V.23, nº 50 - 2025 (janeiro-abril) ISSN: 1808-799 X
ORÍ, CORPO E MEMÓRIA QUILOMBOLA COMO TERRITÓRIO DE
PRESERVAÇÃO E FORTALECIMENTO DA ANCESTRALIDADE NEGRA
1
Géssica Maria Silva São José
2
Resumo
Este ensaio apresenta reflexões sobre como a memória auxilia na construção das relações
histórico-socais e na identidade singular do sujeito quilombola transmitida por meio do Orí que em
conjunto com o corpo opera como território de preservação e fortalecimento da ancestralidade negra.
Partimos de observações da própria materialidade negra – o corpo – que tem atualmente cumprido a
função de alicerçar as memórias afro-brasileiras de um passado comum. Podendo assim supor que
para além do corpo ser o próprio quilombo, ele é o lugar simbólico de construção de coesão grupal, e
por assim dizer, é a própria memória, identidade, território e resistência.
Palavras-Chave: Orí. Corpo. Memória. Ancestralidade.
ORÍ, CUERPO Y MEMORIA QUILOMBOLA COMO TERRITORIO PARA PRESERVAR Y
FORTALECER LA ANCESTRALIDAD NEGRA
Resumen
Este ensayo presenta reflexiones sobre cómo la memoria ayuda en la construcción de relaciones
histórico-sociales y en la identidad singular del sujeto quilombola transmitida a través del Orí, que
junto con el cuerpo opera como territorio de preservación y fortalecimiento de la ascendencia negra.
Partimos de observaciones de la propia materialidad negra –el cuerpo– que actualmente ha cumplido
la función de sustentar las memorias afrobrasileñas de un pasado común. Por lo tanto, podemos
asumir que el cuerpo además de ser el quilombo mismo, es el lugar simbólico para la construcción de
la cohesión grupal y, por así decirlo, es memoria, identidad, territorio y resistencia misma.
Palabras clave: Orí. Cuerpo. Memoria. Ascendencia.
ORÍ, BODY AND QUILOMBOLA MEMORY AS A TERRITORY FOR PRESERVING AND
STRENGTHENING BLACK ANCESTRALITY
Abstract
This essay presents reflections on how memory helps to construct historical-social relations and the
singular identity of the quilombola subject transmitted through Orí, which, together with the body,
operates as a territory for the preservation and strengthening of black ancestry. We begin by observing
black materiality itself – the body – which has currently fulfilled the function of supporting Afro-Brazilian
memories of a common past. Thus, we can assume that, in addition to the body being the quilombo
itself, it is the symbolic place for the construction of group cohesion, and, so to speak, it is the very
memory, identity, territory and resistance.
Keywords: Orí. Body. Memory. Ancestry.
2
Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade, Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Email:
gessicamaria012@gmail.com.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/7691928478929362. ORCID: https://orcid.org/0009-0007-1189-650X.
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Artigo recebido em 05/02/2025. Primeira Avaliação em 08/03/2025. Segunda Avaliação em
13/03/2025. Aprovado em 27/03/2025. Publicado em 09/04/2025.
DOI:
https://doi.org/10.22409/tn.v23i50.66491.
1
Introdução
Desenvolver um trabalho
3
de pesquisa sobre quilombo (palavra de origem
quimbundo
4
) requer que tenhamos responsabilidade, seja no âmbito acadêmico,
social ou pessoal. O conceito de quilombo em nossa pesquisa é pensado como um
possibilitador de uma memória coletiva ancorada no corpo negro. O quilombo como
um território corporal mediador ou interlocutor de linguagens, um decodificador dos
debates sobre o pensamento afrodiaspórico
5
”, uma narrativa que toma um corpo
produtor de signos e símbolos novos, corpo que se constituiu de acordo a
Nascimento (1989) no processo de rupturas, continuidades e adaptações, fluxos e
refluxos no espaço do atlântico negro após a conquista das Américas.
A importância dos quilombos para a população negra pode ser compreendida
pelo fato de esse evento histórico fazer parte de um universo simbólico em que seu
caráter libertário é considerado um impulsionador ideológico para a afirmação social,
racial e cultural do grupo. Entretanto, existem muitos equívocos na análise desse
fenômeno na história e memória do Brasil (Nascimento, 2021). Os lapsos presentes
na história dos negros e negras do Brasil provocam uma ruptura dessa população
com o seu passado, e o desconhecimento, os silenciamentos e apagamento dessas
memórias dificulta o entendimento da atual situação do grupo em nossa sociedade.
A reconstrução da memória coletiva (histórica
6
, nacional
7
, ou social
8
)
quilombola faz parte deste trabalho, e faz-se necessário destacar que de acordo a
Halbwachs (1990) a memória coletiva, além de importante é indispensável para a
compreensão e transformação da sociedade, que envolve as memórias individuais,
mas não se confunde com elas. As memórias individuais penetram a memória
8
Conjunto de conhecimentos e representações que um grupo, comunidade ou sociedade compartilha
sobre seu passado, (Halbwachs, 1990).
7
Preservação de monumentos e documentos históricos
6
Memórias construídas por populações que viveram ou estiveram implicadas em fatos que vieram a
se tornar "históricos".
5
Código e símbolo cultural que se expandiu no mundo por meio da diáspora, ou seja, através da
migração forçada dos povos africanos.
4
Língua, linguagem de origem banto, Angola.
3
Este ensaio apresenta reflexões iniciais derivadas da pesquisa desenvolvida no trabalho de
conclusão de curso (TCC) “Mulher quilombola: trajetória e memórias de Bezinha” na minha graduação
em História na UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2021) e na dissertação
desenvolvida no Mestrado em Memória Linguagem e Sociedade O trabalho da memória e da
educação na luta pelo reconhecimento do quilombo de Barra em Rio de Contas - BAtambém na
UESB (2024).
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coletiva e mudam de figura quando recoladas neste conjunto que não é mais de
consciência pessoal, mas sim, que envolve o todo, neste caso, que envolvem os
quilombos, urbanos ou rurais, e todos os seus componentes.
A memória histórica é responsável por não nos deixar esquecer o processo de
escravização ocorrido no Brasil. E as sequelas mais profundas deixadas pelo
sistema escravista em todo tecido social brasileiro, indubitavelmente, são os
racismos/preconceitos, aliados ao abismo das desigualdades socioeconômicas que
perduram mesmo após a libertação da escravidão em 1888 e as inúmeras políticas
de reparação estatais.
Nossa proposta é pensar a memória a partir da identidade individual e coletiva
da população negra quilombola por meio de uma narrativa de encontro entre uma
reconstrução da dignidade e o passado dos descendentes de escravizados,
contribuindo assim para um processo contínuo de re-humanização do negro na
continuidade social, econômica e cultural para o futuro que produz a
história/memória que auxiliarão na construção da identidade entre “eu e meus
próximos” no momento presente.
Segundo Reis (2020), essas narrativas de sujeitos complexos carregam
consigo o quilombo e a senzala no corpo que pode estar em movimento ou
aprisionado psicologicamente ainda no tempo do cativeiro ou na liberdade das fugas
(Reis, 2020, p.17). Assim, o corpo seria o grande guardião e ao mesmo tempo
território da memória e o indivíduo seria sujeito e objeto de si mesmo. Os corpos dos
negros se espelham entre si e os corpos se reconhecem pelo contraste e pelo
movimento ou deslocamento do corpo que carrega consigo um território abstrato,
uma terra firme no “continente da memória”.
Com isso, objetivamos refletir sobre como a memória auxilia na construção
das relações histórico-socais e na identidade singular do sujeito quilombola por meio
de uma constituição mútua e cruzada da memória individual e da memória coletiva
transmitida ancestralmente por meio do Orí. Orí entendido como guardião da
memória quilombola, e que em conjunto com o corpo, opera como território de
preservação e fortalecimento da ancestralidade negra.
3
Figura 1. Ritualística para o Òrìsà Osun
9
do terreito Omi T´Ògún localizado em Vitória da
Conquista-BA. Autor: Edmilson Santana, 2024.
Para responder essa questão partiremos de estudos que nos auxiliem a
pensar sobre essa nova perspectiva corpo/intelecto/memória, Orí (cabeça) e
território, dentro de uma narrativa que comporte uma objetividade histórica a partir
da memória quilombola/negra.
Memória: uma categoria ontológica reproduzida por meio do Orí
Nossas reflexões exigem que os estudos sejam direcionados a pensar sobre
a população quilombola por meio da imagem corporal no psiquismo, que também é
a construção do “Eu” comparado com a pele negra, ou seja, o próprio corpo, a
própria pele, conduzidos pelo Orí que guarda as memórias que foram construídas
inicialmente, e até os dias de hoje, pela visão dos semelhantes, como também pela
audição das memórias e histórias a respeito dos seus.
9
Òrìsà (Orixá), deusa africana dos povos Yorubás cultuada como rainha das águas doces dos rios e
cachoeiras.
4
O materialismo histórico-dialético é fundamental na construção desse trabalho
por nos ajudar na elaboração do conhecimento e apreensão do conteúdo do
fenômeno aqui estudado, no qual sempre, de acordo a Marx (1986) está saturado de
mediações históricas concretas que podem ser compreendidas lançando-se mão
das abstrações do pensamento teórico. Desse ponto de vista, a ciência se afasta de
qualquer visão metafísica ou emprirista, assim como das perspectivas subjetivistas
de concepção e elaboração do conhecimento.
No método de Marx (1986), anunciado nos grundrisse”, o referido autor
esclarece, a partir da análise do método da economia política, os equívocos das
abordagens em relação à elaboração do conhecimento realizadas até então, bem
como as possibilidades de apreensão da realidade pelo pensamento. Naquele texto
Marx (1986) estabelece as relações entre o lógico e o histórico, o todo e as partes, o
abstrato e o concreto, o conteúdo e a forma não como opostos que se confrontam e
se excluem, mas como unidade indissolúvel de opostos, o que nos ajuda a teorizar a
busca por compreender a totalidade/complexidade que engloba a materialidade do
corpo negro, da sua memória e do seu modo de vida
10
dentro e fora dos quilombos.
Estudar a memória quilombola a partir de uma perspectiva de memória
coletiva nos leva a pensar na memória enquanto fenômeno histórico-social. Desse
modo, é fundamental pensar sobre os mecanismos sociais que podem determinar
decisivamente não apenas a forma como a lembrança e o esquecimento se
processam no interior dos quilombos, mas também delimitar e condicionar os
conteúdos dessas lembranças e deste esquecimento. Todavia, as implicações
relativas ao domínio do passado encontram-se no manejo da forma como os seres
sociais dos quilombos, necessariamente seres de classe neste tempo histórico, vão
materializar seu comportamento humano no presente, e por consequência, no
futuro.
Consideramos que “as formas mais desenvolvidas da memória” devem ser
compreendidas como qualquer uma das suas manifestações histórico-social
mediadas pela produção e reprodução da vida humana no tempo e espaço e
principalmente por suas vias de mediação da vida, que seriam: consciência e
intencionalidade; não se referindo exclusivamente as objetivações genéricas do ser
social como ciência, a arte e a filosofia.
10
Práticas econômico-culturais, cujos modos de fazer, sentir e estar no mundo se constituem entre
reprodução ampliada da vida e reprodução ampliada do capital, (Tiriba, 2021).
5
Por esse motivo, concordamos com Santos (2021) quando ele destaca a
importância da memória para o ser social, pois “sem memória não haveria trabalho –
embora a recíproca não seja totalmente verdadeira sem trabalho não existiria o
mundo dos homens”, (Santos, 2021, p.92). Portanto, essa seria a principal razão
para que a memória quilombola seja considerada em termos ontológicos
atribuindo-a um peso indispensável para compreendermos o processo de formação
dessa população que está inserida em nossa sociedade estratificada e dividida em
classes.
Sobre a memória ser considerada como uma categoria, Santos (2021) nos
diz:
A primeira afirmação que se pretende sustentar é a de que a
memória é uma categoria. Isso implica dizer que ela é colocada em
um patamar mais profundo e complexo da existência, tanto
prático-objetivo quanto teórico. Não se trata, neste sentido, de um
mero conceito mutável com uma temporalidade determinada,
plástica, que pode mudar de acordo com a conveniência do
pesquisador que a toma como objeto, em um contexto de
relativização das verdades, mas tão-somente em detrimento do
desenvolvimento de pesquisas científicas capazes de apreender tais
mudanças no escopo da própria realidade; tampouco ela pode ser
resumida a um simples recurso voltado para realização da pesquisa
científica com vistas para a reconstrução do passado, (Santos, 2021,
p.86).
Faz-se necessário dizer que a memória, ainda que ao longo do
desenvolvimento histórico possa ganhar as mais diversas formas de manifestação
concreta, terá seu terreno de desenvolvimento sempre ancorado nas relações
materiais, partindo desse entendimento, absorvendo e observando, a materialidade
do corpo negro, o Orí, a cabeça, seria o símbolo primeiro de desenvolvimento,
continuação e preservação da memória. Assim, a memória para que seja
considerada como pertencente exclusivamente ao gênero humano com toda a sua
complexidade e mediações, deve sempre ser associada à consciência e à
intencionalidade que passam pela cabeça, pelo Orí.
Portanto, em nosso trabalho, a memória do quilombo sendo analisada
enquanto categoria ontológica do ser social, somente pode existir em uma relação
de plena associação dessas duas outras categorias. São justamente essas
qualidades categoriais da memória que a torna indispensável no processo de
6
produção e reprodução social, operando de forma simbiótica na relação entre a
consciência e a intencionalidade.
Tendo em vista os aspectos que foram explanados, nossas observações
empíricas e os estudos acumulados acerca do assunto, nos auxilia na investigação
que busca comprovar como o Orí o corpo e a memória quilombola, em conjunto,
operam como território de preservação e fortalecimento da ancestralidade negra?”
Essa investigação não possibilitaria um regresso ao passado em África, que esta
é uma terra que não mais representaria o sentimento de pertença da população
negra e quilombola, a história/memória dos negros escravizados é/são de uma
presença em terras de outros, portanto partimos do entendimento que o corpo negro
é o próprio território de pertença e por consequência de memória.
A materialidade do corpo negro como território de preservação e
fortalecimento da ancestralidade negra
Figura 2. Figura 1. Ritualística para o Òrìsà Osun do terreito Omi T´Ògún localizado em Vitória da
Conquista-BA. Autor: Edmilson Santana, 2024.
Essa questão começa a ser respondida por meio de análises epistemológicas,
bibliográficas, empíricas, observando aspectos da cultura quilombola que no curso
7
da história/memória do Brasil ressoam no tempo presente com outra pulsão de vida,
ou seja, a ancestralidade e a relação concreta com o trabalho, o modo de vida, a
arte em geral, a religiosidade, a oralidade e outros aspectos culturais presentes na
diáspora africana, elementos que possibilitam “o ser e estar no tempo e no espaço”
por meio dos corpos, que saem da condição de objetos e constituem uma nova
identidade cultural para além da condição moderna que os subalternizou como
destacou Nascimento (2021), viabilizando a criação de novos cenários que medeiem
os corpos e as contrariedades das experiências cotidianas da vida real, formando
uma base contestatória para as verdades das histórias e memórias provisórias
vigentes.
A constatação das memórias/histórias, das experiências, das lutas e
resistências dos moradores e moradoras dos quilombos do Brasil nos conduziu a
ampliar nosso olhar investigativo em relação ao Orí que é um dos principais
guardiões (ou o principal) da memória, da ancestralidade e da identidade. A própria
filosofia de origem banto, da força vital
11
, permanece até hoje presente no modo de
vida (Tiriba, 2021) da população negra do nosso país (Nascimento, 2021). A
aparente aceitação das dificuldades baseia-se justamente nessa filosofia, que
ensina a importância do desempenho da/na vida concreta, fortalecendo-a no corpo
físico e na mente, como instrumento de luta e resistência cotidiana.
Dentro das possibilidades investigamos a memória quilombola como território
de desenvolvimento e preservação da ancestralidade negra que fortalece
materialmente (espiritualmente) o corpo dos indivíduos, como um território que se
desloca no espaço geográfico, incorporando um paradigma vivo e atuante no
território americano fundado pelos seus antepassados.
A representação da própria materialidade negra o corpo tem atualmente
cumprido a função de alicerçar as memórias afro-brasileiras de um passado comum,
como é possível ver na reinvenção dos corpos negros por meio da positivação dos
cabelos trançados, do black power, das vestimentas africanas e etc. Podendo assim
supor que para além do corpo ser o próprio quilombo, ele é o lugar simbólico de
construção de coesão grupal (Nascimento, 2021). O corpo negro é, por assim dizer,
memória, identidade, território e resistência.
11
Para os bantos, a vida está centrada em um único valor: a Força Vital. Acreditam que todos os
seres do universo possuem uma força vital própria: os homens, os animais, os vegetais e os minerais.
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Considerações finais
A proposta desse ensaio foi de criar possibilidades para pensarmos a
memória enquanto categoria ontológica do ser social transmitida por meio da
cabeça, no caso, do Orí, que parte de reflexões e estudos das relações
histórico-socias construídas no modo de vida quilombola por meio da materialidade
do corpo negro, da ancestralidade que se concretiza principalmente nas relações de
trabalho pertencentes a essa população, a essa classe social; neste sentido, foi
necessário pensar a memória coletiva do grupo em uma perspectiva materialista.
Entretanto, sabemos dos limites deste trabalho, temos consciência que a
ciência como um todo e qualquer proposta teórica deve permanecer aberta a
críticas, possibilidades, e em constante construção. Todavia, nos esforçamos para
pensar as memórias/histórias dessas comunidades que foram subalternizadas e
silenciadas, na intenção de promover diálogos, discussões e análises que
contribuam na garantia e manutenção de direitos dessa população, no combate ao
racismo institucional/social, na análise das complexidades que envolvem o sujeito
quilombola na realidade material e concreta dessa classe que existe e resiste em
nossa sociedade capitalista.
Se autoafirmar/identificar quilombola, é acordar todos os dias e ao olhar no
espelho encarar a herança de um passado violento que perdura e que em nossa
sociedade tem classe e tem cor. A escolha do negro como mão de obra escrava o
jogou em um abismo de desigualdades e opressões que ainda não conseguimos,
enquanto coletividade, superar. Por esse e por tantos outros motivos é emergente e
necessário pesquisas que investiguem o modo de vida desse grupo étnico,
respeitando epistemologias afrodescendentes, como do Orí (Nascimento, 1989), que
nos auxiliem na compreensão do pensar a memória e o corpo como território de
preservação e fortalecimento da ancestralidade negra.
Referências
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9
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