Abril – NEPA / UFF
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<p>A Revista Abril,<strong> </strong>do Núcleo de Estudos de Literatura Portuguesa e Africana – NEPA UFF, é um veículo de divulgação nacional e internacional de estudos e resenhas, sobre obras literárias produzidas em Portugal e nos países africanos de língua portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Princípe), de forma específica ou em abordagens comparatistas. Aceita também entrevistas com escritores dessas literaturas. QUALIS CAPES A2 (2017-2020)<br /><strong>ISSN</strong> 1984-2090</p>ABEC Brasilpt-BRAbril – NEPA / UFF1984-2090<p>Autorizo a Revista Aabril - NEPA/UFF a publicar o artigo que ora submeto, de minha autoria/responsabilidade, caso seja aceito para publicação online. Declaro, ainda, que esta contribuição é original, que não está sendo submetida a outro editor para publicação, e assino a presente declaração como expressão da verdade.</p><p>Os trabalhos publicados no espaço virtual da Revista Abril serão automaticamente cedidos, ficando os seus direitos autorais reservados à Revista Abril. Sua reprodução, total ou parcial, é condicionada à citação dos autores e dos dados da publicação.</p><p> </p><p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />A <strong><em>Revista Abril </em></strong>utiliza uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/" rel="license" target="_blank">Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional</a> <span>(CC BY-NC 4.0).</span></p>Pós-modernidade e literatura
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/60317
<p>O artigo reflete sobre as consequências que a experiência de “pós-verdade”, no contexto pós-moderno, poderia ter sobre as possibilidades da criação literária. Propõe que a estrutura central do fazer literário é a <em>representação </em>a partir das <em>palavras originárias</em>, e que essa é na sua essência a própria estrutura da verdade. Nesse sentido, é a literatura que mais radicalmente diz-verdade, e por isso seria capaz de escapar do <em>Diktat </em>pós-moderno de que verdade não há mais. Os temas teóricos do artigo são experimentalmente aplicados ao romance <strong>Os cus de Judas</strong>, de Lobo Antunes.</p>Marcio Tavares d 'Amaral
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2024-05-042024-05-041632132310.22409/abriluff.v16i32.60317Camões no divã
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/60347
<p>A poesia camoniana é altamente questionadora dos saberes cristalizados, das instâncias tradicionalmente aceites, e no lugar das pretensas convicções ela devolve ao seu leitor não a segurança de uma resposta, mas uma extrema tensão, inscrita na impossibilidade de postular assertivamente quaisquer ideias. Trata-se pois de uma escritura eivada de perguntas-problema para as quais, no mais das vezes, não há o conforto de uma solução; escritura que prefere o terreno instável, movediço, das múltiplas possibilidades à inútil (por impossível) tentativa de chegada a uma Verdade Absoluta.</p>Rafael Santana
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2024-05-042024-05-041632253610.22409/abriluff.v16i32.60347Pós-colonialismo e pós-verdade no conto “Nas águas do tempo” de Mia Couto
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/60212
<p>O presente artigo visa estudar a relação entre os conceitos de <em>pós-verdade </em>e <em>pós colonialismo </em>no contexto dos estudos das literaturas africanas de expressão portuguesa. Para tal, analisa-se o conto “Nas águas do tempo” (1994) de Mia Couto, enquanto recorte da literatura pós-colonial moçambicana e espaço de recriação de lendas e crenças autóctones. Finalmente, este empreendimento reflete ainda, criticamente, sobre o processo de descolonização de Moçambique como movimento de resgate do passado tradicional pré-colonial e de estabelecimento de uma identidade nacional independente.</p>Inês Hortas Marques
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2024-05-042024-05-041632374910.22409/abriluff.v16i32.60212Pintando imagens com palavras ou como a autora adentrou o atelier do artista
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/61542
<p><strong>Rua de Paris em dia de chuva </strong>(2020), romance de Isabel Rio Novo, resgata a figura de Caillebote ao ficcionalizar — com engenho e arte — a vida do pintor francês, alinhando-a às mudanças sofridas em Paris no fim do século. O interesse pelo duplo “biografismo-histórico” surge da paixão da Autora (narradora-personagem) cujo interesse por Caillebote e as suas pinturas a impulsiona na confecção de um romance tendo como protagonista o artista impressionista. Surge, também, no espaço ficcional, a figura misteriosa e soturna de Helena, uma acadêmica especializada em história da arte. Entre o pintor, a escritora e a pesquisadora entrelaçam-se os fios do amor que os une. O presente artigo debruça-se sobre a narrativa com intuito de pensar as relações com imagens que ultrapassam a representação literal, evidenciando a força emocional e simbólica, a partir de uma continuidade cultural e da transmissão de ideias por meio das imagens ao longo do tempo. Isto é, as imagens não são apenas objetos estéticos isolados, mas partes de uma “memória coletiva” que refletem as preocupações e os desejos humanos, por meio das suas “sobrevivências”. Como pressupostos teóricos utilizaremos os conceitos sobre imagem de Aby Warburg, Walter Benjamin e Georges Didi-Huberman.</p>Carlos Roberto dos Santos Menezes
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2024-05-042024-05-041632516610.22409/abriluff.v16i32.61542Desacelerar os passos, resistir à positividade: chagas da psicopolítica em Inferno, de Pedro Eiras
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/60469
<p>Partindo da reflexão de Byung-Chul Han a respeito da psicopolítica como a nova ordem contemporânea, que rege a “sociedade do cansaço”, apresentamos a leitura de alguns poemas do <strong>Inferno </strong>(2022), de Pedro Eiras. Ao descrever diversos cenários da vida urbana hiperacelerada e hiperconectada, o sujeito lírico passa a caminhar entre seus semelhantes e, todos juntos, sentem-se oprimidos pelo excesso de positividade imposto pelo <em>big data</em>. Ao transitar por diversos não-lugares, o poeta apresenta uma postura crítica, de acentuada preocupação ética, em relação aos impactos subjetivos do neoliberalismo. Por fim, concluímos que nos trinta e três cantos híbridos do <strong>Inferno</strong>, a contradicção presente nos versos atrita com a anulação da subjetividade ao propor, por meio da experiência temporal gerada pela poesia, o intervalo, a intimidade e o tédio profundo.</p>Paulo Alberto da Silva Sales
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2024-05-042024-05-041632678010.22409/abriluff.v16i32.60469Intenção e sentido nos contos “Civilização”, de Eça de Queirós, e “O segredo do bonzo”, de Machado de Assis
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/61683
<p>O artigo tem como foco principal duas noções da teoria literária, a saber, as noções de intenção autoral e de sentido da obra. Mas também, de forma conjugada, são abordadas as noções de consciência, significação e postura crítica. Depois da discussão teórico-crítica, segue-se a análise literária dos contos “Civilização”, do escritor português Eça de Queirós, e “O segredo do Bonzo”, do brasileiro Machado de Assis, procurando demonstrar como aquelas duas noções centrais se evidenciam nessas duas obras.</p>Paulo Alex Souza
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2024-05-042024-05-041632819510.22409/abriluff.v16i32.61683“No limiar das coisas por saber”: Eugénio de Andrade e a palavra-nascente
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/61804
<p>O presente estudo busca investigar as relações entre poesia e conhecimento no âmbito da obra de Eugénio de Andrade, destacando o papel fundamental desempenhado pelo desejo nesse projeto de escrita. Considerando que o fazer poético pode ser compreendido como uma particular forma de saber comprometida com a renovação de nosso olhar sobre o mundo, buscamos formular a ideia de palavra-nascente para descrever os processos de composição desse autor.</p>Paulo Braz
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2024-05-042024-05-0416329711210.22409/abriluff.v16i32.61804Um dizer mais real e denso - resenha de Devagar a poesia de Rosa Maria Martelo
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/59190
<p>Resenha do livro:<br />MARTELO, Rosa Maria. <strong>Devagar, a poesia</strong>. Lisboa: Documenta, 2022.</p>Nuno Brito
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2024-05-042024-05-04163217117410.22409/abriluff.v16i32.59190Espaço e literatura contemporânea em língua portuguesa
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/58683
<p>Resenha do livro:<br />FONTES, Maria Aparecida Rodrigues; CAN, Nazir Ahmed; CHAVES, Rita (Orgs). <strong>Geografias literárias de língua portuguesa no século XXI</strong>. Roma: Tab Edizioni, 2021.</p>Ana Beatriz Matte Braun
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2024-05-042024-05-04163217518010.22409/abriluff.v16i32.58683Uma arena, um mapa, uma dança: itinerário de uma paixão
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/61768
<p>Resenha do livro:<br />RUAS, Luci. <em>Na arena do texto: estudos de literatura portuguesa</em>. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2023.</p>João Victor Sanches da Matta MachadoMarlon Augusto Barbosa
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2024-05-042024-05-04163218119010.22409/abriluff.v16i32.61768Apresentação
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/62609
<p>Apresentação à Abril 32.</p>Diana PimentelLuís Maffei
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2024-05-042024-05-04163291010.22409/abriluff.v16i32.62609Se o fascismo nunca existiu, então o que foi o 25 de Abril? Reflexões a partir do ensaísmo de Eduardo Lourenço
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/61770
<p>A partir do título do livro que Eduardo Lourenço publicou em 1976, <strong>O Fascismo nunca existiu</strong>, visa-se reflectir acerca da dificuldade sentida pelos portugueses em pensar com profundidade o que foi a experiência de 48 anos de Estado Novo. Segundo Eduardo Lourenço, sem realizar essa meditação, seria impossível o regime democrático saído do 25 de Abril criar o seu próprio imaginário. O estudo termina com a tentativa de avaliar se hoje, 50 anos depois da Revolução dos Cravos, essa meditação está feita ou ainda permanece por fazer.</p>João Tiago Lima
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2024-05-042024-05-04163211512110.22409/abriluff.v16i32.61770A “Uma vala comum de flores defuntas”: visões e revoluções do 25 de Abril em Fado Alexandrino e o Manual dos Inquisidores, de António Lobo Antunes
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/61908
<p>O episódio da Revolução dos Cravos percorre a obra de António Lobo Antunes do princípio ao fim, e constitui um dos exemplos mais significativos do recurso narrativo à “carnavalização da História” (Bakhtin). A representação ficcional deste acontecimento está marcada pela perturbação nas hierarquias sociais no universo diegético, assim como pela focalização narrativa na esfera íntima das personagens, entre outros fenómenos. Em <strong>Fado Alexandrino </strong>(1983), paralelamente à descrição pormenorizada da revolta popular de 1974 pelo soldado ex-combatente da guerra colonial, o romance apresenta uma visão apocalíptica do último dia do Estado Novo. De forma semelhante, em <strong>O Manual dos Inquisidores </strong>(1996), a Revolução dos Cravos é mormente tratada numa perspectiva íntima, em que a queda do regime se materializa na destruição do universo doméstico da quinta do ministro em Palmela. Nestes dois romances sobre o Portugal pós-salazarista, Lobo Antunes constrói uma imagem multiforme daquele “tempo da ruptura das rupturas” (como chamou Eduardo Lourenço o 25 de Abril), no intuito de salientar as várias revoluções que trouxe a Revolução dos Cravos ao nível individual e colectivo. Pelo recurso à hipérbole e pela desmitificação da História, Lobo Antunes quer apontar para a relativização do discurso oficial sobre este acontecimento.</p>Felipe Cammaert
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2024-05-042024-05-04163212313810.22409/abriluff.v16i32.61908Rudolfo: a ficção como direito
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/61976
<p>Neste trabalho, propõe-se uma leitura de <strong>Rudolfo</strong>, de Olga Gonçalves, primeiro romance português a tratar da questão dos retornados, buscando desenvolver dois pontos de reflexão convergentes. Por um lado, cabe analisar as tensões provocadas pela escrita da memória, buscando compreender em que medida sua representação no romance, ao investir na construção subjetiva, se mostra capaz de promover novos desenhos de identidades que se afirmam desde a margem — ora a do personagem-título, ora a da narradora —, a partir do encontro com o outro, por muito problemático que este encontro seja. Por outro lado, com o auxílio do pensamento de teóricos como Paul Ricoeur e Luiz Costa Lima, cremos ser fundamental refletir acerca do estatuto ficcional do texto, ou melhor, das tensões existentes entre o discurso literário e o pano de fundo histórico que lhe dá sustentação. Diante desse quadro, a prática de uma escrita decididamente ficcional parece se impor como instrumento para propor outros modos de conceber a relação entre o verbal e seus referentes e, sobretudo, para legitimar espaços de enunciação desde os quais os protagonistas combatem o silenciamento de seus papéis sociais.</p>Ivan Takashi Kano
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2024-05-042024-05-04163213915110.22409/abriluff.v16i32.61976En/stranhamento, infamiliaridade no pós-25 de Abril em Portugal: a poesia das décadas de 1970 e 1980 de Isabel de Sá
https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/61686
<p>O presente artigo tem o objetivo de discutir algumas estratégias poéticas utilizadas por Isabel de Sá no início de sua produção literária, tendo como contexto a Revolução dos Cravos, em 1974. Isabel, artista da palavra e das imagens — como professora, pintora e desenhista, começa a publicar em 1979, com <strong>Esquizo Frenia</strong>. Para avançar na investigação, lançamos mão do conceito psicanalítico que se mobiliza entre a estranheza, a infamiliaridade e o incômodo, defendido por Sigmund Freud, em 1919, que vimos recriando pela via do neologismo do en/stranho e sulca as fronteiras entre a intimidade, a domesticidade e o campo aberto do outro, do desconhecido. Desse modo, procuramos ler as obras iniciais da referida autora aproveitando a ideia de contra-imagem que Eduardo Lourenço introduz em “Psicanálise Mítica do Destino Português”, relacionando a isso o problema de que a palavra poética torna estranho quem a possui, como a própria poeta afirma em <strong>O duplo dividido</strong>, em 1989. Ao final, há também neste material uma rápida entrevista feita com a poeta Isabel de Sá.</p>Tatiana Pequeno
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2024-05-042024-05-04163215316710.22409/abriluff.v16i32.61686Sobre esta edição
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