https://periodicos.uff.br/revistasaberes/issue/feedRevista Saberes: Ciências Biológicas, Exatas e Humanas2021-04-14T17:17:41+00:00André Luiz Gomes da Silvasaberes.peb.inf@id.uff.brOpen Journal Systems<p>A Revista de <strong>Saberes: Ciências Biológicas, Exatas e de Humanidades (ISSN 2763-6100)</strong> é uma revista multidisciplinar, com publicação semestral e revisão cega por pares (Blind Peer Review). São aceitos manuscritos das áreas de Ciências Biológicas, Exatas e de Humanidades. Artigos na área de Ensino que englobam uma das três grandes áreas também são aceitos para publicação.</p>https://periodicos.uff.br/revistasaberes/article/view/49553A integração da educação antirracista com o ensino de evolução biológica2021-04-05T16:18:09+00:00W. R. Santoswilliam_rossani@hotmail.com<p>O artigo apresenta resultados de um projeto de intervenção pedagógica realizado com uma turma de 1° ano do ensino fundamental, de uma escola municipal localizada na cidade de São Carlos/SP, em contexto de estágio docente. O tema do projeto buscou articular o tratamento das questões étnicas e raciais a partir de duas matrizes: a Cultura dos diversos grupos humanos marginalizados, principalmente os afrodescendentes, afro-brasileiros e indígenas; e a Biologia, a partir da perspectiva da evolução biológica e da genética. Essas duas matrizes foram fragmentadas em seis grandes eixos: I -Descendência Comum e Espécies; II – Herança Genética; III – Cultura Africana e Afro-brasileira; IV – Cultura Indígena; V – Diversidade Humana; e VI – Identidades e Alteridades. Cada um desses eixos foi trabalhado em um período de duas a três horas cada, com diferentes recursos didáticos e estratégias metodológicas, entre elas a apresentação de vídeos, slides, contação de história e roda de conversa. O objetivo principal do projeto foi o de discutir aspectos referentes ao conceito de raça e as diferenças culturais e fenotípicas manifestadas por diferentes grupos humanos, de forma a estabelecer uma distinção entre a compreensão racial nos âmbitos biológicos e sociológicos voltados para a construção de uma noção de igualdade na diferença. Os resultados indicam que os estudantes têm noção de suas diferenças e da particularidade de cada uma delas, além de estarem bastante dispostos a seguirem princípios de respeito às diferenças. Outrossim, em termos conceituais pudemos constatar que a transposição didática de áreas de conhecimentos complexas, geralmente incorporadas nos últimos anos da educação básica, tais como a Biologia Evolutiva, Genética e Paleoantropologia, se trabalhadas sob um viés transdisciplinar e transversal, podem contribuir para a compreensão de importantes questões raciais já nos primeiros anos do ensino fundamental.</p>2021-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2021 W. R. Santoshttps://periodicos.uff.br/revistasaberes/article/view/49608O ensino inclusivo na licenciatura em química: uma experiência na sala de recursos multifuncionais2021-04-08T16:56:48+00:00A. R. G. R. Melloanademello@outlook.com.brC. V. Ferreiracvio.vitor33@gmail.comM. A. Santosmarcelo.ads@live.comJ. C. Messederjorge.messeder@ifrj.edu.br<p>Este artigo traz o recorte de uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências (PROPEC) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), em que num dado momento da coleta de dados contou com participação de dois licenciandos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do IFRJ-Nilópolis. O lócus da pesquisa foi a Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), com alunos do Atendimento Educacional Especializado (AEE), em uma escola municipal da Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. A pesquisa explorou o Ensino de Ciências a partir do enfoque Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), com abordagens sociocientíficas. Voltado à participação dos graduandos é importante destacar a relevância dessa intervenção, visto que o ensino de Química não compõe o currículo do ensino fundamental, de forma que os alunos vão ter contato com essa disciplina, formalmente, somente no ensino médio. Entretanto, é uma área que correlaciona fatos e fenômenos a todo tempo, no dia a dia. Assim sendo, o objetivo dessa etapa da pesquisa foi possibilitar que os professores de Química, em formação, pudessem observar e vivenciar alguns aspectos da relação entre Educação Especial e o Ensino de Ciências, inerentes ao trabalho e ambiente da pesquisa, como: a especificidade do público-alvo da Educação Especial; o ambiente da SRM; as características do AEE; as possibilidades didáticas e recursos para desenvolver o ensino de Ciências, para posteriores inter-relações com o ensino de Química.</p>2021-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2021 A. R. G. R. Mello, C. V. Ferreira, M. A. Santos, J. C. Messederhttps://periodicos.uff.br/revistasaberes/article/view/49617Biotraduff: tradução de materiais para estudo de bioquímica e outras disciplinas moleculares em libras2021-04-09T12:44:32+00:00M. O. L. Lealmarianaolaya@id.uff.brT. A. Arrudatateaa@id.uff.brD. F. de Souzadayanesouza@id.uff.brM. S. Henriquesmasoares@id.uff.brE. M. Teixeiraedileneteixeira@id.uff.brE. H. da Silvaehorst@id.uff.brJ. S. Ferreirajaquelineferreira@id.uff.brJ. A. Oliveiraanjosjosiene@id.uff.brM. S. F. Grativolmicheleferreira@id.uff.brM. T. S. P. de Oliveiramaurothiago@id.uff.brW. L. Nascimentowandreialucia@id.uff.brM. C. B. Mendesmariacristinabarbosamendes@gmail.comA. Santossantosamanda@id.uff.brT. P. Dawestathianna.libras.uff@gmail.comM. G. L. Ribeiromgustavo@id.uff.br<p>No contexto do processo de ensino-aprendizagem de ciências, a complexidade dos conteúdos passados e a falta de sinais-termos específicos trazem grandes desafios aos estudantes surdos. As disciplinas do ciclo básico dos Cursos de Ciências Biológicas, especialmente as disciplinas moleculares, envolvem uma linguagem científica com características e terminologia próprias para designar fenômenos complexos e exigem um grau de pensamento abstrato. Para que a aprendizagem ocorra sem restrições, estudantes surdos precisam estar expostos ao ambiente linguístico adequado e em contato permanente com o conteúdo através de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Este trabalho apresenta as estratégias adotadas por uma equipe composta por alunas, professores e tradutores-intérpretes de Libras da Universidade Federal Fluminense, em conjunto com uma aluna surda do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas, com vistas a: traduzir e interpretar textos com conceitos e termos-chave selecionados previamente pelos professores; pesquisar em vídeos e bibliotecas virtuais para identificar quais daqueles conceitos e termos já possuem sinais em Libras; realização de reuniões periódicas com professores para instrumentalizá-los didaticamente e orientá-los na elaboração de materiais acessíveis (especialmente slides e vídeos), além de elucidar dúvidas a respeito dos termos específicos; traduzir vídeos, textos, estudos dirigidos e outros materiais; acompanhar remotamente a aluna para identificar necessidades e desenvolver ferramentas pedagógicas específicas. Neste trabalho específico, serão mostradas as abordagens realizadas na disciplina de Bioquímica e os resultados alcançados até agora com essa experiência.</p> <p> </p>2021-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2021 M. O. L. Leal, T. A. Arruda, D. F. de Souza, M. S. Henriques, E. M. Teixeira, E. H. da Silva, J. S. Ferreira, J. A. Oliveira, M. S. F. Grativol, M. T. S. P. de Oliveira, W. L. Nascimento, M. C. B. Mendes, A. Santos, T. P. Dawes, M. G. L. Ribeirohttps://periodicos.uff.br/revistasaberes/article/view/49620Práticas inclusivas no ensino experimental de ciências e a transversalidade com a educação especial2021-04-09T14:45:50+00:00A. P. Boffana.boff@ifsc.edu.brA. M. Regianianelise.regiani@ufsc.br<p>A Educação Inclusiva é um projeto coletivo que perpassa a proposta pedagógica da escola e ocorre por meio de um trabalho conjunto e transversal que envolve todos os profissionais da educação. Nessa perspectiva, este artigo objetiva refletir sobre a inclusão escolar de estudantes com deficiência visual no ensino experimental de Ciências da Natureza, destacando a necessidade de um trabalho conjunto entre a área de Educação Especial e a de Ciências da Natureza, com ênfase na Biologia. O estudo, de natureza qualitativa, foi caracterizado a partir de revisão bibliográfica realizada na Revista de Educação Especial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), considerando o período compreendido entre os anos 2000 a 2020. Ao todo foram localizados 10 (dez) trabalhos relacionados ao ensino de Ciências e a educação de pessoas com deficiência visual (DV) e, destes, quatro produções vinculadas à área de Biologia. A fim de sistematizar as informações presentes nesses artigos definimos uma categoria de análise: relação entre a área de Educação Especial e o ensino experimental de Ciências da Natureza para estudantes com DV. Os resultados apontaram que a temática relativa às práticas inclusivas no componente curricular de Biologia são apenas tangenciadas pelas citadas produções, o que nos permite inferir que é necessário aprofundar a relação entre a área específica (Biologia) e a Educação Especial, a fim de que os conhecimentos próprios de cada campo do saber possibilitem um trabalho conjunto e que promovam a inclusão escolar de estudantes com deficiência visual na Educação Básica.</p>2021-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2021 A. P. Boff, A. M. Regianihttps://periodicos.uff.br/revistasaberes/article/view/49622Há educação de qualidade no ensino remoto? Um estudo de caso sobre a alimentação a luz da interdisciplinaridade nas Ciências da Natureza2021-04-09T15:19:55+00:00E. B. Fehlbergprofeduarda.quimica@gmail.comJ. A. L. Braccinijoaobraccini@gmail.comJ. B. Marcolinojuba2807@gmail.com<p>A pandemia trouxe mudanças significativas para a vida da população, como o isolamento social que modificou o ensino e a rotina de professores e estudantes. Nesse contexto de aulas remotas, incorporar nas discussões temas relacionados ao cotidiano dos alunos nesse novo cenário, se mostrou fundamental. Sabe-se que a alimentação dos jovens normalmente é composta por muitos produtos industrializados, que se consumidos em excesso, podem gerar problemas de saúde a longo prazo. Nesse cenário, se questionou se uma mudança repentina na rotina dos adolescentes poderia influenciar em seus hábitos alimentares. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar práticas educativas interdisciplinares relacionadas à alimentação no ensino remoto, bem como possibilitar a discussão sobre práticas interdisciplinares no ensino de Ciências da Natureza. Para isso, foi desenvolvida uma sequência didática utilizando a rotina dos estudantes com a proposta de se trabalhar competências e habilidades relacionadas a conceitos como Bioquímica, Química Orgânica e Calorimetria. O processo de avaliação ocorreu de maneira contínua, analisando todo o processo de aprendizagem, como por exemplo, interações nos chats dos grupos na plataforma, socialização nas apresentações e as produções dos alunos. Ainda, para uma análise detalhada, utilizou-se como ferramenta a técnica de Análise de Conteúdo. Como resultados, pode-se perceber um grande envolvimento dos estudantes com a proposta e uma reflexão sobre suas escolhas alimentares, bem como uma maior apropriação de termos científicos trabalhados ao longo da sequência didática. Com isso, a interdisciplinaridade da atividade foi fundamental para garantir uma conexão entre diferentes conceitos em um tema do cotidiano dos estudantes.</p>2021-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2021 E. B. Fehlberg, J. A. L. Braccini, J. B. Marcolinohttps://periodicos.uff.br/revistasaberes/article/view/49623A situação da inclusão da pessoa com deficiência visual em cursos de nível superior no Brasil: estudo de caso e análisedas implicações do DecretoPresidencial nº 10.502/2022021-04-09T15:25:57+00:00K. T. A. R. SILVAkessia.a.rodrigues@gmail.com<p>Este trabalho busca analisar e esclarecer as razões pelas quais a educação inclusiva das pessoas com necessidades educacionais específicas se constitui na forma de educação mais eficiente na construção de uma sociedade não-discriminatória de aceitação e valorização da diversidade humana, além d e oferecer soluções práticas e estratégias para docentes envolvidos nesse processo.A partir de um breve apanhado histórico sobre o processo de inclusão das pessoas com deficiência no sistema educacional brasileiro ao longo do final do século XX e início do século XXI, exploraremos da legislação brasileira acerca da inclusão escolarlevando em consideração as diretrizes e orientações apresentadas na Declaração de Salamanca de 1994 para a implementação da educação inclusiva.Será realizada, então, uma análise comparativa do Decreto nº 10.502/2020 em relação à PNEE anterior, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a fim de destacar as mudanças trazidas pela nova legislação e suas possíveis implicações para as pessoas com deficiência.Com o objetivo de demonstrar a viabilidade prática desse conceito, é apresentado um estudo de caso que, analisa o processo de inclusão de uma pessoa com deficiência visual em um curso de graduação em Engenharia Química, dentro do contexto altamente exigente de uma universidade federal de excelência à luz das teorias de Vygotsky acerca da inclusão educacional das pessoas com deficiência, com foco na perspectiva dos docentes, que compartilham desafios, estratégias e práticas do ensino superior inclusivo.</p>2021-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2021 K. T. A. R. SILVAhttps://periodicos.uff.br/revistasaberes/article/view/49624Percepções dos alunos da EJA sobre léxico e método científico do poema Lágrima de Preta em uma sequência didática remota2021-04-09T15:28:14+00:00C. R. Faiadprofcaiofaiad@gmail.comA. A. Sousaadesouza.astro@gmail.comD. B. Rezendedbrezend@iq.usp.br<p>Neste trabalho apresentamos resultados do relato de experiência de uma sequência didática elaborada na interface de ciências e literatura. Com objetivo de promover uma leitura crítica do poema Lágrima de Preta, de António Gedeão foi proposto uma sequência didática em quatro aulas na disciplina de Ciências onde os estudantes do Ensino Fundamental da EJA deveriam identificar as palavras do campo das ciências, o método científico e a imagem poética da lágrima da preta como objeto de pesquisa do cientista. Da sequência elaborada para as atividades remotas, apenas 12 estudantes enviaram suas respostas de um total de 79 alunos matriculados. Mesmo realizando um levantamento com os alunos sobre qual seria o melhor modo de proceder o ensino remoto, constatou-se baixa participação dos estudantes. É possível concluir que a sequência didática promoveu uma reflexão sobre as diferentes facetas da dimensão do racismo, uma vez que o poema escolhido reflete em seu tecido narrativo a ausência da voz da mulher preta que chora, sendo apenas utilizada para a pesquisa do “eu” poético cientista. Com relação ao método científico apresentado no poema, os discentes identificaram a lágrima como o objeto da pesquisa. Embora as respostas adequadas foram encontradas em menor frequência, é possível que pensar que a mesma sequência didática em uma atividade presencial possibilitaria uma melhor mediação de leitura do poema.</p>2021-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2021 C. R. Faiad, A. A. Sousa, D. B. Rezendehttps://periodicos.uff.br/revistasaberes/article/view/49625Ensinando Química em uma escola prisional por meio de uma sequência didática sobre ácidos e bases2021-04-09T15:32:08+00:00J. J. Moraesjucimaraquimica@hotmail.comB. F. dos Santosbf-santos@uol.com.br<p>O desafio de ensinar Química na educação prisional pode ser enfrentado aproximando os conhecimentos prévios dos estudantes dos conhecimentos científicos. Neste artigo, apresentamos uma sequência didática para o ensino de ácidos e bases em uma unidade prisional, pautada pela aproximação entre os dois tipos de conhecimento. Por meio da análise da densidade lexical/informacional e dos aspectos do conhecimento químicos nas respostas escritas pelos estudantes a questionários, avaliamos a contribuição da sequência didática para a apropriação dos conceitos e da linguagem química. Os resultados evidenciaram a aquisição da linguagem científica pelos estudantes, mas também indicaram a persistência de algumas concepções prévias sobre ácidos e bases, expressadas pelo nível fenomenológico do conhecimento químico nas respostas escritas. Baseados na avaliação dessa sequência didática,reforçamos a importância de o ensino de Química para o público da EJA e da educação prisional estabelecer o diálogo entre as diferentes formas de conhecimento em sala de aula.</p>2021-04-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2021 J. J. Moraes, B. F. dos Santos