Keynes e a solução da fragilidade financeira em Minsky: um “Paradoxo Pós-Keynesiano”?

Autores

  • Lucas Casonato Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR);e Faculdade de Educação Superior do Paraná (FESPPR). https://orcid.org/0000-0003-1280-3049

DOI:

https://doi.org/10.22409/reuff.v22i2.35145

Palavras-chave:

Paradoxo Pós-Keynesiano, Escola Pós-Keynesiana, Fragilidade financeira, Minsky, Keynes

Resumo

Este artigo analisa a utilização do termo “Paradoxo Pós-Keynesiano” pela literatura e propõe uma definição mais geral ao conceito. Esta nova interpretação ilustra a possibilidade de uma tensão teórica nesta corrente do pensamento. Isso é explorado considerando-se a pertinência de um novo paradoxo, a respeito da associação feita pela escola Pós-Keynesiana entre as soluções para crises financeiras propostas por Minsky e as bases teóricas fundadas por Keynes. A análise do caso específico expõe a situação paradoxal: disponibilizar a política econômica para proteger os bancos comerciais pari passu o reconhecimento de que a motivação deles por lucros mantém a propensão à instabilidade financeira. Verifica-se que a validade desse paradoxo, bem da versão mais ampla, persiste mesmo considerando-se o caráter evolutivo da política econômica na teoria Pós-Keynesiana. Conclui-se que a pertinência de qualquer paradoxo nesta corrente depende da ótica sob a qual sua teoria é analisada, se confinada à lógica econômica ou se abrangente para compreender um caráter social.

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Biografia do Autor

Lucas Casonato, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR);e Faculdade de Educação Superior do Paraná (FESPPR).

Doutor em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professor de economia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e na Faculdade de Educação Superior do Paraná (FESPPR).

Publicado

2021-12-02

Edição

Seção

Artigos