UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade <p><strong>UFF &amp; Sociedade</strong><strong> (ISSN 2965-6877)</strong> é o periódico técnico-científico da PROEX-UFF. Criada em 2021, a revista publica, em fluxo contínuo, trabalhos inéditos, de autores brasileiros e estrangeiros, que contribuam para a divulgação e a difusão da Extensão, promovendo um espaço para o debate e estimulando a reflexão acerca das ações extensionistas e de sua repercussão na sociedade.</p> pt-BR revistaextensao.proex@id.uff.br (Equipe Editorial) revistaextensao.proex@id.uff.br (Equipe Editorial) Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 OJS 3.2.1.0 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Saúde menstrual nas escolas https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/63546 <p>A pobreza menstrual é um problema profundamente enraizado no cotidiano de pessoas que menstruam e que, dentro de suas complexidades, se caracteriza, principalmente, pela falta de acesso a produtos adequados e ao conhecimento sobre o próprio corpo, enfrentado por milhares de meninas, mulheres e demais menstruantes diariamente, ressaltando a vulnerabilidade e desigualdade social vivenciada no país. A pobreza menstrual atinge cerca de 26% das adolescentes brasileiras entre 15 e 17 anos, isto significa que essas jovens não têm condições financeiras para comprar os próprios absorventes, estimando que uma em cada dez estudantes perdem aulas quando estão menstruadas. O presente trabalho apresenta um recorte de um projeto de pesquisa e de extensão desenvolvido em uma instituição de ensino de educação profissional e tecnológica, contemplado durante três anos com financiamento institucional e que contou com cerca de nove bolsistas, estudantes do ensino médio integrado. O texto tem como objetivo primário apresentar um relato de experiência a respeito das etapas desenvolvidas pelo projeto e, como objetivos secundários, expor os resultados da investigação a respeito da vulnerabilidade menstrual no Brasil e na região na qual a instituição está localizada, além de descrever as ações extensionistas desenvolvidas na instituição, a fim de mitigar ou informar a comunidade escolar a respeito deste fenômeno. Para a metodologia da investigação a respeito da vulnerabilidade menstrual, foi utilizada a pesquisa de caráter documental para os dados do Brasil e aplicada por meio de questionário estruturado, para o levantamento dos casos de vulnerabilidade menstrual na instituição, ambos os dados foram analisados a partir da análise exploratória dos dados. Como resultados, foi possível constatar que, falar sobre saúde menstrual é extremamente necessário, principalmente no ambiente escolar, a fim de desconstruir os tabus e estigmas ainda existentes nesse âmbito, na busca de oferecer informações corretas sobre o tema e oferecer meios de mitigar possíveis situações de vulnerabilidade menstrual.</p> Angélica Antonechen Colombo, Júlia Vitória Bianco, Isabelle Soares Rodrigues Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/63546 Tue, 01 Oct 2024 00:00:00 +0000 A extensão universitária, a ginástica coletiva e a promoção da saúde https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64021 <p>Visando promover a saúde e a qualidade de vida através do exercício físico, o projeto de extensão Fitness Pró – Modalidades de Ginástica, da Escola de Educação Física (EF) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) oferece aulas gratuitas conduzidas por discentes de EF. Com a suspensão das atividades presenciais em 2020 devido à pandemia de COVID-19, o projeto adaptou-se ao formato remoto, mantendo as atividades através das redes sociais. Em 2024, o projeto adota um modelo híbrido, oferecendo treinamentos presenciais e online. Este artigo compara as diferenças, semelhanças, facilidades, dificuldades, vantagens e desvantagens percebidas pelos discentes extensionistas nos formatos remoto e presencial. A pesquisa quali-quantitativa foi realizada com um questionário estruturado aplicado a 11 discentes que ministraram aulas nos dois formatos. O papel da extensão universitária (EU) é reforçado como um espaço de aprendizado e primeira atuação prática para os discentes. Os resultados indicam que, apesar das particularidades e desafios de cada formato, tanto o presencial quanto o remoto são eficazes na promoção da saúde através do exercício físico. O presencial destaca-se pela interação social e contato humano, enquanto o remoto oferece maior flexibilidade de horários e alcance geográfico. A ação extensionista contribui significativamente para a capacitação dos discentes na área da ginástica coletiva e para a promoção da saúde dos alunos tanto no formato remoto como no presencial.</p> Igor Henrique da Costa, Lenice Kappes Becker Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64021 Wed, 09 Oct 2024 00:00:00 +0000 Saúde bucal para pessoas com deficiência intelectual https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/62601 <p>O propósito deste trabalho é relatar a experiência de 22 graduandos do curso de Odontologia do Centro Universitário Autônomo do Brasil (UniBrasil) ao realizar um projeto integrador na Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) para pessoas com deficiência intelectual, no município de Pinhais/PR. No segundo semestre de 2022, foram conduzidas visitas à instituição anfitriã para ações de extensão atividades de promoção e prevenção em saúde bucal, contando com ações de inclusão e integração das necessidades de tratamento odontológico em pessoas com deficiência intelectual. Este relato de experiência demonstra que as extensões podem atuar como um meio facilitador de acesso à saúde bucal para pessoas com deficiência que possuem pouco acesso a conhecimento sobre o assunto e uma posição socioeconômica fragilizada. Além disso, contribuem para a formação dos futuros cirurgiões-dentistas ao proporcionar a quebra de paradigmas e pré-conceitos sobre o atendimento de pacientes com deficiência, já que a relutância em atender esses indivíduos normalmente se origina do medo do desconhecido. Sendo assim, práticas educacionais como a desenvolvida nesse projeto visam, além da superação do medo, a promoção e qualificação da atenção odontológica a partir de estratégias para o manejo e o cuidado, de forma competente e segura, na lógica da integralidade e da humanização.</p> Leda Layane Pioto da Rosa, Stella Rodrigues Alves de Paula, Romeu Cassiano Pucci da Silva Ramos, Ronaldo Carmona de Souza, Yasmine Mendes Pupo, Giselle Emilãine da Silva Reis Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/62601 Wed, 09 Oct 2024 00:00:00 +0000 Educação permanente em atenção pré-natal https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/63580 <p>Objetivo: relatar a experiência de uma ação extensionista sobre atenção pré-natal para profissionais da Atenção Primária em Saúde de um município da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro. Método: estudo descritivo, do tipo relato de experiência, acerca da realização do Curso de Atualização em Atenção Pré-Natal, com ênfase na temática da saúde sexual e reprodutiva, por uma instituição de ensino superior. Resultados: o perfil dos participantes revela predomínio de pessoas cisgêneras, do sexo feminino, enfermeiras, formadas em instituições privadas, na faixa etária entre 20 e 39 anos, graduadas há menos de cinco anos, e lotadas em unidades de estratégia de saúde da família. Os conteúdos ministrados no curso contemplaram: classificação de risco obstétrico, imunização da gestante, direitos reprodutivos, manejo das IST, HIV e hepatites virais durante o pré-natal, pré-natal do parceiro, entre outros. A avaliação dos participantes sobre os temas abordados, tempo de duração, didática, dinâmica, conteúdo e quanto o curso agregou em sua atuação profissional foi considerada satisfatória/muito satisfatória. Conclusão: a ação extensionista demonstrou-se benéfica para o desenvolvimento profissional e a atualização dos participantes, promovendo a troca de experiências e o acesso a materiais atualizados e baseados em evidências científicas.</p> Maria Luiza Silva Lacerda, Millene Mercadante Mendonça de Mattos, Jane Baptista Quitete, Bruna Costa Pereira de Melo, Victória Soares Sales Dantas, Amanda da Cruz Ferreira, Sarah Azevedo Herdy , Thayná Oliveira Paixão, Fernanda Barreto Peres Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/63580 Wed, 27 Nov 2024 00:00:00 +0000 Perfil antropométrico de idosos longevos participantes do programa de extensão “Idoso Feliz Participa Sempre” https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64667 <p>Ao longo dos anos, o crescimento expressivo da população idosa tem estado em evidência, especialmente em países de economias desenvolvidas. No Brasil, o aumento do segmento populacional das pessoas com 80 anos ou mais trouxe consigo uma série de consequências relacionadas à saúde, devido a déficits funcionais decorrentes da diminuição da aptidão física nessa faixa etária. O presente estudo caracterizou-se como uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa e transversal. Participaram dele idosos longevos de ambos os sexos matriculados no programa de extensão Idoso Feliz Participa Sempre (PIFPS), desenvolvido pela Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FEFF) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com vistas a ter seu perfil antropométrico analisado. Os participantes foram submetidos a avaliações antropométricas, vi-sando coletar dados referentes a: perimetria da cintura, quadril, panturrilha, massa corporal, estatura e percentual de gordura. Os dados coletados foram ta-bulados e armazenados em uma planilha do Excel. A amostra foi composta por nove homens longevos e 20 mulheres longevas. Foram encontrados os seguintes resultados: RCQ homens 0,99, e RCQ mulheres 0,86; Perímetro da Panturrilha homens 33,51cm, Perímetro da Panturrilha mulheres 34,01cm; IMC homens 32,11kg/m2, IMC mulheres 25,97kg/m2; e %Gordura homens 56,91% e %Gordura mulheres 37,11%. Os resultados apresentados neste estudo destacam a importância de monitorar a composição corporal em idosos longevos, bem como de implementar estratégias de saúde pública para reduzir a gordura corporal excessiva e melhorar a qualidade de vida.</p> Milenna Thamyres Alves do Nascimento, Pedro Oliveira, Inês Amanda Streit Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64667 Sat, 14 Dec 2024 00:00:00 +0000 Cultura Corporal do Movimento e promoção da saúde na escola https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64559 <p>O presente texto, escrito por meio de narrativa autobiográfica e documentos institucionais, visa descrever um relato de experiência, de perspectiva qualitativa, a respeito do projeto de extensão Cultura Corporal do Movimento e Promoção da Saúde na Escola. Para tal, o trabalho tenciona dissertar sobre as diversas atividades e ações promovidas, no ano de 2023, pelo referido projeto, que se destinava à comunidade do Instituto Benjamin Constant (IBC) e, principalmente, às pessoas com deficiência visual e suas famílias. A iniciativa, vinculada e desenvolvida no IBC, promoveu parcerias e atividades com mais de 200 participantes. A escolinha e treinamento de natação, a escolinha de xadrez adaptado, as aulas de musculação e hidroginástica, além da oficina de arte, criação e cuidado e o curso de albinismo em parceria com a UFRJ, são alguns exemplos de ações promovidas pelo projeto. Espera-se que as atividades e experiências apresentadas neste estudo possam ressoar em outros cotidianos institucionais, contribuindo para a construção de novas propostas acessíveis, democráticas e inclusivas.</p> Arlindo Fernando Paiva de Carvalho Junior Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64559 Sat, 14 Dec 2024 00:00:00 +0000 Educação em saúde com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64520 <p>As ações de educação em saúde apresentam-se como mecanismos para a promo¬ção da saúde e qualidade de vida. Nesse cenário, o objetivo deste trabalho foi descrever a experiência de uma docente e de discentes do curso de medicina de uma universidade pública no planejamento e no desenvolvimento de ações de educação em saúde com adolescentes em cumprimento de medida socioeducati-va de internação. Trata-se de um relato de experiência, do tipo descritivo e com abordagem qualitativa. As vivências da docente e das discentes do curso foram organizadas em dois tópicos, sendo: planejamento e desenvolvimento das ações de educação em saúde; e análise das práticas educativas realizadas. As práticas de educação em saúde realizadas foram voltadas ao autocuidado e desenvolvidas com adolescentes em um contexto que contempla múltiplos aspectos de vulnera¬bilidade biopsicossocial. Assim, acredita-se que as atividades reportadas mostram que são fundamentais e viáveis iniciativas que ampliem o acesso dos adolescen¬tes em cumprimento de medida socioeducativa de internação à informação e à conscientização, ao mesmo tempo em que promovem a aproximação entre esse público vulnerável e sujeitos ligados a universidade e à rede de atenção, contri¬buindo para seu fortalecimento enquanto cidadãos, sujeitos de direitos, e, por conseguinte, sua reintegração social.</p> Anna Júlia da Rocha Passos, Emily Luiza Corrêa Lima, Maria Izabel Simas Franco, William Messias Silva Santos, Beatriz Cardoso Rodrigues, Maria Amélia Vieira Toledo, Gilmar Antonio Batista Machado, Jaqueline Silva Santos, Raquel Dully Andrade, Maria Ambrosina Cardoso Maia Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64520 Fri, 20 Dec 2024 00:00:00 +0000 Biodiversidade vegetal promovendo a segurança alimentar https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64651 <p>O programa de extensão Conhecendo Outras Plantas Alimentícias - PANC UFF promove o uso das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) como ferramenta para a segurança alimentar e a promoção da saúde para a comunidade em geral. Ao integrar saberes acadêmicos e populares, o programa atua no fortalecimento de práticas alimentares sustentáveis, com enfoque na biodiversidade e autonomia alimentar. Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial os ODS 2 (Fome Zero) e 3 (Saúde e Bem-estar), o projeto de¬senvolve atividades educativas que exploram as potencialidades das PANC na me¬lhoria da qualidade de vida. Por meio de oficinas, jogos didáticos e tecnologias, o PANC-UFF promove uma educação inovadora, que aproxima as comunidades da academia, permitindo o diálogo e o resgate de saberes tradicionais. Essa integra¬ção fortalece a extensão como um espaço de promoção de saúde e bem-estar, ao mesmo tempo em que contribui para a conscientização sobre o impacto positivo de uma alimentação diversificada, nutritiva e ecológica. As práticas extensionistas desenvolvidas enfrentam desafios como a resistência cultural e a falta de conhe¬cimento sobre as PANC, mas buscam superá-los através de metodologias partici¬pativas e inclusivas. Assim, o programa oferece uma abordagem inovadora para a promoção da saúde, fomentando a troca de saberes entre universidade e socieda-de, além de promover o desenvolvimento de políticas públicas que incentivem o uso sustentável das PANC e a preservação da biodiversidade.</p> Odara Horta Boscolo, Hugo Teixeira Abreu Bakr Faria , Ana Julia Santos Porto, Gabriel Cunha dos Santos Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64651 Fri, 27 Dec 2024 00:00:00 +0000 Promoção da saúde da pessoa surda migrante https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64673 <p>Este relato de experiência tem como objetivo abordar a promoção da saúde da pessoa surda migrante venezuelana, a partir das ações educativas e vivências realizadas em dezembro de 2023 no I Seminário de Atenção à Saúde da Pessoa Surda Migrante, no âmbito da extensão universitária desenvolvida pelo Programa Interinstitucional de Extensão e Pesquisa de Apoio a Migrantes e Refugiados Surdos (MiSordo), vinculado à Universidade Federal de Roraima (UFRR) e à Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). O objetivo da ação foi oferecer informações sobre promoção da saúde em línguas de sinais e realizar serviços básicos de saúde para a comunidade surda, além de propiciar aos profissionais e acadêmicos envolvidos uma participação colaborativa, tanto na organização, quanto na realização da ação. Embora o Brasil tenha políticas públicas de acesso à saúde para migrantes e refugiados, as pessoas migrantes surdas enfrentam muitos desafios no acesso à informação sobre saúde e ao sistema de saúde pública. Assim, o trabalho desenvolvido foi alinhado com um dos eixos do Programa MiSordo, que é proporcionar às pessoas surdas migrantes e refugiadas em situação de vulnerabilidade social o acesso à informação e conteúdo qualificado no que se refere à promoção dos direitos humanos no Brasil. Como resultado, o seminário conseguiu oferecer serviços e informações em línguas de sinais à comunidade surda, evidenciando como as ações de extensão são cruciais para mitigar as lacunas nas políticas públicas, revelando-se como uma potencializadora e um instrumento de inclusão social para grupos pouco assistidos.</p> Thaisy Bentes de Souza, Débora Rocha de Abreu, Gabriela Genizele Souza dos Santos Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64673 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 +0000 Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64638 <p>A Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAENFE), sendo um projeto de extensão universitária, promove uma dimensão constitutiva essencial para a formação dos discentes. Por meio dela é possível fomentar a integração entre ensino, pesquisa e extensão, compartilhando conhecimentos e saberes sobre a estomaterapia entre estudantes, professores, profissionais e a comunidade. Objetivo: descrever a experiência de atuação de uma liga acadêmica de enfermagem em estomaterapia dentro da tríade ensino, pesquisa e extensão. Método: trata-se de relato de experiência descritivo sobre a criação, implantação e consolidação da liga, assim como sobre as principais atividades realizadas entre 2019 e 2024 e seus reflexos para os discentes, profissionais e comunidade. Resultados: a liga foi fundada em 2019 por estudantes de enfermagem, movidos por um forte interesse na área de estomaterapia e com o apoio de uma professora estomaterapeuta. A LAENFE estruturou seu estatuto, organizou uma diretoria e, mesmo durante a pandemia, manteve suas atividades remotamente. Em 2023, a liga retomou suas atividades presenciais, expandiu sua diretoria e recebeu credenciamento pela Associação Brasileira de Estomaterapia. Os processos seletivos são semestrais, abertos a estudantes de outras universidades, e as atividades são desenvolvidas por meio de aulas teórico-práticas, discussão de artigos científicos, jornadas acadêmicas e ações extensionistas, como a participação em exposições de saúde e projetos comunitários. Além disso, a liga utiliza ativamente o Instagram para disseminar conhecimento científico, fortalecendo a conexão entre a universidade e a comunidade. Conclusão: a LAENFE desempenha papel decisivo na formação dos discentes, proporcionando aprendizado teórico e prático em estomaterapia. Articula de forma eficaz o tripé ensino, pesquisa e extensão, promovendo a aplicação prática do conhecimento teórico em ações comunitárias. As atividades extensionistas realizadas são essenciais para compartilhar conhecimentos com profissionais de saúde e a comunidade, garantindo a implementação de cuidados baseados em evidências e a promoção da educação continuada na enfermagem.</p> Luciane Lachouski, Gabrielle Stella Picanço, Aline Cristina Pellis, Maria Eduarda Verbinen, Ingrid Camili Gelinski Stachera, Robson Giovani Paes, Shirley Boller Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64638 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 +0000 Inventar é preciso https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64683 <p>A arte tem sido dispositivo de cuidado em oficinas que promovem saúde de forma humanizada, em que não se separa os aspectos psíquicos, orgânicos e sociais do sujeito, uma vez que há a articulação de diversos saberes técnicos e populares, a fim de ampliar a concepção do processo de saúde-doença.&nbsp; Nessa perspectiva, por meio de novas formas de fazer clínica, a utilização de recursos artísticos no CAPSi (Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil) para crianças e adolescentes com demandas em saúde mental, torna-se ferramenta ou estratégia de cuidado ampliado, uma vez que as oficinas oferecem um espaço para que o sujeito, em sua singularidade e historicidade, possa entrelaçar suas dimensões psíquicas com suas dimensões políticas, na intersecção do campo da subjetividade e da cidadania. A intervenção proposta no presente trabalho, através das oficinas terapêuticas, que envolvem pinturas, desenhos, contação de histórias, esculturas, entre outros, visa articular saberes e práticas do Grupo de Pesquisa-Intervenção em Saúde Mental e Justiça (GPISMJ) da Universidade Federal Fluminense- Campos dos Goytacazes, na perspectiva de integralizar o cuidado, a fim de propor um tratamento em Saúde Mental que busque a subjetivação e autonomia para as crianças e adolescentes da rede. As oficinas são realizadas semanalmente, e a cada encontro nota-se o quanto através das atividades lúdicas as crianças e adolescentes conseguem compreender o Capsi enquanto um espaço de pertencimento, troca e principalmente cuidado. Dessa forma, é a partir dos momentos de criação que os usuários conseguem elaborar e compartilhar sobre suas questões, sinalizando como o lúdico é terapêutico e demonstrando que a promoção de saúde não é meramente técnica, mas sim de forma integral, ampla e afetiva. Assim, esse projeto é uma proposta de cuidado que busca superar a racionalidade médica como prática hegemônica e a falta de estímulo à participação social dos usuários dentro do possível.</p> Thalita Amaral Mattiuzzi, Luana da Silveira Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64683 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 +0000 A influência do projeto de extensão “Qualidade de Vida para Todos” na qualidade de vida de um adulto com paralisia cerebral https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64612 <p>A paralisia cerebral, também denominada encefalopatia crônica não progressiva, caracteriza-se por alterações no controle motor devido a lesões neurológicas. A prática de atividades aquáticas tem sido colocada como uma possibilidade de intervenção junto a esse público, com o intuito de promover melhoras na qualidade de vida; no entanto, as evidências acerca dessa temática são escassas. Com isso, o objetivo deste estudo foi verificar se a participação (por dois meses) no projeto de extensão de atividades aquáticas denominado Projeto Qualidade de Vida para Todos interferiu na qualidade de vida de um adulto com paralisia cerebral. Participou da pesquisa um voluntário já atendido no projeto. Ele respondeu ao questionário Short Form Health Survey 36 Version 2 que avaliou aspectos gerais da qualidade de vida, em dois momentos: pré e pós-período de dois meses de participação no projeto. Além disso, ele respondeu a uma pergunta geral para avaliar como era sua qualidade de vida antes e após a participação no projeto. Os domínios capacidade funcional, limitação por aspectos físicos e saúde mental tiveram uma diminuição do valor, enquanto o domínio dor não teve alteração. Nos domínios estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais e limitação por aspectos emocionais os resultados foram positivos. A pergunta sobre qualidade de vida antes e após participação do projeto obteve resultado positivo. Atualmente, não existe um questionário específico para avaliar a qualidade de vida de adultos com paralisia cerebral. Conclui-se que são necessárias mais pesquisas sobre qualidade de vida desse público, baseando-se nas características dessa população. Além disso, nota-se que a qualidade de vida é formada por vários domínios influenciados por inúmeros fatores da vida do indivíduo. Diante desse fato, observou-se melhora, piora e nenhuma alteração dos domínios investigados.</p> Marcela Peixoto Moreno Moura, Arthur Dani Marques Nobre, Cláudia Barsand de Leucas, Larissa de Oliveira e Silva , Patrícia da Conceição Rocha Rabelo Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64612 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 +0000 Diálogos na construção de caminhos possíveis para a promoção da saúde da população LGBTQIA+ https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64678 <p>A saúde caracteriza-se como um sistema complexo, influenciado por fatores his-tóricos, econômicos, políticos, sociais e culturais, que resultam em um conceito dinâmico e abrangente. No campo da saúde sexual, há críticas à visão limitada dos serviços de saúde, focada em uma perspectiva reprodutivista do corpo e nos paradigmas biomédicos higienizantes, que ignoram a diversidade de vivências li-gadas a questões sexuais e de gênero, refletindo uma lógica cis-heteronormativa que marginaliza a população LGBTQIA+ e evidencia lacunas na formação de pro-fissionais de saúde e de educação. Este trabalho é um relato de experiência de ensino-extensão universitária que consistiu em um minicurso sobre Educação Sexual e saúde da população LGBTQIA+ para estudantes do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e profissionais em geral, das áreas da saúde e da educação. As discussões apresentadas evidenciaram as barreiras enfrentadas pela população LGBTQIA+ no sistema de saúde e oportunizaram o debate de temas como saúde sexual, direitos sexuais e reprodutivos, planejamento familiar para casais homoafetivos e saúde mental, enfatizando a importância de uma formação profissional mais inclusiva e humanizadora, baseada em uma perspectiva integral e intersetorial da saúde como um direito básico de todos. Nesse contexto, destaca-se a importância de práticas educacionais emancipatórias para promover a equidade de gênero e a diversidade sexual, com foco na construção de uma prática educacional que valorize a multiplicidade de vivências sexuais e reprodutivas, servindo como ferramenta para a promoção dos direitos sexuais e reprodutivos de toda a população para além do viés cis-heteronormativo dos serviços de saúde educação.</p> Beatriz dos Santos Melo, Vitória Areias Magalhães, Débora de Aguiar Lage Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64678 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 +0000 Conversando sobre medicamentos com o público adolescente https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64657 <p> A disponibilidade de informações confiáveis sobre medicamentos é essencial para garantir o seu uso racional. A automedicação inapropriada pode resultar em intoxicação, reações alérgicas, dependência e levar até mesmo o indivíduo à morte. O objetivo deste trabalho foi introduzir o tema “medicamentos” no âmbito escolar a fim de enfrentar o problema da automedicação, uma vez que fornecer informações seguras e confiáveis sobre medicamentos à população, inclusive ao público adolescente, é uma das formas de contribuir para o seu uso racional. Neste sentido, foram desenvolvidas atividades para identificar quais informações sobre medicamentos eram desejadas pelos adolescentes e qual conhecimento prévio eles possuíam. Posteriormente, uma ação educativa foi realizada para ampliar o conhecimento da turma sobre os temas escolhidos, e a culminância dos encontros se deu através de uma oficina. Trata-se o presente trabalho de um relato de caso de um projeto de pesquisa/extensão aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 28207620.6.0000.5699). Participaram das atividades 35 estudantes, com idades entre 15 e 18 anos, matriculados em um colégio estadual do Norte Fluminense. Foram realizados oito encontros, de junho a novembro de 2023. Entre os estudantes, 91% afirmaram que o assunto “medicamentos” nunca havia sido abordado com eles na escola e 74% informaram que haviam usado ou usam com frequência medicamentos por conta própria, sem a orientação de um profissional da saúde. Quando os estudantes foram perguntados sobre quais assuntos relacionados a medicamentos eles gostariam que fossem abordados com eles, 43% afirmaram que gostariam de conversar sobre automedicação, sendo que a classe dos medicamentos antidepressivos foi a escolhida pela turma para se obter mais informação (26% de preferência). Em relação à atividade de avaliação do conhecimento prévio e da ação educativa, ambos sobre antidepressivos, optou-se por rodas de conversa. Quanto à oficina, podem ser citados como produtos: a elaboração de atividade lúdica, vídeo e cartazes.</p> Rebeca Alves Mateus de Souza, Carla dos Santos Novais Pinto, Danielle Martins Ventura, Samantha Monteiro Martins Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64657 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 +0000 Escala de Sintomas Vocais (ESV) e sua relação com aspectos ocupacionais e hábitos de saúde vocal em professores universitários https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64659 <p>Introdução: a ocorrência de sintomas vocais em professores é elevada. Investigar os fatores determinantes desse cenário deve ser a etapa inicial de quaisquer pro-gramas de intervenção. Objetivo: determinar a ocorrência dos sintomas vocais em professores universitários, com a Escala de Sintomas Vocais (ESV), e relacionar tais achados com aspectos sociodemográficos, ocupacionais e hábitos de saúde vocal desse grupo. Método: trata-se de um estudo transversal, de caráter exploratório. O critério de inclusão foi estar em exercício docente na instituição e o de exclusão, o afastamento das atividades. Os professores foram convidados para o estudo via e-mail. Após a realização da coleta de dados, todos participaram de uma ação extensionista para aprimoramento vocal e da comunicação. A ação foi semanal, remota e consistiu em quatro encontros de sessenta minutos cada. Resultados: 120 professores de 90 departamentos da instituição participaram do estudo. Em relação aos escores totais (ETs) da ESV, por gênero, a média dos valores em mulheres esteve acima da obtida em homens, sendo 31,7 versus 25,1, respectivamente. Houve diferença estatisticamente significativa (valor p = 0,040), com predominância no gênero feminino. Quanto à percepção de ruído, 68,3% dos participantes consideraram as salas de aula ruidosas ou muito ruidosas. Esses docentes também apresentaram ETs mais elevados (valor p = 0,024). Tal percepção também foi maior entre as mulheres (p = 0,039). Todos os participantes que avaliaram a ação extensionista consideraram-na relevante para a prática docente. Conclusão: os resultados evidenciam que os professores universitários inscritos em uma ação de promoção da saúde vocal possuem ETs da ESV elevados, com predominância no gênero feminino. Além disso, professores que perceberam as salas de aula como ruidosas ou muito ruidosas apresentaram ETs mais elevados, sendo esta percepção também predominante em mulheres.</p> Andréa Gomes de Oliveira Aguiar, Heloisa Helena de Almeida Neves Matta dos Santos, Maria Clara Rossi Di Gioia Manhães, Maria Eduarda dos Santos Reis, Marcela Cohen Martellote Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64659 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 +0000 Rotulagem nutricional como recurso educacional em um projeto extensionista no Rio de Janeiro https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64610 <p>O aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em distintas faixas etárias tem impactado negativamente a saúde pública mundial. Sabe-se que existe uma correlação direta entre o nível de escolaridade e a preva-lência de tais doenças, tornando essencial o desenvolvimento de atividades de extensão unindo os saberes acadêmicos e populares em ações práticas com papel transformador para a sociedade. O projeto de extensão Segurança Alimentar em Práticas Educativas, vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), tem como objetivo promover a conscientização e a sensibilização sobre o impacto das escolhas alimentares no desenvolvimento de DCNT, estimulando a educação sobre hábitos que previnem essas condições. A rotulagem nutricional é uma ferramenta crucial nesse contexto, pois fornece informações claras e acessíveis que ajudam a população a fazer escolhas alimentares mais saudáveis. Entretanto, sabemos que a compreensão dos rótulos nutricionais pelo público em geral pode apresentar dificuldades devido à estrutura técnica desta ferramenta. Para garantir a efetividade das estratégias pedagógicas utilizadas, foram consideradas as particularidades de cada faixa etária e, assim, técnicas baseadas em teatro de fantoches foram utilizadas para Educação Infantil, enquanto jogos lúdicos foram utilizados para Ensino Fundamental e, para adultos, foram priorizadas abordagens participativas e dialogadas, privilegiando atividades que estimulassem uma ressignificação das ações potenciais para promover autonomia, no panorama da saúde pública, incentivando um bem-estar mais abrangente. As atividades realizadas atenderam mais mil crianças em 2023, trabalhando de forma lúdica as informações nutricio-nais contidas nos alimentos cotidianos e desvendando informações para o desenvolvimento de condições de promoção à saúde. Mudanças sutis foram observadas no comportamento infantil sendo informado através de relatos espontâneos dos responsáveis, assim como a inclusão do tema alimentação em diversas disciplinas da matriz curricular. O material educativo apresentado combinou aprendizado prático dos graduandos com o fortalecimento dos saberes acadêmicos e comunitários, viabilizando uma interação transformadora a todos os envolvidos.</p> Sabrina da Silva Dias, Amanda Silva de Oliveira, Ângelo da Cunha Caetano, Anna Beatriz Pereira de Moura, Ingrid Alcideia Noronha dos Santos, Leiane Moreira de Oliveira, Julia de Mello Martins, Vitória Ferreira Guarabira, Anna Catharina Guimarães Pedreira Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64610 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 +0000 No corredor da loucura, uma brecha antimanicomial https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64666 <p>Construída pela Liga Acadêmica de Psicologia Social e Comunitária – Laço, pro-jeto de extensão do curso de Psicologia do Centro Universitário Academia – UNIACADEMIA, a Biblioteca Thaís S. Acácio surge a partir da necessidade de se resgatar a memória histórica da loucura em Juiz de Fora - MG. Seu rico acervo online, composto atualmente por 414 materiais diversos sobre a saúde mental na cidade, visa subsidiar futuras pesquisas e intervenções na área em um dos municípios pertencentes ao chamado “corredor da loucura”. Dessa forma, o pre-sente artigo pretende analisar como o resgate da memória antimanicomial, por meio deste acervo, pode contribuir para a promoção da saúde e da qualidade de vida frente à avassaladora contrarreforma psiquiátrica no Brasil. Assim, objetiva-se destacar a Biblioteca como uma prática extensionista exitosa e comprometida com a realidade sócio-histórica do território em questão, defendendo, portanto, o resgate e a materialização da luta antimanicomial enquanto movimento social complexo que, formado pela conjunção de múltiplos atores, promove a saúde ao resistir à institucionalização e mercantilização da loucura, tão denunciada pelo arcabouço teórico da psicologia social e comunitária latino-americana. Com isso, conclui-se que o acervo é uma construção constante e dinâmica que conta com a participação ativa dos membros da Laço para desenvolver, por meio da democratização do conhecimento, um novo paradigma social da loucura e da saúde mental capaz de promover qualidade de vida e bem-estar à população.</p> Maria Antonia Bertelli, Isabela Barbosa Ecar, Caio de Alencar, Laís Teixeira Duarte, Lara Barreiro Feitoza, Bruno Quintino de Oliveira, Yasmim Moreira Jacintho Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64666 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 +0000 Encontros sobre vida, saúde e trabalho nas escolas públicas em/na rede https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64656 <p>Este artigo tem como objetivo discorrer acerca de ações realizadas em ambiente virtual e desenvolvidas no âmbito do projeto de extensão “Encontros sobre vida, saúde e trabalho nas escolas públicas”, enquanto desdobramento de um projeto integrado de pesquisas, durante o período de distanciamento físico imposto pela pandemia de Covid-19. As ações foram materializadas nos seguintes ambientes digitais: site, Instagram e Facebook, interfaces on-line que tinham por objetivo atuar como ambientes de troca de experiências e formação acerca das relações entre o trabalho e a saúde de trabalhadoras e trabalhadores, com o potencial de vir a constituir uma “Comunidade Ampliada de Pesquisa-Intervenção” (CAPI) em rede. Adotou-se como referenciais teóricos as contribuições de Canguilhem e das Clínicas do Trabalho. Nesse sentido, foram estabelecidos espaços de comunicação e interação, voltados à disseminação de informações e à criação de ambientes virtuais de formação e promoção da saúde, com o intuito de fomentar uma rede, denominada “Trabalhar na escola”, que envolveria acadêmicos, trabalhadores(as) e movimentos sociais. Algumas iniciativas on-line foram realizadas e ambiências criadas na busca de produzir conteúdo e estabelecer trocas que estimulassem o desenvolvimento da capacidade de compreender↔transformar as relações entre o trabalho e os processos de saúde-doença de trabalhadores(as) da educação. Concluiu-se que, apesar das limitações impostas pelo período, tanto o site quanto as redes sociais mencionadas favoreceram a troca de experiências e a interação dialógica, revelando-se como iniciativas promissoras para a promoção da saúde.</p> Amanda Ornela Hyppolito, Mary Yale Neves, Juliana Ribeiro Velasco Pereira, Beatriz Fraga de Souza, Maria Clara Muniz de Brito, Clara Perez da Cruz Ulhoa Tenorio, Guilherme Augusto F. de Melo dos Santos, Sandy Rodrigues da Silva Vieira Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64656 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 +0000 Experimentação inclusiva em Química https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/62504 <p>A educação especial, enquanto modalidade de ensino, é regida e prevista em diversos documentos norteadores nacionais, principalmente no que se refere a instituir uma educação inclusiva e igualitária. Entretanto, dadas as dificuldades de inserir atividades experimentais inclusivas em sala de aula, especialmente no componente curricular de Química, este estudo apresenta o desenvolvimento de uma experimentação de caráter inclusivo com ênfase na deficiência visual. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, tipo autonarrativa, que descreve as experiências de um estagiário/pesquisador no estágio supervisionado de um curso de Licenciatura em Química, em uma atividade de regência em uma sala de aula de ensino médio público, a qual apresenta uma aluna de inclusão com deficiência visual (DV). Há o planejamento e execução de um experimento para abordar pH e funções inorgânicas com base nos pressupostos do Desenho Universal de Aprendizagem (DUA). Como resultados, apresentam-se reflexões acerca do desenvolvimento da atividade quanto a dois aspectos principais: adequação e elaboração de material e envolvimento da aluna. Constituiu-se um desafio adaptar o experimento a fim de promover interações entre a turma. Ao final da atividade, inferimos que ao material adaptado cabe ajustes para melhorias embora a condução da atividade tenha fornecido condições de aprendizagem dos conceitos químicos para a aluna.</p> Ronei de Almeida Sampaio, Natany Dayani de Souza Assai, Andrea Aparecida Ribeiro Alves Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/62504 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 Turismo ativo https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/61375 <p>A cidade de Niterói implantou, em junho de 2021, o Projeto Niterói Bike Tour. Trata-se de um circuito turístico que prevê sua realização por ciclistas de forma autoguiada com auxílio de totens que possuem sinalização digital e estão disponibilizados ao longo do percurso. Este trabalho se trata de um relato de experiência a partir de um passeio com ciclistas pelo circuito Niterói Bike Tour realizado no dia 28 de outubro de 2021. No conteúdo são apresentadas as percepções dos participantes sobre segurança, infraestrutura e tecnologia disponíveis. Ademais, também são expostos os dados coletados por equipamentos específicos para mensuração e efeitos da prática de atividade física durante o passeio. Os resultados mostram que os participantes se sentem mais seguros ao pedalarem em grupos e que ainda há necessidade de melhorias na sinalização ao longo de toda a extensão do percurso. E, no que se refere aos dados individuais, verificou-se que, ao utilizar a bicicleta em vez do carro, cada participante emitiu menos 1.350 gramas de dióxido de carbono na atmosfera e teve gasto energético de 242 calorias considerando 4.584 pedaladas, a uma velocidade média de 6,6 km/h no período de 1h28.</p> Caio Carvalho Castanheira, Fátima Priscila Morela Edra Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/61375 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 Utilizando música em oficinas de Educação Sexual https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64682 <p>A sexualidade é tema de destaque na adolescência, período de mudanças emocionais, físicas, cognitivas e sexuais. No entanto, a Educação Sexual geralmente se restringe aos aspectos reprodutivos, ignorando outros importantes aspectos, como a prevenção de violências. Nesse contexto, o presente estudo é um relato de experiência de cinco oficinas oferecidas a turmas do sétimo ao nono ano de uma escola pública de Ensino Fundamental da cidade de Belém (PA), durante o primeiro semestre de 2024. O objetivo das oficinas foi discutir sexualidade e facilitar a identificação de violência nas relações afetivas por meio da análise de letras de músicas. As oficinas tiveram duração média de 50 minutos e contaram com a participação de 61 estudantes. Após a reprodução das músicas, foram realizadas algumas perguntas para orientar a discussão feita em pequenos grupos. Os registros das atividades e das interações no grupo foram feitos em diários de campo. As músicas se mostraram um instrumento efetivo na construção de vínculo, facilitando o engajamento dos estudantes no compartilhamento de experiências entre pares. Por meio das oficinas se percebeu o desconhecimento de como proceder, adequadamente, em situações de violência. As oficinas resultaram ainda em acolhimento de vítimas de violência. Conclui-se que oficinas de Educação Sexual com o uso de músicas presentes no contexto cultural dos estudantes podem gerar vínculo entre os participantes e facilitar o manejo dos temas sexualidade e violência.</p> Giselle Corrêa da Silva, Ana Lídia Lima da Silva, Maria Lúcia Chaves Lima Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64682 Wed, 27 Nov 2024 00:00:00 +0000 Um olhar sobre o uso e a ocupação da cidade de Tabatinga/AM https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/63319 <p>No artigo que se apresenta, relata-se uma experiência cartográfica realizada na V Olimpíada Brasileira de Cartografia – OBRAC, na qual se fez uma análise dos aspectos socioambientais urbanos encontrados na cidade de Tabatinga – AM, gerando um aprofundamento mais descritivo da área. Foram também realizados mapas participativo/colaborativo e interativo – nos quais o mapeamento foi realizado remotamente e com o apoio de bases cartográficas do meio digital –, de dados estatísticos de instituições que monitoram a região e, por serem participativos/colaborativos, envolveram a percepção de pessoas sobre a área e as temáticas discutidas, seja em reuniões presenciais, seja no contato direto com aqueles que estão realizando o mapeamento. Para a realização deste artigo, foi necessário ter em mãos a localização (Mesorregião do Solimões) e as características geográficas, como densidade demográfica, urbanização, etnias (povos indígenas), cultura, turismo, espaço geográfico, elementos físicos – clima, relevo, vegetação, hidrografia, biodiversidade –, limites e fronteiras, coordenadas geográficas, problemas socioambientais encontrados na cidade, dentre outros elementos. Para a realização do mapeamento, foi utilizado o site <em>OpenStreetMap</em>, uma base cartográfica colaborativa digital usada para a elaboração do arruamento e da extensão QGIS 3.28 HCMGIS para a realização da vetorização dos elementos físicos, gerando uma base cartográfica digital da cidade. Por fim, foi apresentado uma análise de temas envolvendo o espaço urbano da cidade e algumas formas de tentar solucioná-los, como: poluição dos rios, caça e pesca ilegal, desmatamento e queimadas, precariedade dos serviços (saneamento e coleta de lixo) e infraestrutura urbana, com moradias desorganizadas e comércio irregular.</p> Marisa Moura de Abreu, Leonardo Barros da Cunha Carvalho, Júlia Sirtoli Vieira de Sousa, Felipe Barretto Távora, Leonardo Monteiro de Barros Rafael Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/63319 Tue, 01 Oct 2024 00:00:00 +0000 Extensão universitária para pesquisadores surdos da graduação e pós-graduação https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/62747 <p>O espaço acadêmico e científico se difere de outros tipos de contextos devido a exigências e comprovações de títulos e publicações. Uma das formas mais consolidadas de demonstrar as produções acadêmicas consiste no Currículo Lattes (CL), acessível através de uma plataforma inserida no CNPq, em que estão distribuídas as produções. É recorrente na academia o desconhecimento sobre o preenchimento do Currículo Lattes em todas as suas abas e significados, além da apresentação do texto escrito. Ainda no contexto universitário, existe uma exigência para que pesquisadores promovam atividades de ensino, pesquisa e extensão. Nesse sentido, este artigo apresenta uma modalidade de ensino desenvolvida em um projeto de extensão universitária do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), amparado, sobretudo, em metodologias ativas de ensino, de Bacich e Morán; na Pedagogia Visual, de Campello e Lebedeff; e no método Leitura Fácil, de Cruz e Santos. O curso foi oferecido e mediado por tecnologias digitais, em formato de aulas síncronas e assíncronas, exclusivamente para graduandos e pós-graduandos surdos do Brasil. Os conteúdos foram elaborados de forma autêntica e não adaptados de materiais já existentes, considerando-se que o pesquisador surdo deve ter acesso a informações e produção textual baseada em Libras e em língua portuguesa na modalidade escrita. O curso teve duração de 20 horas e abordou tanto conteúdos voltados para a formatação e estrutura do CL quanto aspectos linguísticos inerentes à língua portuguesa escrita. Os resultados foram expressivos com a participação ativa de todos os inscritos até o final do curso, apresentando produções significativas.</p> Paula Tatiane Rocha dos Santos, Osilene Maria de Sá e Silva da Cruz, Nayla Schenka Ribeiro, Loraine Maria da Conceição de Almeida Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/62747 Fri, 18 Oct 2024 00:00:00 +0000 Reflexões e relatos de ações extensionistas de caráter socioambiental na Universidade Federal Fluminense https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64248 <p>O presente artigo faz uma breve reflexão sobre a extensão universitária e sua importância nas relações entre as instituições públicas de ensino e a sociedade. Reforça, no caso das Instituições Federais, as inter-relações entre as bases que as constituem, que certamente incluem o ensino e a pesquisa, mas também a extensão, como parte de sua própria identidade. O artigo avança sintetizando as experiências dos principais projetos de extensão desenvolvidos nas duas primeiras décadas do século XXI, sob a coordenação do professor Sávio Freire Bruno e conclui apontando para um tempo no qual a extensão universitária seja verdadeiramente reconhecida.</p> Sávio Freire Bruno Copyright (c) 2024 UFF & Sociedade https://periodicos.uff.br/uffsociedade/article/view/64248 Fri, 18 Oct 2024 00:00:00 +0000