V.22, 49 - 2024 (setembro-dezembro) ISSN: 1808-799 X ULISSES LOPES: UM JOVEM NA HISTÓRIA DA LUTA OPERÁRIA E SINDICAL DO RIO DE JANEIRO 1 Marco Aurélio Santana 2 2 Doutor em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Brasil. Professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ). E-mail: msantana@ifcs.ufrj.br . Lattes: http://lattes.cnpq.br/1729257049926692 . ORCID: http://orcid.org/0000-0002-3181-6964 . 1 Homenagem recebida em 15/11/2024. Aprovado pelos editores em 24/11/2024. Publicado em 05/11/2024. DOI: https://doi.org/10.22409/tn.v22i49.65419 . 1
Quando setores civis e militares deram o golpe de Estado em 1964, no campo político e sindical, eles colocavam fim a uma experiência rica e potente, em termos de organização e mobilização operárias, que se estendia desde 1945. Encerravam de forma violenta e trágica a experiência de toda uma geração de “bravos companheiros”, que atuavam em várias categorias e em suas entidades sindicais. Uma geração que conseguiu organizar a classe trabalhadora brasileira da época desde o chão das empresas até as estruturas intersindicais, ampliando e democratizando a vida de suas entidades de representação. desde o dia primeiro de abril, deflagrado o golpe, começam a ser perseguidos, presos, torturados, processados e banidos, desarticulando todo o trabalho que vinham desenvolvendo. Muitos nomes e entidades ganharam destaque neste período. E constam meritoriamente na história e nas memórias construídas sobre ele. Muitos outros foram contribuintes menos conhecidos e outros anônimos, mas não menos importantes, deste ascenso da classe trabalhadora brasileira. Ulisses Lopes, dos metalúrgicos do Rio, está entre essas peças importantes naquelas engrenagens que moveram a classe trabalhadora em um dos seus períodos mais gloriosos, entre 1945 e 1964. Ele atravessa grande parte do período como um jovem trabalhador, com clara diferença etária entre ele e seus companheiros. Dos 16 anos em 1945, não tinha completado ainda 35 anos quando o golpe é deflagrado. Ele percorre uma trajetória ascendente típica do que deveria ser a militância comunista naquele momento. Ele sai da escola direto para a fábrica. Neste novo mundo ele tem contato com a militância, o debate e a política sindical e partidária. Ali, começa a atuação no partido e nos conselhos de fábrica, atua em várias comissões sindicais e chega à diretoria da entidade sindical sendo seu secretário-geral em 1964. A capacidade de análise, a perspectiva crítica, a dedicação e o engajamento lhe davam destaque. Participou de forma sempre entusiasmada das variadas atividades levadas a cabo pelo sindicato e pela categoria. Por exemplo, quando dirigiu o II Encontro dos Jovens Trabalhadores Metalúrgicos do Estado da Guanabara, em 1962. No texto de capa do Regulamento Geral do Encontro, se indica o objetivo do conclave que seria: “estreitar os laços fraternais que unem os jovens metalúrgicos de diversos setores de nosso Estado, despertando-os através de promoções esportivas, recreativas e culturais, para a prática das atividades sindicais e para as conquistas das mais sentidas reivindicações da juventude metalúrgica”. 2
Detentor de uma memória que impressiona, Ulisses Lopes escreve correntemente, ainda hoje, sobre sua trajetória com imagens bastante vivas. Selecionamos aqui, como forma de homenagem a ele, extensiva a toda a sua geração, três passagens que mostram o olhar desse, à época, jovem trabalhador sobre suas experiências na fábrica, no sindicato, no partido e com seus companheiros. Também estão incluídas algumas fotos por ele legendadas e documentos de seu Acervo pessoal, doados ao Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro (AMORJ)/IFCS-UFRJ, na Coleção Ulisses Lopes. A Placa “O homem vale sobretudo pela idéia que o anima.” Henry Bordeaux Em 1944 eu deveria cumprir o último ano do curso secundário na Escola Técnica Visconde de Mauá mas saí antes. Deixei-a no final de 43 para trabalhar na indústria metalúrgica. No dia 4 de janeiro de 44, aos quinze anos, ingressei na Cia de Ferro Maleável, meu primeiro emprego. Fundada à época da Segunda Guerra mundial pelo francês Jean Duvernoy, no ramo de fundição, a fábrica não completara o seu primeiro ano de existência e Paris fora libertada, o Exército Vermelho ocupara a Prússia Oriental, e a “cobra estava fumando” no Vale do com o batismo de fogo dos pracinhas brasileiros. Entre os setenta operários da Ferro Maleável havia um grupo de comunistas e simpatizantes do Socialismo, alguns dos quais tinham experimentado perseguições, torturas e cárcere sob o regime do Estado Novo ainda vigente no país, embora enfraquecendo à medida em que o nazifascismo ia sendo batido na Europa. Vivia-se um clima de euforia e esperança ante a iminente vitória dos Aliados. Na fábrica, tão logo almoçavam, os operários mais esclarecidos agrupavam-se numa área livre e ali ficavam conversando até que a sirene soasse para o reinício do trabalho. Naquelas reuniões, as notícias da guerra eram assuntos predominantes, mas não os únicos. Futebol, programas de rádio, cinema, piadas e anedotas também tinham lugar no bate-papo. Alguns companheiros prendiam-se a assuntos específicos. Uns falavam da guerra: da FEB, das manobras aliadas ou do avanço do exército soviético. Outros dedicavam-se a falar do governo, geralmente elogiando-o. Quando 3
alguém ousava criticar Getúlio Vargas, fazia-o pisando em ovos. Entre todos, dois destacavam-se e de tal forma, que na verdade ditavam o rumo daquele papo diário: Mário Matheus de Lourde, um mineiro altão, magérrimo, tagarela; e Orfeu Zanola - o seu oposto -, baixinho, rotundo e caladão. Observador, Zanola não jogava conversa fora, ia na boa, isto é, intervinha em assunto realmente sério. Mário era um maestro regendo o grupo sentado à sua volta. Sugeria assuntos, mantinha ordem no bate-papo e, se eventualmente a coisa descambava para um bate-boca ou enveredava por caminhos fúteis, Mário Matheus chamava o jogo para ele. Fazia piadas, contava “causos”, e logo reconduzia o papo para um nível elevado. O magrão mesclava humor e política com tal habilidade que as reuniões tornavam-se leves e sempre concorridas. Eu que não perdia uma, sem que me desse conta fui evoluindo de simples assistente para ativo participante daquelas discussões. E isso aconteceu porque logo nas primeiras reuniões a que compareci, Matheus e Zanola notaram que eu não gostava de Getúlio Vargas e reagia sempre que alguém elogiava o caudilho. A partir daí, raro era o dia em que um deles não fizesse uma referência elogiosa a Vargas para me ver espernear. Usavam-me! Apesar do afrouxamento do regime ditatorial face à derrota do Eixo cada dia mais próxima, havia ainda muita cautela nas críticas ao governo. Por isso, percebendo que eu não tinha papas na língua e talvez acreditando que por ser ainda um menino de quinze anos eu não corresse maiores riscos, Matheus e Zanola me provocavam para me ver revidar baixando o pau no Getúlio. O que eles não notavam é que eu, pouco a pouco, ia tomando antipatia pelos dois. Terminada a guerra mundial, eu seguia para casa num bonde Ramos, quando no último ponto da Avenida dos Democráticos quase na esquina com a Uranos dei com uma vistosa placa tomando toda a fachada de uma casa de frente. A placa atraiu-me. Mais do que pelo tamanho ou pelo COMITÊ DISTRITAL DO PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL nela inscrito, impressionou-me a foice e o martelo na cor amarelo-ouro, entrelaçados sobre um fundo vermelho. Cinco minutos mais e estava eu, dentro da sala do Comitê fazendo minha inscrição no PCB. Eu não sabia nada sobre o Partido ou o simbolismo daquelas duas ferramentas cruzadas. Até então, o mais próximo que eu chegara do Socialismo fora uma viagem pelas páginas de Gorki. Tinha alguma informação sobre Prestes. Admirava-o pelo que ouvira a respeito da Coluna, de Olga Benário e de sua 4
resistência ao nazifascismo, mas nada sabia sobre o Partido. Aquela placa me recrutou. Ao deixar a sede distrital levava comigo endereço e hora marcada para uma reunião a fim de conhecer os companheiros da célula em que atuaria. Na fábrica, temendo a reação “daqueles getulistas” não falei com ninguém sobre o assunto. Dias depois, à noite, parti para a reunião. O local, uma casa ao lado da Igreja de São Geraldo em Olaria, ficava bem perto da casa onde eu estava morando, a dos meus padrinhos. Ansioso, foi como cheguei ao local da reunião. Dominado por um certo receio, perguntava-me: como seriam as pessoas com quem iria lidar? O que pretenderiam? Quais seriam os seus objetivos? Uma vez no portão, apertada a campainha, fui levado à sala destinada à reunião e tive um choque! Na cabeceira da mesa, dirigindo os trabalhos, estavam dois companheiros bem conhecidos que me receberam com alegria, mas tão espantados e surpresos quanto eu: Mário Matheus e Orfeu Zanola. O falastrão e o comedido. Ambos tremendos comunas enrustidos. O Comício da Carioca “Dois mil anos de civilização são muito pouco para abolir instintos adquiridos em milênios de vida selvagem.” Giles St. Aubyn Largo da Carioca, 23 de maio de 1946. Integrando um grupo de metalúrgicos da Companhia de Ferro Maleável fundição onde trabalhávamos, estávamos nós atendendo à convocação para o comício programado pelo Partido Comunista em prol de uma nova Constituição. A anunciada participação de Prestes representava uma razão a mais para justificar a minha presença pois eu tinha grande apreço por ele, a quem conhecera pessoalmente numa reunião com militantes da zona da Leopoldina, na rua Uranos. A Coluna, a resistência ao fascismo, Olga Benário, tudo em sua trajetória contribuía para a grande admiração que eu tinha pelo Cavaleiro da Esperança. Quando chegamos ao Largo o clima era tenso pois corria um zum-zum de que o comício fora proibido e seria dissolvido. Apesar disso, o Largo estava tomado de 5
manifestantes. Por trás do Convento, no Morro de Santo Antônio (que ainda não tinha sido transportado, como aterro, para o Flamengo), havia o quartel da PE, a temida Polícia Especial, tropa de choque da ditadura Vargas. Mesmo após a queda de Getúlio, a PE continuara prestando seus préstimos ao governo, ou seja, dando porrada a torto e a direito. A prática dos bandidos do quepe vermelho era chegar batendo ou atirando, sem pedir ou dar explicações. Duas figuras muito conhecidas no futebol brasileiro foram membros do famigerado Socorro Urgente da PE: Augusto da Costa, zagueiro do Vasco da Gama, capitão da Seleção Brasileira de 1950 e o truculento árbitro Mário Vianna. Em dado momento, pela ladeira que vinha do quartel até as proximidades da rua Senador Dantas, os choques da PE começaram a descer. Faziam-no em alta velocidade com as suas sirenes em altíssimo som. Imitavam os stukas da Luftwaffe de Hitler que, para minar psicologicamente as populações das cidades atacadas, desciam sobre os seus alvos fazendo um barulho aterrador antes de despejarem suas cargas mortíferas. Foi como fizeram quando arrasaram Guernica. Por cerca de meia hora a PE cantou à nossa volta. Odisseus, o meu homônimo grego pôde evitar o canto das sereias, mas eu não tinha como deixar de ouvir aquele canto das sirenes. De repente, ouviram-se as primeiras rajadas. Metralhada, a massa desfez-se em debandada. Foi grande o tumulto pois não era fácil sair dali. As entradas das ruas Senador Dantas e Treze de Maio estavam bloqueadas. Os choques da PE, vindos da Avenida Rio Branco, entravam pelas ruas da Assembleia e Sete de Setembro a fim de ocupar a Uruguaiana e cercar a área do comício. Sair dali sem bater de frente com a PE, pela rua da Carioca. Naquele tempo os espaços entre as portas das lojas eram utilizados pelos comerciantes que neles fixavam mostruários de aço onde expunham seus produtos. Num deles, o pouquinho que restava aquém da porta, com mais uns trinta centímetros que entrava pela calçada, foi a barreira onde me espremi buscando proteção bem junto à esquina da Carioca com Uruguaiana. Dali pude ver policiais vindo a pela Assembleia, atirando contra manifestantes em fuga. Meus companheiros desapareceram e fomos nos reencontrar na fábrica, na manhã seguinte. No momento em que me protegi no improvisado bunker o tiroteio era intenso, mas pude manter a calma certo de que apesar de precário, meu abrigo oferecia alguma segurança. Fugir pela rua da Carioca rumo a Praça Tiradentes 6
parecia a melhor rota de fuga, mas temendo levar um tiro pelas costas deixei-me ficar onde estava. Quando era maior o tumulto, um sujeito em desabalada carreira passou perto, tropeçou e mesmo aos trambolhões foi em frente sem se importar com livro e chapéu que deixou caídos junto a mim. Ao cessarem os estampidos resolvi sair dali. Apanhei o livro, pus na cabeça o chapéu que o companheiro em fuga deixara na calçada e saí caminhando em direção à Praça Tiradentes. Numa boa, como se nada tivesse acontecido. Sempre fui assim. Nos momentos mais difíceis nunca me deixei dominar pelo pânico. Entrando na Ramalho Ortigão cheguei ao Largo de São Francisco e tive que me apressar para pegar meu bonde Penha prestes a sair. Na viagem, atento ao que os passageiros comentavam sobre os acontecimentos, nem me lembrei de abrir o livro que carregava e cujo conteúdo desconhecia por que estava encapado. na altura da estação de Barão de Mauá eu o folheei. Era uma gramática da língua russa. Coisa rara ainda hoje e quase impossível de encontrar naquela época. No dia seguinte, toda a imprensa ainda sob severo controle oficial, minimizou o massacre perpetrado pela polícia. O jornal O GLOBO justificou a inexistência de fotos em sua edição alegando ter faltado água na redação, sem a qual tornara-se impossível a preparação dos clichês necessários à impressão das fotos. O chapéu e o livro (meus troféus de batalha), não pude devolvê-los ao dono por não ter como encontrá-lo. O chapéu, dei-o ao meu padrinho que o teve sobre a cabeça por mais de vinte anos. A gramática, coitada, essa teria por destino alimentar a fogueira que Genny e mamãe, aflitas, acenderam na manhã de de abril em 1964. Cara de Trem “A ostra pode não ser um modelo de beleza, mas é sempre uma esperança de pérola” Eno T. Wank Benedicto Cerqueira, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio foi quem o apelidou de “cara de trem”. Realmente, quem olhasse detidamente para ele haveria de concordar. Suas feições tinham mesmo alguma coisa de locomotiva... 7
Nas assembleias sindicais, o plenário vibrava quando sua vez ao microfone era anunciada. A simplicidade e a clareza emanadas da sua fala da caatinga dominavam a todos. Identificava-se com a gente simples que o aplaudia. Sem firulas, suas palavras vestiam-se com a crueza da verdade. Podia estar errado, mas, se acreditava no que dizia, dizia-o sem rodeios. Sua boca falava o que lhe ia no coração. Quando discordava de um orador na tribuna, aparteava-o com um retumbante “disconcordo!” que ecoava pelo plenário provocando risos e entusiásticos aplausos. Não raro muitos dos que o aplaudiam faziam-no por concordarem com ele, mas careciam de coragem para defenderem de público as suas próprias opiniões, como o fazia o bravo sergipano em suas “disconcordâncias”. Juvenal José dos Santos era o seu nome. Um companheiro leal, correto, honesto por inteiro. Não fazia a mais insignificante concessão com relação ao mau uso dos dinheiros da entidade. Toda e qualquer tarefa que lhe caía sobre os ombros ele cumpria com dedicação e seriedade: na Delegação Sindical, nas comissões de trabalho, nos congressos e conferências, fosse onde, ou no que fosse. Mas Juvenal nem sempre foi assim! Pelo que fora no passado, Juvenal era a prova de que a ostra, ainda que feia, pode trazer uma pérola dentro de si. Juvenal foi uma ostra premiada. Que pérola tinha ele guardada sob aquela casca grossa!... Na Companhia de Ferro Maleável onde trabalhávamos, ninguém, nos anos 40, podia dizer-se colega e muito menos companheiro do “seu” Juvenal, chefe do forno. Todas as manhãs, enquanto aguardávamos o apito avisando a hora de partir para mais-valia, Juvenal passava por nós. Nenhum gesto, nenhum bom dia. De cabeça erguida, impecavelmente trajado, sequer nos olhava. Dos sapatos ao chapéu de panamá, um dândi. Não fossem sete horas da manhã, e não estivéssemos na porta de uma fábrica, dir-se-ia que Juvenal chegava para um baile. Ele era isso: pose, ar superior, vaidade e distância. Um dia, estourou uma greve na fábrica. O Sindicato, sob intervenção ministerial, colaborou com os órgãos de repressão e dedurou os líderes da paralisação. A fim de reprimir o movimento o DOPS - Departamento de Ordem Política e Social -, mandou para a Ferro Maleável um grupo de agentes liderados pelo tristemente famoso Inspetor Vasconcellos que, por ironia, era primo do químico da firma, este, porém, um bom sujeito. 8
Tão logo chegou à fábrica o grupo de beleguins, do qual fazia parte o odiado torturador Bolinha, não perdeu tempo. Prenderam diversos companheiros que arrastados para o escritório da empresa, foram ali barbaramente espancados. De nada valeram os apelos feitos pelo patrão (Jean Duvernoy), intentando impedir que seus operários fossem brutalizados. Nesse seu desesperado e inútil esforço, o empregador contou com a ajuda do “seu” Juvenal que, estando presente, ficou chocado com a cena que testemunhava. O preço pago foi bem alto, mas aquela selvageria iria resultar em algo de bom: o sangue dos companheiros seviciados abrira a ostra, a pérola ia surgir. Dali em diante, o “seu” do Juvenal chefe de forno, pernóstico, patronal, autoritário desapareceria. Nascera o Juvenal, companheiro Juvenal, simples, solidário, leal, dedicado por inteiro à causa dos trabalhadores, seus iguais. Hoje, mais de meio século após aqueles acontecimentos, tomado de indignada tristeza, lembro-me das palavras proferidas por Juvenal num inflamado discurso quando da inauguração da nova sede do Sindicato, o Palácio dos Metalúrgicos: “As portas desta casa que pertence a gente, têm que estar sempre abertas e a serviço dos metalúrgicos. Se um dia a gente encontrar elas fechadas nós mete o e bota abaixo porque a gente tem de saber se tudo que se passa aqui dentro é pro bem dos trabalhadores, porque foi pra isso que nós construímos ela”. 9
Fotos 1 e 2: II Congresso dos Metalúrgicos. Itanhaém (SP), 1959. 10
11
Foto 3: I Encontro Intermunicipal dos Jovens Trabalhadores Metalúrgicos do Rio de Janeiro. Muriqui (RJ), 1960. Ulisses Lopes foi como delegado. 12
Fotos 4 e 5: I Encontro Intermunicipal dos Jovens Trabalhadores Metalúrgicos do Rio de Janeiro. Muriqui (RJ), 1960. Ulisses foi vice-campeão com equipe de vôlei. 13
14
15
16
17
18