V.20, nº 43, 2022 (setembro-dezembro) ISSN: 1808-799 X
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA AO ECOSSOCIALISMO: ENTRE A
CONCILIAÇÃO COM O SISTEMA DO CAPITAL E A CONSTRUÇÃO DE UM
NOVO HORIZONTE1
Alexandre Maia do Bomfim2
Goreng: [Todos] Precisam racionar a comida! (...)
Trimagasi: Ei, ei, ei... Você é comunista?
Goreng: Sou razoável. Racionamento seria justo...
Trimagasi: Os de cima não escutam comunista!
[Diálogo entre os personagens principais do filme
“O Poço” (El Hoyo)].
Antes de fazer a Apresentação deste número temático sobre Trabalho,
Natureza e Educação Ambiental Crítica, editado pela Revista Trabalho Necessário
(TN), vale registrar o momento histórico dessa escrita. poucos dias tivemos a
eleição presidencial mais acirrada de todos os tempos no Brasil. Acabamos de
eleger Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 30 de outubro de 2022, para mais um
mandato de quatro anos, que será seu terceiro. Lula derrotou o presidente Jair
Bolsonaro, primeiro presidente que não se reelege no Brasil por meio do voto
democrático. Lula obteve 60.345.999 (50,90%) de votos, enquanto Bolsonaro obteve
58.206.354 (49,10%), quer dizer, menos de 2% foi a distância entre os dois
adversários3. É um Brasil profundamente polarizado, como nunca se viu. Vale
compreender que estar polarizado é mais do que estar dividido. Dividido, o Brasil
sempre foi. A diferença é que as divisões anteriores traziam mais frações da
sociedade para o momento do pleito, ao menos para o primeiro turno, mas não foi
assim nessa eleição, porque desde o primeiro momento houve dois candidatos,
3Disponível em: https://resultados.tse.jus.br/oficial/app/index.html#/eleicao/resultados. Acesso em
novembro de 2022.
2Doutor em Ciências Humanas-Educação. Professor Associado III do Programa de Pós-graduação
em Ensino de Ciências (Propec) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de
Janeiro (IFRJ) E-mail: alexandre.bomfim@ifrj.edu.br. lattes http://lattes.cnpq.br/9426535856477661.
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-5617-2229.
1Recebido em 08/11/2022. Aprovado pelos editores em 09/11/2022. Publicado em 10/11/ 2022.
DOI: https://doi.org/10.22409/tn.v20i43.56449.
1
de fato. Dessa forma, deu-se margem também para as polarizações conceituais
para apreender (ou até orientar) a disputa política que foi se observando. Utopia ou
barbárie? Neofascismo ou democracia? Comunismo ou conservadorismo? Direita ou
esquerda? Na maior parte das vezes, debates postos para serem superficiais, sem
esforço de reflexão, sem leitura, sem pesquisa, sem lastro de realidade. E a arena
principal desses debates ocorrendo nas redes sociais digitais. Uma arena política
muito diferente de outros tempos, porque nela os debates não são resolvidos, não
vencedores (ou relativamente depois do pleito), os temas não se
desenvolvem, os preconceitos são mantidos, as diferenças não são postas frente a
frente; os lados opostos até tangenciam um ao outro, mas somente para que os
conceitos possam retornar para seus próprios grupos (bolhas) de forma
subordinada.
É nesse contexto sociopolítico-digital que entregamos esse número 43 da
Revista Trabalho Necessário para uma reflexão urgente sobre a relação que
precisamos obter com o meio ambiente, sobre a relação metabólica que nós, seres
sociais e políticos, possuímos com a natureza. Aqui estamos considerando a tríade
“Trabalho, Ambiente e Educação”, viemos fazer essa reflexão tendo sempre como
pano-de-fundo a crítica ao sistema do capital e subsidiados pela teoria marxista.
Nosso propósito aqui é trazer nossa trajetória e ter um pouco de ousadia, no caso
reconstruir a esperança e indicar o futuro. Desde o título desta Apresentação
queremos demonstrar que acumulamos na Educação Ambiental Crítica e, sem
subterfúgios, tentar puxar o futuro para nós, ensaiando a utopia de uma sociedade
ecossocialista.
algum tempo trabalhamos com a Educação Ambiental (EA), algum
tempo estamos na busca de teorizar e praticar uma educação intencionalmente
crítica, que fosse capaz inclusive de convergir com nossa trajetória anterior,
marxista, pertencente à área de Trabalho e Educação. Inevitavelmente tivemos que
adjetivar nossa EA, um pouco para distingui-la de “outras educações”, mas
sobretudo para salientar as nossas características: ser crítica ao sistema do capital
(MÉSZÁROS, 2002) e considerar a perspectiva do conflito, a luta de classes. Dessa
forma que aqui estamos, com nossa compreensão de Educação Ambiental Crítica
(EA-crítica), a que nos filiamos e para onde tentamos constituir nossas leituras,
nossas pesquisas, nossa prática... E nos distinguir de “outras educações” significa
2
nos diferenciar, evidentemente, daquelas alinhadas ao sistema do capital, nos
diferenciar também das que se pretendem reformistas porque entendem ser possível
um grau de crítica desassociado da meta inegociável de transformar a sociedade.
Certamente que esse nosso percurso, ainda que busque constituir sua própria
massa crítica, não é linear, tem suas idas e vindas, porque é dialético. É um
percurso feito dentro de um grupo de pesquisa4, receptivo às pessoas que passaram
por nós (discentes, docentes, pesquisadores) e nada imune aos momentos
históricos. Se em alguns momentos podemos reivindicar uma crítica de vanguarda
que reivindique o socialismo e que nos permita dizer inclusive que “desenvolvimento
sustentável” é um termo insuficiente; noutro momento, precisamos realizar o mais
básico dos posicionamentos, como lutar pelos direitos sociais básicos, reivindicar a
democracia, defender a ciência contra o obscurantismo. De qualquer maneira, nossa
reflexão sempre procurou estar próxima da escola:
Quando pensamos neste [estudo], não pressupomos que a “Questão
Ambiental” estivesse fora da Educação Básica, como também não
pressupomos que fosse suficiente sua entrada e permanência. Ao
contrário, pressupomos que precisávamos nos contrapor a algo
estabelecido, em termos de “Educação em Ciências”, em termos de
“Educação Ambiental”... Propomos uma ciência politizada! Nossa
prática ideológica é buscar o conhecimento. Cada vez mais, vamos
entendendo que a Educação Ambiental Crítica (EA-crítica) é aquela
que quer conhecer até o fim, que quer o aprofundamento das
questões, enquanto a educação conservadora quer exatamente
camuflar ou simplesmente manter-se na superfície. Esta é nossa
definição mais básica para a EA-crítica... (Contracapa do livro “A
Questão Ambiental na Educação Básica, BOMFIM et al, 2015).
O contexto atual está mais adverso, os conceitos estão sendo disputados em
novas bases, como exemplo, agora nos vemos na luta contra o fascismo ou
neofascismo5. Neste momento, o simples ato de educar e fazer ciência se tornou um
ato subversivo. Nessa hora, talvez nem fosse estratégico dizer que nossa Educação
Ambiental Crítica nos leva ao Ecossocialismo.
Isso não nos impede de ter a esperança de que no futuro nossas reflexões
encontrem mais ressonância na sociedade. No final deste texto, faço a apresentação
5No momento que estamos fechando este texto, poucos dias após a vitória de Luiz Inácio Lula da
Silva no pleito eleitoral (que ocorreu no dia 30 de outubro de 2022), no Brasil assistimos
manifestações de pessoas identificados com o fascismo que reivindicam intervenção militar contra o
resultado das eleições.
4Grupo de Pesquisa em Trabalho-Educação e Educação Ambiental (GPTEEA) do IFRJ.
3
dos trabalhos desta TN 43, mas posso adiantar que são, de maneira geral, também
críticos à sociedade capitalista. Mas, é bom não aprisioná-los ao posicionamento
que assumimos aqui com o Ecossocialismo; esse é nosso, recente e ponto
culminante de nossa caminhada teórica. Essa caminhada que encontrou
oportunidade e acolhimento aqui na Revista Trabalho Necessário, periódico do
Núcleo de Estudos, Documentação e Dados sobre Trabalho e Educação
(NEDDATE), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação e à
Faculdade de Educação, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Aqui, trazemos um pouco do nosso percurso teórico-político, de como
saímos de um “ecologismo correto”, passando pela crítica ao conceito economicista
de Desenvolvimento Sustentável, indo pela incorporação da luta de classes,
reivindicando a análise dos conflitos socioambientais, apreendendo outras
possibilidades e sociabilidades com os povos originários, considerando atividades
contraditórias no interior do capitalismo (como a agroecologia), até chegar ao
horizonte do ecossocialismo.
Por que a EA não vem dando certo?
Fazemos aqui um encadeamento de reflexões, a partir de nossas leituras e
nossas pesquisas (BOMFIM, 2021). Comecemos com Michael Löwy (2005) que
tentou convergir a pauta da luta dos socialistas (os vermelhos) com a dos
ambientalistas (os verdes) para criticar o “sistema do capital” (MÉSZÁROS, 2002).
Ele distinguiu os próprios ambientalistas e mostrou que alguns estão em militância
ineficaz quando defendem “desenvolvimento sustentável” porque propõem uma
conciliação com o capital. Por outro lado, Löwy mostrou aos vermelhos que a
preocupação com o meio ambiente deveria ser incorporada, pois não é
importante, mas central, apontando que além da luta pela tomada do Estado,
deve-se garantir que se torne ecológico. Não obstante, o primeiro Löwy
ecossocialista não conseguiu ir muito além disso, obteve algumas críticas
importantes que identificamos em duas vias. A primeira crítica que recebeu (ainda
que tenha sido apenas uma ressalva), foi a de que ele poderia ter percebido que no
próprio materialismo histórico-dialético havia os pressupostos para se considerar a
4
questão ambiental, porque o método proporciona isso e não deveria ter se detido
aos momentos que essa reflexão ainda era incipiente.
(...) Michael Löwy criticou (...) passagem [do Manifesto Comunista]
como uma manifestação da atitude ingênua de Marx em relação à
modernização e ignorância sobre a destruição ecológica embutida no
desenvolvimento capitalista (...).
Mesmo que sua interpretação reflita com precisão o pensamento de
Marx à época, a crítica de Löwy dificilmente pode ser generalizada
para toda a obra de Marx, uma vez sua crítica ao capitalismo se
tornou cada vez mais ecológica a cada ano que passou. (...) a
evolução de seu pensamento subsequente (...) mostra que, em seus
últimos anos, Marx ficou seriamente preocupado com o problema o
desmatamento (...). (SAITO, 2021, p. 316).
A segunda crítica, que consideramos mais grave, ocorreu quando Löwy
tangenciou uma ideia que pode ter descaracterizado a “luta de classes”:
(...) O combate para salvar o meio-ambiente, que é necessariamente
o combate por uma mudança de civilização, é um imperativo
humanista, que diz respeito não apenas a esta ou àquela classe
social, mas ao conjunto dos indivíduos. (LÖWY, 2005, p. 73).
Löwy, nesse momento, marcou uma distância conceitual em relação ao
marxismo, quando complementou dizendo que a destruição da natureza seria “a
segunda contradição do capitalismo” (preservada a compreensão que a primeira
contradição é a exploração do trabalho pelo capital). Contrários a esse primeiro
Löwy, com o aporte de Chesnais e Serfati (2003), prosseguimos compreendendo
que a contradição original do capitalismo continuaria ser a necessidade de o capital
valorizar-se pela exploração do trabalho. Na verdade, a degradação da natureza não
é uma contradição para o capital, porque não se opõe às máximas da economia
capitalista (como a valorização advinda da escassez). Esse primeiro ecossocialismo
de Löwy permitiu a ideia de que as responsabilidades com a degradação ambiental
se dariam da mesma forma entre indivíduos e grupos sociais, como também assim
seriam as experimentações das mazelas.
Não obstante, um segundo Löwy emerge num texto de 2013, aparando essas
arestas, mencionando Walter Benjamin, relembra que “o capitalismo nunca vai
morrer de morte natural” (op. cit). Nesse artigo, recupera a luta de classes, alcança
que a agressão ao meio ambiente não é contradição para o sistema do capital e
recupera a urgência da revolução. E mais, esse texto acertou profeticamente o que
viria ocorrer no capitalismo contemporâneo, ao indicar que: “(...) o sistema
5
continuará a explorar o planeta, até que a própria vida humana se encontre
ameaçada” (LÖWY, 2013, p. 79).
Depois disso, reajustadas essas ideias de Löwy, vale registrar para todos nós
que: se a degradação da natureza não é contradição para o capital, é para o ser
humano!6Vamos à crítica do conceito de “Desenvolvimento Sustentável”.
“Desenvolvimento Sustentável” (DS) é resultado de uma disputa, que na
superfície pode parecer apenas de termos, mas que no fundo traz as compreensões
e orientações para as políticas públicas (LAYRARGUES, 1997). DS é expressão de
teor economicista da perspectiva conciliatória com o capital, conceituação limitada
que remete sua preocupação às gerações futuras (o que implicaria numa
indeterminação) para não se comprometer com as gerações presentes.
Nessa recuperação de nosso percurso desenvolvimento teórico-metodológico,
vale trazer o conceito de “trabalho” enquanto categoria sociológica chave. O
trabalho, em seu sentido ontológico, é a própria mediação metabólica7entre homem
e natureza, onde se realiza a reprodução da vida e a constituição da própria cultura.
Os homens experimentam diferentes culturas, caracterizam-se pela diversidade, ou
seja, não precisamos ter respostas únicas para relação com a natureza. E mais,
podemos considerar que culturas que elevaram à vida num momento inicial, no seu
devir podem se tornar “culturas de morte”
(...) Nós não devemos nos vangloriar demais das nossas vitórias
humanas sobre a natureza. (...) É verdade que cada vitória nos dá,
em primeira instância, os resultados esperados, mas em segunda e
terceira instâncias ela tem efeitos diferentes, inesperados, que muito
frequentemente anulam o primeiro. (ENGELS apud LÖWI, 2005, p.
22).
Povos originários, por exemplo, podem nos oferecer caminhos melhores para
nossa vida como elemento da natureza.
Mészáros (2002), nos indica: não caminho conciliatório com o sistema do
capital. É possível que por conta de uma análise de conjuntura, por conta de uma
luta política contextualizada, seja necessário fazer concessões. Não obstante, essas
7"(...) conceito de metabolismo, embora não fosse utilizado uniformemente por Marx, embasa sua
compreensão da natureza, e por consequência dos seres humanos, sob o capital. (...) (prefácio de
Sabrina Fernandes em SAITO, 2021, p. 14).
6“(...) não é possível construir o socialismo num planeta arrasado.” (prefácio de Sabrina Fernandes
em SAITO, 2021, p. 14).
6
concessões precisam ser logo reavaliadas, não podem perdurar. Esses momentos
são dificílimos de refletir, por isso que os estudos teóricos estruturais precisam
continuar, guiar-se pelo aprofundamento dos temas e análise, como desejar o
compartilhamento etc.
Mészáros (2005) até indica caminhos à Educação, mas desde que seja
inconciliável com o sistema do capital. Com esse autor, é possível constituir uma
educação com “aspirações emancipatórias” (MÉSZÁROS, 2002), exatamente numa
reconstrução em que nos colocamos absolutamente no lado antagônico à educação
formal capitalista. Isso também vale para a EA-crítica. um limite teórico-prático
para nós, a partir desse estudo de Mészáros: como buscar essas aspirações
emancipadoras no interior da escola formal, supostamente reprodutora e favorável
ao capital?
Num esforço de sintetizar a reflexão e a contribuição dos autores que nos
acompanharam (e até a militância) até aqui, instituímos “praxicamente” as “Onze
Teses para (constituir) uma EA-crítica” (BOMFIM, 2011): I) resgatar o humanismo; II)
desmitificar o capitalismo, apontando que a depredação do ambiente não é uma
contradição para o capital; III) mostrar os limites do desenvolvimento sustentável; IV)
manter-se em revisão permanente; V) criticar a perspectiva conservadora da EA; VI)
mostrar os limites das propostas comportamentalistas e individualistas da EA; VII)
problematizar ou redimensionar as ações paliativas à questão ambiental; VIII)
denunciar os principais responsáveis pela degradação ambiental; IX) mostrar quem
mais sofre com a degradação; X) mostrar que a proposta idealista de
conscientização ambiental tende a ser insuficiente à transformação; XI) buscar
aspirações e experiências emancipadoras.
Enfim, chegamos à conclusão que na relação trabalho, ambiente e educação
um ponto de interseção que une os termos, criticamente: o “conflito
socioambiental”. Pressupor o conflito socioambiental é pressupor que a luta de
classes se mantém no interior do sistema do capital, em todas as suas frentes,
desde as mais evidentes até as mais disfarçadas, desde a luta por território, desde o
que passa pela expansão de grileiros e garimpeiros sobre terras indígenas, até os
produtos camuflados por selos ecológicos (que dissimulam algumas empresas
capitalistas que se dizem preocupadas com o meio ambiente). É a perspectiva do
conflito que pode garantir o movimento da crítica, que buscará o conhecimento pela
7
investigação, pelo desvelamento, pela denúncia. Essa perspectiva também busca
aspirações e experiências emancipatórias.
O sistema do capital, em sua fração mais reacionária, promove a rejeição da
ciência, propõe mordaça aos educadores, faz proselitismo, mas até sua fração
liberal reitera propagandas que mais escondem do que mostram os interesses de
classe (como as do agronegócio). No fim das contas, no quarto dos fundos do
capitalismo se mantém o latifúndio, o desmatamento, as indústrias poluidoras, a
pilhagem da natureza, a submissão dos grupos originários etc. O capitalismo
continua pujante em suas características principais, como a exploração do trabalho,
o processo de mercantilização de tudo e o aprisionamento do Estado nas mãos de
uma minoria. A questão ambiental, exatamente por não ser uma contradição
imediata ao sistema do capital, se torna mais vulnerável. O capitalismo pode destruir
a natureza até a última folha. Essa falta de cuidado inerente do capitalismo com o
ambiente, certamente, engendrará eventos extraordinários (como uma pandemia!),
mas o curioso é que nem isso garante que a sociedade enxergue. Por isso, a
educação é urgente, a educação científica é imprescindível, a educação política
sempre. Por conta de tudo isso que dizemos que a Educação Ambiental
conciliatória, infelizmente a que mais encontramos nas escolas, não está dando
certo, porque é uma “educação até certo ponto”, não pode ir até o fim, porque fica
nos primeiros momentos, caracteriza-se como como comportamentalista,
pacificadora, reativa, paliativa, ou mesmo em atraso...
8
Imagem 1: Charge Brasil da Mostra Internacional de Humor sobre EA
(2012).
Fonte:http://cpeasul.blogspot.com/2012/09/1-selecionado-na-1-mostra-internaci
onal.html. Acesso em novembro de 2022.
Depois que fracassa, torna-se a educação das contingências e das
mitigações.
Imagem 2: Charge Uzbequistão da Mostra Internacional de Humor sobre EA
(2012).Fonte:http://cpeasul.blogspot.com/2012/09/1-selecionado-na-1-mostra-in
ternacional.html. Acesso em novembro de 2022.
9
A EA-crítica não se opõe às primeiras ações do que seria a EA “conciliatória”,
ou “conservadora”, opõe-se aos limites que esse tipo de educação se coloca. A
EA-crítica não deve ser contra a “coleta seletiva de materiais recicláveis” nas
escolas, não deve ser contra a “horta escolar ou comunitária”, mas associa essas
ações (como ponto-de-partida) para reflexões mais amplas, que vão desde a
irresponsabilidade do descarte que fazem as empresas capitalistas, até questões de
consumismo estrutural na economia. Mais de 97% das escolas brasileiras dizem
fazer educação ambiental (TRAJBER e MENDONÇA, 2007), mas que tipo de
educação ambiental fazem?
Imagem 3: Charge Indonésia da Mostra Internacional de Humor sobre EA
(2012). Fonte:
http://cpeasul.blogspot.com/2012/09/1-selecionado-na-1-mostra-internacional.ht
ml. Acesso em novembro de 2022.
E como chegamos ao entendimento que precisamos refletir sobre uma
Educação para o Ecossocialismo ou, pelo menos, para uma Educação que
considere a superação do sistema do capital? Porque entendemos que, no interior
do sistema do capital, o meio ambiente é visto exclusivamente como recurso,
mesmo quando se reconhece haver serviços ambientais, porque todo o restante do
processo de valorização do capital tende a extrair da natureza o que for necessário,
10
sem considerar qualquer risco de colapso. E porque a questão ambiental não é uma
contradição imediata e evidente ao capital e porque a escassez ajuda no processo
de mercantilização, com isso nutre-se a que as leis podem atrasar esse colapso,
assim como outras ações paliativas do Estado. Com essa compreensão, não
como garantir criticidade à educação ambiental que fica na conciliação com o capital
e dentro da ortodoxia econômica dos homens de negócio.
Imagem 4: Charge Alemanha da Mostra Internacional de Humor sobre EA
(2012).Fonte:http://cpeasul.blogspot.com/2012/09/1-selecionado-na-1-mostra-in
ternacional.html. Acessado em novembro de 2022.
O capitalismo é uma sociedade histórica que não extinguiu a luta de classes e
seu processo civilizatório não tem como se estender para maior parte da população,
da mesma forma que o homem não lhe é central, a natureza também não...
Destarte, nossa insistência com a reflexão sobre o ecossocialismo é também
possibilitar à esquerda mais um item para sua retomada, para que possa obter seu
protagonismo político em novas bases, especialmente para um país com as
características do Brasil, com enorme extensão territorial e biomas extraordinários.
11
Quem veio e de que forma veio refletir a Educação Ambiental Crítica na TN 43?
Antes de iniciarmos as apresentações dos trabalhos que aqui vieram, vale
registrar as duas datas redondas a que chegamos: os 50 anos da Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo; e os 30 anos da
Eco-92, no Rio de Janeiro. Duas datas emblemáticas para o movimento
ambientalista, que fazem com que as reflexões aqui sejam ainda mais oportunas.
Não obstante, vale dizer que elas ficaram um pouco desapercebidas dentro de um
ano eleitoral tão importante para o Brasil. Não poderia ser diferente, porque os
projetos políticos dos dois candidatos à presidência da República se mostraram tão
antagônicos que preponderam em relação a esses eventos. Agora, com a
confirmação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no dia 30 de outubro, retomar as
Conferências de Estocolmo e do Rio podem se dar sobre novas bases, no mínimo
sobre as bases da esperança...
Para compor esta edição da TN 43 fizemos uma chamada pública para que
professores-pesquisadores viessem nos ajudar nessa reflexão, outros convidamos
diretamente. Vale reproduzir a chamada:
O número temático acolherá pesquisas e estudos teóricos e
empíricos que contribuam para análise da historicidade das relações
entre seres humanos e natureza, e para a explicitação dos
fundamentos teórico-metodológicos de uma Educação Ambiental
Crítica (EA-Crítica). Serão reunidos artigos sobre a crítica à
sociedade capitalista e que tenham em conta, entre outros, os
processos de mercantilização da natureza, de degradação e
devastação antrópicas; a análise do avanço do agronegócio,
especialmente da monocultura e do neoextrativismo sobre os
territórios dos povos e comunidades tradicionais. Será dado
destaque às políticas do sistema do capital que têm gerado crimes
socioambientais e conflitos, sejam no campo, sejam nas cidades e
periferias. Serão consideradas as lutas de classe, formas de
resistência, os processos formativos dos movimentos sociais no
contexto da educação do campo e da agroecologia, e outras
perspectivas antagônicas às do capital, impostas ao meio ambiente.
Desejam-se trabalhos calcados em concepções e práticas de
Educação Ambiental Crítica (EA-crítica) que se distingam de uma EA
acrítica, conservadora e mantenedora da ordem do capital. Destarte,
a proposta desse número é publicar estudos que considerem as
relações entre trabalho, natureza e ambiente, tendo em conta suas
implicações à educação8.
8Cf. https://periodicos.uff.br/trabalhonecessario/announcement/view/604.
12
É, sem dúvida, uma chamada forte. Claro que desejou atrair trabalhos que
possuíssem suas “implicações à educação”, listamos o que esperávamos encontrar
e convidar, não exatamente fechamos no referencial teórico no marxismo, mas
confirmamos que viessem somar para “crítica à sociedade capitalista” e constituir
uma Educação Ambiental que se distinguisse da que fosse “conservadora e
mantenedora da ordem do capital”... E foi isso que encontramos nos textos que
virão, a seguir.
Vale dizer que não seguirei a ordem dos textos como aparece no Sumário e
que apresentarei cada um dos trabalhos de forma breve, como sinopses, porque a
ideia principal é chegar logo até eles...
Primeiramente, registramos à Homenagem à Eunice Trein, nossa
queridíssima professora, precisamente a pessoa que fez, de forma pioneira, o que
vamos tentando fazer aqui: o encontro da teoria, dos pesquisadores, dos
professores e dos militantes da área de “Trabalho e Educação” com a teoria, os
pesquisadores, os professores e militantes da área de “Educação Ambiental”. Dentro
da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) isso
corresponde aos GT 09 e ao GT 22, os dois em que a professora Eunice atuou
efetivamente. Para complementar essa homenagem reproduzimos um texto antigo
da professora intitulado Educação Ambiental Crítica: crítica de quê? Nesse texto,
a professora Eunice marca sua elegância em dialogar com diferentes visões sobre a
Educação Ambiental, no mesmo momento que vai trazendo essa criticidade para o
terreno do marxismo, para terminar com atenção à luta de classes.
No texto do professor Philippe Pomier Layrargues, intitulado Ecologia
Política da Sociedade de Consumo e a ‘Produção Destrutiva’ no Limiar do
Colapso Ambiental, percebe-se todo esforço de síntese para associar leituras e dar
conta do período expressivo do capitalismo da segunda metade do século XX,
especialmente para compreender como chegamos à sociedade atual e aos ricos
ambientais iminentes. Relações Seres Humanos-Natureza: trabalho, cultura e
produção de saberes, dos professores Maria Clara Bueno Fischer e Doriedson do
Socorro Rodrigues, é um dos textos que nos ajuda teoricamente a entender esse
encontro da área Trabalho e Educação com os temas da relação homem e natureza.
O artigo tem também um item a mais, quer é oferecer atenção a outros modos de
vida que resistem no interior das contradições capital-trabalho. Nessa mesma
13
perspectiva, o texto Educação Ambiental e outros Modos de Vida, de Marcela de
Marco Sobral, Mauro Guimarães e Ana Moura Arroz marca a urgência de se
observar comunidades que possibilitem outros “modos de vida”, como alternativas
concretas à sociedade, diante da constatação inquestionável que sob o capitalismo
temos uma crise civilizatória e um sistema ambientalmente insustentável.
De Gustavo Soares Iorio, Lucas Magno e Guilherme Barbosa de Faria
Umbuzeiro temos o texto Mercantilização da Natureza e Acumulação Capitalista:
o licenciamento ambiental em Minas Gerais. O artigo traz uma constatação grave:
as alterações no processo de licenciamento ambiental em Minas Gerais
corresponderam às expectativas do bloco de poder alinhado com acumulação
capitalista. Inevitavelmente faz com que relacionemos isso com as recentes
tragédias socioambientais que assolaram o estado de Minas Gerais nos últimos
anos. O trabalho Extensão Rural, Agronegócio e Conservadorismo: os limites
de uma política pública para o campo, de José Carlos de Amaral Júnior e Caroline
Becher, discute como a extensão rural pública se encontra, atualmente,
impossibilitada de lidar com a diversidade de sujeitos e modos de vida no campo.
Esta reflexão é indispensável para entender como o agronegócio se instala e como
constrói seu projeto conservador à sociedade.
De Rosa Gouvea de Sousa, Isabela Saraiva de Queiroz e Celso Sánchez
Pereira temos o texto A Proteção e a Promoção das Condições da Saúde
Humana Dispostas na Eco-92 em giro pela Educação Crítica Ambiental. Estudo
imediatamente importante porque se atentou à data comemorativa da Eco-92, em
certa medida é uma avaliação dessa Conferência que alcança 30 anos de sua
realização. O trabalho, especificamente, retoma o debate da saúde enquanto
elemento constitutivo da proteção ambiental, a partir do olhar da educação ambiental
crítica.
O trabalho Movimiento Agroecológico “Campesino a Campesino”:
Experiencias, Participación Popular y Cuestiones Socioambientales en CUBA,
de Jesús Jorge Pérez García, é um artigo internacional que nos acesso a uma
reflexão para além do solo brasileiro, apresenta resultados de uma pesquisa
realizada em comunidades rurais em Cuba (2010 2015). O artigo de Ellen
Rodrigues da Silva Miranda e Maria Jacqueline Girão Soares de Lima intitula-se
Experiências e Aproximações Teórico-Práticas de Mulheres Quilombolas da
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Amazônia Paraense com o Ecofeminismo. É uma pesquisa sobre mulheres
quilombolas, sobre suas experiências de luta, especialmente contra as
“privatizações” dos rios, florestas e animais. Em síntese, é um estudo sobre
ecofeminismo e sobre feminismo latino-americano.
O artigo Ecopedagogia na Relação Capital-Natureza, de Ivo Dickmann e
Ana Maria de Oliveira Pereira trata a questão da formação humana e da práxis
docente relacionado aos princípios da Ecopedagogia, para repensar uma nova
mentalidade socioambiental, como fundamento crítico radical para repensar a
construção de uma nova civilização, mais justa, solidária e sustentável. Thiago
Vasquinho Siqueira nos brinda com A “Questão Ambiental” na obtenção da
Hegemonia e o Compromisso Ético-Político dos Educadores. Trata-se de um
texto teórico, crítico à apropriação da “questão ambiental” como artifício de obtenção
do consenso realizado pela burguesia.
O ensaio Agronegócio Acima de Tudo, Agronegócio Acima de Todos:
desconstruindo a educação antiambiental dos homens de (agro)negócio é
parte de nosso relatório de pós-doutoramento, uma crítica necessária à educação
midiática realizada pelo agronegócio, que através de campanhas publicitárias tenta
estabelecer uma imagem em que se apresenta como sustentável, mas para velar os
momentos em que suas ações são degradadoras e precarizam a vida da classe
trabalhadora. Ainda na seção Ensaio, dois trabalhos com fotografias participam
deste número para mostrar o que o sistema do capital é capaz de destruir . Um
deles é de Mahalia Aquino com o título Viagem de Campo: a extensão do crime
ambiental na bacia do Rio Doce. O segundo é de Denise Belo, em certa medida é
também homenagem ao cineasta e escritor Carlos Pronzato, cujo título é Braskem
e Brumadinho: o cinema e a poesia em Carlos Pronzato. Considerando que
muitas vezes as “imagens falam mais que as palavras”, esses trabalhos com
fotografias reiteram a denúncia que a maior parte dos textos dessa TN 43 trouxe:
o sistema capitalista, especialmente com suas empresas, é originalmente
degradador da natureza, por isso precisa ser freado em sua lógica
desenvolvimentista.
No meio desta edição houve espaço também para receber outros quatro
textos (na seção outras temáticas), que embora não tratem diretamente do que foi
indicado para esta TN 43, estão super próximos para refletir conosco o que
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anunciamos desde o início: a perspectiva de uma educação anticapitalista que
possa ser exercitada no horizonte de uma outra sociedade. O primeiro trabalho é de
Marilei Leal da Cruz e Franciele Soares dos Santos, intitulado A Escola Única do
Trabalho e a Experiência Educacional de Moisey M. Pistrak: reflexões sobre o
legado da Pedagogia Socialista Soviética. O segundo texto é o Educação
Integral: uma concepção em disputa de Débora Spotorno Moreira Machado
Ferreira. E o terceiro de Monique Nunes Fiuza Dias é o trabalho intitulado O Olhar
do Agente Comunitário de Saúde para a sua Prática Profissional:entre o
trabalho real e o trabalho prescrito. O quarto artigo dessa seção tem o título
Migração, Trabalho e Experiência na Ocupação Contestado, em São José - SC
de Lyn Silva e Célia Regina Vendramini.
E agora, na seção Entrevista, destaquemos as duas entrevistas deste número
temático da Revista Trabalho Necessário. De alguma forma, também é uma
homenagem. Trouxemos dois nomes emblemáticos para entrevistar. Um dos
entrevistados é certamente uma das principais referências da Educação Ambiental
do país, Carlos Frederico Bernardo Loureiro. A outra entrevistada é um nome
emblemático para pensarmos a militância ambiental no Brasil, Dercy Teles,
ex-presidente que antecedeu Chico Mendes no Sindicato Rural de Xapuri Acre. Os
dois foram entrevistados de forma remota e com a participação do meu grupo de
pesquisa (GPTEEA). Patrícia Maria Pereira do Nascimento e Juliana Rodrigues me
ajudaram também com a transcrição e organização do texto em que entrevistamos
Loureiro, cujo título ficou: A Educação Ambiental Crítica em Pessoa: Entrevista
com Carlos Frederico Loureiro. Para a entrevista de Dercy Teles, estiveram
comigo Thiago da Silva Oliveira e Juliana Rodrigues de Souza (também na
transcrição e organização) e com o título: A Luta dos Trabalhadores é a Luta
Ambiental e vice-versa: entrevista com Dercy Teles.
Vamos agora apresentar os documentos relacionados a publicações feitas
noutras mídias, noutras referências bibliográficas, mas que também deram
identidade a esta TN 43: a resenha da obra Pedagogia das Águas em Movimento:
experiência de educação popular em saúde ambiental feita por Alexandre
Pessoa Dias, Maria Emélia Costa e Leonardo Maggi. A resenha do Dicionário de
Agroecologia e Educação: a denúncia e o anúncio de práxis que visem à
emancipação humana realizado por Anakeila de Barros Stauffer, Alexandre Pessoa
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Dias e Maria Cristina Vargas. Acrescentem-se o texto clássico A assim chamada
Acumulação Flexível (Cap.24 de O capital) de Karl Marx com a apresentação
intitulada Contradições entre Trabalho, Capital e Vida: a assim chamada
acumulação primitiva” e sua atualidade histórica por Mahalia Aquino e Lia Tiriba.
Na seção Teses e Dissertações a Dissertação de Mestrado A Educação
Profissional diante da Educação Ambiental Crítica: um estudo interdisciplinar
de um curso técnico em segurança do trabalho numa unidade de conservação
de Patricia Nascimento; e a Tese de Doutorado Educação para permanecer no
Território: a luta dos povos caiçaras frente à expansão do capital em Paraty-RJ
Vanessa Marcondes de Souza. ainda a memória do documento Tratado de
Educação Ambiental com a apresentação Tratado de Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis trinta anos depois: haverá mais 30? de Marcelo Stortti,
Michelle Sato e Celso Sanchez.
Por fim, por fim mesmo, não posso deixar de agradecer muito, mas muito
especialmente à Lia Tiriba, à Sandra Morais, à Jacqueline Botelho, ao José Luiz
Antunes e ao Regis Argueles pelo convite que me fizeram para integrar à
organização deste número 43 da Revista Trabalho Necessário. Foi um trabalho
antes de tudo coletivo, com uma participação intensa de cada um, mas com um
processo compartilhado e pensado em conjunto. Sou um egresso do Neddate, fui
aluno de alguns dos que participaram e ainda participam desse grupo, então
imaginem a emoção de voltar aqui para contribuir, trazer outras interlocuções, trazer
outros pesquisadores para o diálogo... É um reencontro, semelhante aos imigrantes
que retornam às suas origens para rever e ser revisto. Assim, chego ao término
dessa apresentação ampliando minha homenagem à professora Eunice Trein, quem
me passou esse bastão, e em nome dela estendo aos outros professores e amigos
da UFF... Obrigado e que todos tenham boas leituras!
Referências
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sobre trabalho-educação e ambiente na perspectiva da luta de classes. Relatório de
Pesquisa de pós-doutorado. Programa de Pós-graduação em Educação.
Universidade Federal de Pernambuco. 2022.
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vanguardismo dessa relação? Resumo Expandido. Anais da 40ª Reunião Nacional
da ANPED (2021). GT09 - Trabalho e Educação. ANPEd - Associação Nacional de
Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, 2021. Disponível em:
http://anais.anped.org.br/sites/default/files/arquivos_39_23.
BOMFIM, A. M. Educação Ambiental (EA) para além do capital: estudos e
apontamentos para a EA sob a perspectiva do trabalho. Revista Trabalho
Necessário. V. 9 – edição especial, nº 13, 2011.
BOMFIM, A. M; PICCOLO, F. D. Educação Ambiental Crítica: a questão ambiental
entre os conceitos de cultura e trabalho. Revista Eletrônica Mestrado Educação
Ambiental. Revista do PPGEA - FURG. V. 27, julho-dezembro, 2011.
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2020.
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2001.
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Educação Ambiental? Ministério da Educação. Unesco. Brasília, 2007. Disponível
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