Quando a prosa dança e a dança caminha

Autores

  • Ana Marques Gastão

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v4i6.29748

Palavras-chave:

Poesia-prosa, Dança, Marcha

Resumo

Para Paul Valéry, como o andar, a prosa segue o caminho da menor acção; a linha direita, e a poesia, como a dança, enquanto “sistema de actos”, não só não vai a lado nenhum, como se realiza em si mesma, institui a sua própria finalidade. Mas por que razão tem a prosa esse impulso comandado, impulsionado pelo desejo, e a poesia não, quando tantas vezes são uma só, e vice-versa? Enquadrando, na perspectiva coreográfica, conceitos como a marcha e a dança, a propósito de obras como as de Rainer Maria Rilke, Fernando Pessoa, António Vieira e Yvette K. Centeno, desenvolve-se, neste texto, a ideia de, amiúde, ser impraticável e inútil a distinção entre géneros. Mesmo sendo possível – e apesar de esta questão ter ocupado teóricos de todos os tempos – a que leva tal procedimento? Por que não pode a prosa ser dançável e a poesia caminhante? O ser que anda pode ou não ser um bailarino do inconsciente?

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Biografia do Autor

Ana Marques Gastão

Poeta, ensaísta, crítica literária

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Publicado

2011-04-19

Como Citar

Gastão, A. M. (2011). Quando a prosa dança e a dança caminha. Abril – NEPA / UFF, 4(6), 13-28. https://doi.org/10.22409/abriluff.v4i6.29748

Edição

Seção

Artigos