V.22, nº 47, 2024 (janeiro-abril) ISSN: 1808-799X
Ana Elizabeth Santos Alves2 Boris Marañon Pimentel3 Dora Lídia Marqués Delgado4 Hilda Caballero Aguilar5 Jesus Jorge Pérez García6 Maria Clara Bueno Fischer7
Uma criança nos mira na foto de capa do número TN 47 – Tomo II. Seu corpo está protegido por corpos de adultos vestidos com roupas que, de imediato, marcam sua identidade como povos andinos de Nuestra América. Onde eles estão? Para onde estariam indo? Que passado, presente e futuro carrega como herança e como projeto, esta criança andina? O que ela representa no contexto da resistência histórica aos genocídios dos colonizadores, e, também, de reafirmação dos seus modos de vida, em que pese ter sofrido pressões da cultura dominante – como
1 Apresentação recebida em 06/02/2024. Aprovada pelos editores em 09/02/2024. Publicada em 22/02/2024.DOI:https://doi.org/10.22409/tn.v22i47.62029
2 Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Bahia - Brasil. Professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Bahia - Brasil.
E-mail: ana_alves183@hotmail.com. Lattes: http://lattes.cnpq.br/6609391193846733. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0603-2113.
3 Doutor em Estudos Latino-Americanos pela Universidade Nacional do México (UNAM), México. Professor do Instituto de Investigações Econômicas da Universidade Nacional do México (UNAM).
E-mail: maranonboris@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6713-7499.
4 Doutora em Ciências Pedagógicas pela Universidade de Pinar del Río, Cuba. Professora da Universidade de Pinar del Río. E-mail: doraly@upr.edu.cu.
ORCID: http://orcid.org/0000-0003-0060-0455.
5 Doutora em Estudos Latino-Americanos pela Universidade Nacional do México (UNAM), México Professora do Instituto de Investigações Econômicas da Universidade Nacional do México (UNAM).
E-mail: hildac@unam.mx. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3370-8454.
6 Doutor em Ciências Pedagógicas pelo Instituto Central de Ciências Pedagógicas, Cuba. Educador do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos na Pontifícia Universidade Católica (NEAD/PUC), Rio de Janeiro - Brasil. E-mail: jerjor2014@gmail.com. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4393462117070720. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3691-8262.
7 Doutora em Educação pela Universidade de Nottingham - Inglaterra. Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rio Grande do Sul - Brasil.
E-mail: mariaclara180211@gmail.com. Lattes https://lattes.cnpq.br/3835786000876089. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2289-5282.
mencionamos na apresentação do Tomo I publicado na TN 46? Com que ferramentas teórico-políticas e simbólicas estamos analisando esses processos históricos vis a vis a conjuntura atual?
No plano mundial, durante 4 meses, assistimos à agressão sionista contra a população palestina em Gaza. Bombardeios indiscriminados em zonas residenciais, escolas, hospitais, mesquitas e ambulâncias ceifaram a vida de 28.000 pessoas, sendo a maioria delas crianças e mulheres, bem como feriram mais de 60.000 pessoas. São 2,3 milhões de palestinos na parte sul da Faixa de Gaza sem acesso a alimentos, habitação e tratamento médico.
Tal situação é descrita não como uma crise humanitária, mas como uma crise da humanidade. Revela uma profunda crise do capitalismo e da hegemonia dos Estados Unidos. Revela também o declínio final da racionalidade moderno-colonial e instrumental, a mesma que orienta a ação dos principais países poderosos do planeta, especialmente os Estados Unidos e a União Europeia. Países que defendem, do ponto de vista político e militar o Estado Sionista de Israel, são os fornecedores de armas que estimulam e sustentam o negócio lucrativo da guerra.
Na América Latina, em especial, recentes acontecimentos econômico-político-ideológicos têm causado profundas preocupações por parte dos setores progressistas e de esquerda; expressões concretas de questões geopolíticas mais amplas que indicamos na apresentação da TN 46 – Tomo I. A mesma racionalidade moderno-colonial e instrumental, a título de exemplo, está sendo implantada na Argentina e no Equador. Na Argentina, o novo presidente Javier Milei propaga um discurso apologético do empresário como herói e benfeitor social. Reduz os subsídios aos transportes e à energia, entre outros aspectos, afetando os direitos conquistados por diversos setores sociais. Assistimos nesse país um processo de alinhamento, promovido por um governo de ultradireita, recém-eleito pelo povo argentino – com expressiva votação entre o segmento juvenil, ao receituário ultra neoliberal, que vem sendo acompanhado de iniciativas de repressão ao livre exercício dos direitos democráticos. Uma síntese exemplar disso é o recente “decretaço” de Milei, com mais de 360 medidas de desregulamentação da economia em diversos setores da vida do povo e de uma repressão brutal contra os participantes dos protestos. Mas, o povo argentino resiste – a pátria não se vende, se defende - como mostra o videodocumentário Decretazo. El DNU de Javier Milei, de Carlos Pronzado, que pode ser visto neste número da Trabalho Necessário
Temos assistido, também, a expansão do crime organizado e da violência vivida no Equador, o que revela o aprofundamento do neoliberalismo naquele país, sob governo de direita, incluindo a privatização do sistema de segurança e o avanço de medidas antidemocráticas no país. As políticas neoliberais dos últimos anos provocaram o avanço da desigualdade e pobreza do país; uma das causas sociais para a atração de jovens por parte do crime organizado. Destaca-se também que a relação com o governo estadunidense, incluindo estratégicos acordos de segurança externa e interna têm revelado o avanço do alinhamento da política externa equatoriana com a dos Estados Unidos da América. Esta fragilidade fica evidente quando se sabe que o exército norte-americano poderá realizar operações temporárias dentro do território equatoriano, pondo em questão a soberania do Estado-Nação, e se teme que as tropas norte-americanas se instalem definitivamente no território equatoriano, país de onde se retiraram em 2009, durante o governo do presidente Rafael Correa.
Diante dessa crise generalizada de sentido é necessário promover um diálogo de saberes, a partir de racionalidades solidárias e libertadoras que nos permitam pensar o momento atual e abrir outros horizontes de possibilidade na relação entre os seres humanos com a Mãe Terra. Lutar por um mundo onde não tenham relações de dominação e exploração e nenhuma forma de opressão. Para entender e enfrentar os desafios que se colocam para os povos latino-americanos é necessário, adentrar-se nas suas múltiplas facetas e analisá-los à luz as relações entre trabalho, história e memória dos povos de "Nuestra América" – eixo temático dos números 46 e 47 da Revista Trabalho Necessário.
Na publicação do número 47 da Revista Trabalho Necessário, apresentamos textos que nos auxiliam a pensar, dialeticamente, o nosso passado, presente e futuro, com o apoio de reflexões teóricas de reconhecidos pensadores da Latinoamérica. Outros artigos analisam experiências concretas, especialmente sobre educação popular, agroecológica e povos indígenas que compõem um enorme campo, rico e diverso de fazeres educativos que expressam crítica, resistência e ajudam a criar o novo. A referência aos 40 anos do MST, contemplada neste número, é paradigmática das faces de prefiguração concreta do novo que, em meio a inúmeras contradições, persiste em sua gestação em nossa América. Assim, apostamos que o conjunto das reflexões expressas nas diferentes seções da TN 47
– Tomo II poderá ajudar a leitora e o leitor a entender um pouco mais sobre nosso povo.
Neste número, na seção “Homenagem”, elegemos o geógrafo Carlos Walter Porto-Gonçalves, professor titular da UFF, professor visitante da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina e colaborador direto de movimentos sociais na luta pela terra e pelo território, falecido em setembro de 2023. O texto Carlos Walter Porto-Gonçalves e as geo-grafias desde os de baixo, escrito por Valter do Carmo Cruz (UFF), aborda a importância de sua obra para a geografia e as ciências sociais. A produção do autor é considerada fundamental para renovar o “horizonte teórico-metodológico, ético e político de leitura da geograficidade social”.
Na seção “Textos Clássicos” brindamos o número da TN 47 – Tomo II, com dois textos. O primeiro texto Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina é do pensador peruano Aníbal Quijano. Convidamos o também sociólogo peruano Roberto Espinoza para apresentar Quijano ao leitor. Ele narra a vida e a obra do autor a partir da sua convivência pessoal e em movimentos sociais, de 1974 até a sua morte em 2018. No texto Aníbal Quijano: rupturas vitales para la descolonialidad del poder Espinoza argumenta o quanto o pensador peruano contribuiu com a construção de teorias no campo das Ciências Sociais e também a sua participação nos movimentos sociais na busca por “horizontes alternativos de sentido” para a humanidade e sintetiza o seu legado nesta afirmação: “insumisión contra todo tipo de poder y de opresiones, del color político o ideológico que fuese”.
Matheus de Carvalho Barros (UFRJ), apresenta o segundo texto da Seção Clássicos. Em Capitalismo selvagem e o modo autocrático de dominação burguesa em Florestan Fernandes expõe “os principais postulados teóricos do capítulo sete da obra A Revolução Burguesa no Brasil, publicada por Florestan Fernandes em 1975”; ao mesmo tempo em que analisa as formulações do autor acerca do capitalismo e das classes dominantes brasileiras. Em anexo, o texto O modelo autocrático – burguês de transformação capitalista, capítulo 7 do livro A Revolução Burguesa no Brasil, de Florestan Fernandes.
Na seção “Artigos do número temático”, temos nove (9) artigos, escritos por autoras e autores de países latino-americanos, a exemplo da Bolívia, Cuba, Chile, Peru, México, Equador e Brasil, que compõem esta edição.
O artigo A escola latino-americana de agroecologia (ELAA) e a questão científico-técnica nas relações de dependência, escrito por Willian Lepinski, Iuri
Michelan Barcat e Mário Lopes Amorim (UTFPR) apresenta reflexões sobre “a formação da Escola Latino-Americana de Agroecologia (ELAA), originária dos movimentos dos trabalhadores no campo, em uma perspectiva macrossocial”. Argumentam que a “dinâmica pedagógica-laboral da ELAA ilustra tanto os avanços quanto os atuais limites das concepções científico-técnicas na expansão internacional do capitalismo”.
Luís Humberto Márquez Delgado, Dora Lilia Márquez Delgado e Niurka Castillo Rocubert (Universidad de Pinar del Rio, Cuba) são os autores do texto Perspectivas teóricas del proceso de formación ambiental de los directivos del poder popular en Cuba. O objetivo do artigo é divulgar ao público leitor “perspectivas teóricas que sustentam o processo de formação ambiental de governantes do Poder Popular em Cuba” para contribuir com solução de problemas locais, considerando as diretrizes da atual política ambiental cubana presentes na Constituición de la República de Cuba (2019).
O artigo Educación, indianismo y socialismo: la escuela Ayllu de Warisata (1931-40) y las escuelas indígenas de Ecuador (1944-63) foi escrito por
J. Fabian Cabaluz Ducasse (Universidad de Playa Ancha, Chile). O autor descreve “experiências históricas educacionais que articulam ideias e práticas de raízes indianistas e socialistas na Escola Ayllu de Warisata, desenvolvidas na Bolívia durante grande parte da década de 1930; e as experiências das escolas indígenas desenvolvidas no Equador entre 1944 e 1963”.
Nayar López Castellanos (Universidad Nacional Autónoma de México – UNAM) apresenta o artigo México: política y gobierno en la cuarta transformación, cujo objetivo é analisar o governo mexicano de Andrés Manuel López Obrador e as grandes transformações que ocorreram nos últimos cinco anos sem perturbar, no entanto, as estruturas do capitalismo. O autor situa essas transformações “no contexto regional, destacando diferenças e semelhanças com relação a outros países que passaram por governos locais de centro esquerda”.
Ocio y trabajo en clave de buen vivir. reflexiones para construir otro futuro, escrito por Alberto Acosta (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais – FLACSO). Neste texto, o autor do livro O bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos (2016) reflete sobre a ideologia do desenvolvimento como alimento da Modernidade centrada na ideia de progresso. Apresenta reflexões sobre o fenômeno do lazer e a sua mercantilização, a alienação do trabalho e do lazer como fundamentos da acumulação do capital. Propõe “reflexões e ações que demandam a construção de sociedades radicalmente diferentes”.
Renné da Glória Andrade, Marisa Oliveira Santos e Ana Elizabeth Santos Alves (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) são autoras do artigo Os sentidos milenares do minka e as peculiaridades dos povos do campo na Bahia. Minka é um termo de origem quéchua, que significa trabalho coletivo. Abordam a etimologia da palavra Minka e a sua atualidade histórica, a partir de pesquisas sobre povos do campo no estado da Bahia, no Brasil.
Luís Eduardo da Conceição Chagas e Lia Tiriba (UFF), escrevem o artigo Para analisar modos de vida: Raymond Williams e estruturas de sentimentos em Torto Arado. Os autores analisam no romance Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, a categoria estrutura de sentimentos desenvolvida por Williams, escritor galês do campo do materialismo cultural. Refletem sobre “formas de fazer, sentir e pensar de determinados grupos sociais, entendidas como elementos constitutivos do processo histórico”.
Na seção “Outras Temáticas”, Marcos Antônio Macedo das Chagas (ISERJ) escreve o artigo Trabalho como centralidade marxista no século atual e os princípios de uma educação popular brasileira para a coletividade. O autor analisa referências bibliográficas marxistas com o objetivo de compreender os fundamentos do pensamento de Hegel, Gramsci e Lukács para refletir sobre
educação pública de tempo integral e horário ampliado para os setores populares e gêneros diversos. Tal análise toma como exemplo os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs/CIEPs-RJ), idealizados e materializados por Darcy Ribeiro, entre os anos 1983-1987.
Por último, apresentamos o texto A apropriação do pensamento gramsciano no livro “lazer e educação” de Nelson Carvalho Marcellino, escrito por Bernardo Jordano Gomes (UFMG), Marcelo Paula de Melo (UFRJ) e Rebeca Signorelli Miguel (UEMG). Os autores analisam as obras de Gramsci e de estudiosos sobre o filósofo, além de textos marxistas, para “entender de que forma o livro “Lazer e Educação” (1995), de Nelson Carvalho Marcellino se apropria do pensamento gramsciano e qual foi a profundidade e qualidade dessas apropriações. ”
Na seção “Resenha”, sugerimos a leitura do livro Contabilidade popular: diálogos insurgentes de uma construção em rede, organizado por Anna Carla Ferreira Silva, Bárbara Luandy Freitas de Souza, Flávia Almeida Pita, Maria Luiza D.
A. Barbosa, Matheus Sehn Korting. A resenha foi escrita por Ana Paula dos Santos de Oliveira (Rede Nacional de Advogados Populares – RENAP) e Sidélia Luíza de Paula Silva (Fundação Osvaldo Cruz – Observatório de territórios sustentáveis da Bocaina).
A Entrevista deste número é sobre o tema Poder comunal e educação popular na América Latina, realizada pela professora Maria Clara Bueno Fischer (UFRGS). O entrevistado é Claudio Nascimento, educador popular e estudioso das experiências e teorizações sobre autogestão em nível internacional. O entrevistado oferece uma arguta e rica contribuição para pensarmos o poder comunal e suas imbricações com os movimentos sociais e os processos de educação popular em Nuestra América.
Na seção “Ensaio”, exibimos o vídeo documentário Decretazo. El DNU de Javier Milei, disponível no Youtube. Foi produzido por Carlos Pronzato, cineasta
argentino, residente no Brasil, escritor, poeta, teatrólogo e ativista social. Como artista multifacético, suas obras audiovisuais, teatrais e literárias destacam-se pelo compromisso com a cultura, a memória e as lutas populares. O vídeo documentário mostra diversas manifestações populares, panelaços, contra a política econômica e social proposta por Javier Milei, em 20/12/2023.
Compõe também esta seção o texto Quatro décadas do MST: reforma agrária e educação escrito pelo professor Gaudêncio Frigotto (UERJ/UFF). O autor relata os 40 anos de criação do MST, celebrados em 2024, por meio do registro da luta pela reforma agrária, da luta pelo direito à terra e pela educação. Gaudêncio destaca que nessas lutas, os sujeitos do campo com a sua cultura se formam “por inteiro para uma sociedade sem dominação de classe”.
Na seção “Teses e dissertações” publicamos três (3) resumos. O primeiro é o resumo expandido da tese Resistencias andinas y buen vivir frente al extractivismo minero durante las últimas décadas. Una perspectiva decolonial: el caso de Quimsacocha-loma Larga en Ecuador y Conga en Perú defendida por Yamile Alvira Briñez em 2022, orientada por Doctor Raúl Eduardo Cabrera Amador, na Universidad Autónoma Metropolitana UAM, Xochimilco. A pesquisa investigou a resistência andina e as práticas coletivas orientadas para o Bem Viver, lideradas por povos indígenas.
Como parte da homenagem a Carlos Walter Porto-Gonçalves, publicamos duas produções acadêmicas por ele orientadas na Universidade Federal Fluminense ((POSGEO-UFFPPG, UFF). UFF). Geografías superpuestas. Conflictos y formación territoriales en las frontera internas colombianas. La Sierra de la Macarena 1948-2013 é uma tese defendida por Lina María Hurtado Gómez em 2016. Trata-se de resumo da pesquisa que discute a formação territorial como teoria e método. Nela é analisado como as relações conflituosas entre diferentes territorialidades produzem, formam e transformam o espaço geográfico e os sentidos da existência, por meio de relações sociais e de poder, em períodos de longa duração.
Também orientada por Carlos Walter Porto-Gonçalves (POSGEO-UFFPPG, UFF) foi a dissertação de mestrado Políticas ambientais e conflitos territoriais no Acre, Brasil: O Sistema Estadual De Incentivos A Serviços Ambientais (SISA), defendida por Diogo Loibel Sandonato, defendida no ano de 2015. Tem como objetivo “analisar as propostas e efeitos do planejamento, regulamentação e
execução de políticas e projetos relacionados ao capitalismo verde no Acre, especialmente o SISA, e os potenciais conflitos territoriais gerados”.
Na seção “Memória e documentos” a professora e pesquisadora Maria Ciavatta (UFF) narra como foi a entrevista “Recuperar uma visão utópica” realizada nos anos 1990 por ela e pela professora Célia Frazão Linhares a Hugo Zemelman, importante intelectual latino-americano. Como lembra Ciavatta, “O professor Zemelman (1931-2013) merece ser louvado como uma fonte inesgotável de conhecimento, de generosidade, de agradável e culta convivência. Sociólogo e epistemólogo, dedicou-se aos estudos de direito, de sociologia rural e de educação”. Em anexo, o texto original da entrevista.
Desejamos a todas e todos uma ótima leitura!