementares, em que na primeira desenvolve-se a perspectiva do ofício de professor, e as argumentações que sustentam a aula como um ‘acontecimento vivo e formativo’. Na segunda parte, a aula é revelada como um evento inerente ao ofício docente, que se incrementa em certos espaços, tempos e dimensões (ética, estética e política). Como resultado, apresenta subsídios teóricos-reflexivos, que possibilitam rebuscar as percepções acerca do conceito e compreensão sobre a aula, de modo que se identifique sua hierarquia como prática docente inquestionável para uma aprendizagem significativa.&nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Aula, ofício docente, ser professor, prática pedagógica, aprendizagem significativa.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Sheyla Maria Fontenele Macedo, Adriana Rosicléia Ferreira, Elano César Diógenes Tavares, Claudiana Maria da Costa Barros Castro https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67133 La lezione come incontro e come progetto di rapporti “fuori identità” 2025-03-26T03:32:15+00:00 Augusto Ponzio augustoponzio@libero.it <p>O presente ensaio busca refletir sobre os cursos oferecidos pelo Professor Augusto Ponzio, professor Emérito na Università degli Studi di Bari, a partir das demandas políticas dos estudantes italianos, em maio do presente ano, em Roma e em Bari, grandes cidades italianas. Colocando em questão as relações que estabelecemos de modo ordinário com os textos, o professor e filósofo tece suas aulas, chamadas Seminários, entre os anos de 2019 e 2024, conclamando a descentralização das relações entre professores e estudantes em torno a um ensino conteudístico e abstrato. Nos Seminários, os próprios textos que compõem as reflexões – a crítica à identidade, o texto na comunicação ordinária e na arte, a análise da globalização como texto legível, a linguagem literária, as linguagens contemporâneas das mídias digitais – entretecem-se às relações dialógicas entre mestre e estudantes, compondo uma filosofia da linguagem em ato educacional. Ao partilhar dos planejamentos dos encontros, vislumbramos a concepção de mundo que o professor assume, tomando a aula como superfície tensa, experimental, como arena dialógica em que se traduzem as muitas formas de pensar, dizer e agir, na cultura, configurando-se como base crítica contra a ideologia neoliberal na formação estudantil.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Seminários; Semiótica do texto; Filosofia da linguagem; Diálogos; Alteridade.</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Augusto Ponzio https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67132 A aula é um corte críptico 2025-03-26T03:27:51+00:00 Daniel Gaivota danielgaivota@yahoo.com.br <p>O texto parte de uma análise do diagrama político contemporâneo descrito por pensadores e pensadoras como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Shoshana Zuboff para tentar situar a escola, sua ação e seus efeitos políticos na realidade. Assume, para tal, a aula como elemento básico desta ação, argumentando que, a partir da ideia de máquina abstrata de Deleuze e Guattari, a aula opera como um <em>corte</em>, no sentido filosófico do termo. Assim, o artigo propõe uma concepção mais restrita de aula, recuperando seu sentido original e afastando-a das influências neoliberais que promovem a lógica individualista e de mercado. O faz a partir de uma análise de três cortes específicos – temporal, espacial e relacional – realizados pela configuração específica da aula, tentando com isso delimitar seu território. A partir desse estudo e sustentado por outros filósofos e filósofas da educação como Masschelein, Simons, Biesta e Arendt, o artigo busca demonstrar como a unidade educativa <em>aula</em> pode, ainda e mais do que nunca, ser uma importante interface na linha de frente das capturas biopolíticas que, fundadas na visibilização como modo operativo, contaminam todos os territórios do mundo contemporâneo. E como a aula, do modo a descrevemos, pode fazê-lo na medida em que cria condições para uma ação críptica.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> aula, críptica, corte, biopolítica, escola, heterotopia, heterocronia, heterodrasia.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Daniel Gaivota https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67135 Eventualidades que surgem quando uma escola aceita se perder na ignorância 2025-03-26T03:51:29+00:00 Cleber Abreu da Silva asdfasdf@dfpasidfd.com <p>Este artigo tem o interesse em se perder pela seguinte questão: Quais aulas surgem com a escola quando a fronteira que a separa da vida é quebrada por acontecimentos históricos e eventualidades geográficas? A inspiração ocorre com autores diversos que propõem fluxos de pensamentos em composição (Deleuze e Guattari 2011) com a filosofia da Diferença, se destacando a proposta de uma outra ignorância (Rancière 2019) como uma possibilitadora de aberturas que compõem forças que permitem aproximações heterotópicas (Foucault 2013) com o espaço geográfico. O procedimento de pesquisa recorrido é o da cartografia, por isso nesse acontecimento eventual, ideia proposta por Massey (2013), o não humano se alia aos personagens humanos, colaborando para que as afecções surjam de encontros ocorridos com a escola, sempre desejando extrapolar seus muros, fraturando as fronteiras e trazendo as zonas de indeterminação. O rastreamento de pistas do que pode uma escola que se encontra com atravessamentos menores nos levou aos (des)entendimentos, o maior alcance deste trabalho.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong><em>Escola; Ignorância; Não humano; Acontecimento; Lugar escolar.</em>&nbsp;&nbsp;</p> <p>&nbsp;&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Cleber Abreu da Silva https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67134 Concerto e jazz para o ceticismo em sala de aula 2025-03-26T03:45:51+00:00 Cesar Kiraly ckiraly@id.uff.br <p>Se é claro que o ceticismo, em âmbito moderno, é veiculado, enquanto escrita, pelo gesto do ensaio, por outro lado, não é evidente o modo como se o vivencia em uma sala de aula. Neste ensaio são apresentadas duas alternativas a atitude professoral na comunicação em ambiente acadêmico. A analogia é com o uso da partitura, como em um concerto, no qual o cético lê um texto preparado, e a lida com um tema aberto, como na improvisação jazzística.</p> <p><strong>Palavras-Chave:</strong> Ceticismo, Ensaio, Concerto, Jazz</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p>If it is clear that skepticism, in the modern scope, is conveyed in writing through the gesture of the essay, on the other hand, it is not evident how one experiences it in a classroom setting. This essay presents two alternatives to the professorial attitude in academic communication. The analogy is with the use of a musical score, as in a concert, where the skeptic reads a prepared text, and the handling of an open theme, as in jazz improvisation.</p> <p><strong>Key-Words: </strong>Skepticism, Essay, Concert, Jazz</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Cesar Kiraly https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67136 Aula: a formação in status nascendi 2025-03-26T03:57:55+00:00 Marisol Barenco de Mello sol.barenco@gmail.com <p>O presente texto busca realizar uma reflexão sobre a <em>aula</em>, criticando as bases dogmáticas de sua assunção na contemporaneidade, e tentando realizar um diálogo com a filosofia de Mikhail Bakhtin (1999; 2002; 2010; 2015; 2019; 2021). Tomando como aportes filosóficos o ato responsável em suas dimensões éticas, estéticas e epistêmicas, o artigo busca relacionar a problemática da aula a esses fundamentos da filosofia da linguagem de Bakhtin e seu Círculo. Traz alguns exemplos e afirma, como conclusão, a necessidade da crítica e da pesquisa filosóficas para refundar a aula como uma unidade ética, estética e epistêmica da formação humana em contextos escolares, denominando esta formação, no diálogo com Medviédev (2012), como formação <em>in status nascendi</em>.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Aula; Mikhail Bakhtin; Ato responsável; Formação; Filosofia ética</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Marisol Barenco de Mello https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/67107 Editorial 2025-03-25T23:50:33+00:00 Os Editores revistaestudospoliticos@gmail.com <p>Editorial</p> 2025-03-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Os Editores