O Estado Feudal na Dinâmica Consenso-Dissenso da Aristocracia Francesa (1180-1224)

Autores

  • Edilson Alves de Menezes Junior Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

Estado, aristocracia, poder

Resumo

O presente artigo tem por interesse problematizar “lugares comuns” da medievalística, sobretudo francesa, mobilizando a marginalizada tese do Estado feudal. O esforço de caracterizar as relações e estruturas de poder e política na Idade Média Central colidem em significativas controvérsias historiográficas, em especial no que se refere ao sistema feudal. Nesse sentido, fatores que justificam tais análises são a própria manutenção e reprodução material de sua classe dominante: guerra cíclica, a fluidez dos laços de subordinação pessoal, acordos instáveis, etc. Esses são fatores que, a luz de diversas análises historiográficas, torna a realidade feudal “anárquica” ou desprovida de lógicas políticas gerais. Superar algumas destas perspectivas e excitar o debate é extremamente profícuo à melhor compreensão e caracterização política do período. Ponderar a tese estatal a partir de perspectivas que não entendam a contradição como interdito, mas como o próprio movimento da realidade, certamente lança novos olhares e caminhos de pesquisa.

PURL: http://purl.oclc.org/r.ml/v5n1/a5

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo, Editora Unesp, 2013. Página 20.

ASTARITA, Carlos. El Estado feudal centralizado. Uma révision de la tesis de Perry Anderson a la luz del caso castellano. Buenos Aries, Anales de Historia Antigua y Medieval, nº 30, 1997.

BALDWIN, John. Philippe Auguste e son gouvernement. Les fondations du pouvoir royal en France au Moyen Age. Paris, Fayard, 1994.

BARTHÉLEMY, Dominique. A Cavalaria - Da Germânia antiga à França do século XII.

BASCHET, Jérôme. Civilização feudal: do ano mil à colonização da América. São Paulo: Editora Globo, 2006.

BERNARDO, João. Poder e dinheiro. Do poder pessoal ao Estado impessoal no regime Senhorial, séculos V-XV. Três tomos. Porto, Edições Afrontamento, 1997.

CATRO, Álvaro Carvajal; GARCÍA, Carlos Tejerizo. Teorizar el estado en las sociedades pre-capitalistas: una aproximación desde el marxismo a las sociedades altomedievales. Comunicación presentada al Congreso Internacional en el 200 aniversario del nacimiento de Karl Marx.

CERM, Sur le féodalisme. Paris, Édition sociale, 1971.

COLLOT-THÉLÈNE, C. Max Weber et l’histoire. Paris, 1990.

CONTAMINE, Philippe (org.) L’Économie médiévale. Paris, Armand Colin, 1993.

DELABORDE, Henri-François. Notice sur les ouvrages et sur la vie de Rigord, moine de Saint-Denis. In: Bibliothèque de l'école des chartes. 1884, tome 45.

DUBY, Georges. A Idade Média na França (987-1460): de Hugo Capeto a Joana d’Arc. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1987.

DUBY, Georges. Economia rural e vida no campo no Ocidente medieval. Lisboa: Edições 70, 1988, v 2.

FOSSIER, Robert. La Edad Media – el despertar de Europa 950-1250. Barcelona, Editorial Crítica, 1988.

GEARY, Patrick J. Vivre en confli dans une France san État: typologie des mécanismes de règlement des conflits (1050-1200). In: Annales. Économies, Sociétés, Civilisations. 41º année, n. 5, 1986. p. 1107-1133.

GENET, Jean-Philippe. La genèse de l'État moderne [Les enjeux d'un programme de recherche]. In: Actes de la recherche em sciences sociales. v. 118, juin 1997. Genèse de l’État moderne. p. 3-18.

GUENÉE, Bernard. L'histoire de l'État en France à la fin du Moyen Age vue par les historiens français depuis cent ans. IN: Revue Historique, T. 232, Fasc. 2 (1964).

GUENÉE, Bernard. O Ocidente nos séculos XIV e XV: os Estados. São Paulo, Editora Pioneira, 1981.

GUERREAU, Alain. Feudalismo: um horizonte teórico. Lisboa, Edições 70, 1980.

GUERREAU, Alain. Fief, féodalité, féodalisme. Enjeux sociaux et réflexion historienne. In: Annales. Économies, Sociétés, Civilisations. 45ᵉ année, n. 1, 1990.

KAESLER, D. Max Weber. Sa vie, son oeuvre, son influence. Paris, 1996.

KUCHENBUCH, Ludof; MICHAEL, Bernd. Estructura y dinâmica del modo de produccion ‘feudal’ em la Europa pré-industrial, Verlag Ullstein Frankfurt, 1977.

LE GOFF, Jacques. La civilisation de l’Occident médiévale. Paris, Champs histoire, 1964.

LE GOFF, Jacques. São Luís. Biografia. Rio de Janeiro, Record, 2002.

MOLINIER, Auguste. 2256. Nicolas de Bray. In: Les Sources de l'histoire de France - Des origines aux guerres d'Italie (1494). III. Les Capétiens, 1180-1328. Paris: A. Picard et fils, 1903.

MONSALVO ANTÓN, José M. Poder Político y aparatos de Estado en la Castilla bajomedieval. Consideraciones sobre su problemática. In: Studia histórica. Historia medieval. n. 4.1986, p.102.

PETIT-DUTAILLIS, Charles. La monarchie féodale en France et em Angleterre (XI-XIII s.). Paris, A Michel, 1933.

POLY, Jean-Pierre; BOURNAZEL, Eric. La Mutation Féodale (Xe-XIIe siècles). Paris, Presse Universitaire de France, 1980.

POULANTZAS, Nicos. O Estado, o poder, o socialismo. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1980.

THERBORN, Göran. ¿ Como domina la clase dominante? Aparatos de Estado y poder estatal en el Feudalismo, el Capitalismo y el Socialismo. Mexico, Siglo Ventiuno,1982.

TOUATI, François-Olivier, Faut-il en rire? Le médecin Rigord, historien de Philippe Auguste, Revue historique 2003/2 (n° 626).

WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. v.2, Brasília: UnB, 1999.

Downloads

Publicado

2019-07-24

Como Citar

de Menezes Junior, E. A. (2019). O Estado Feudal na Dinâmica Consenso-Dissenso da Aristocracia Francesa (1180-1224). Mundo Livre: Revista Multidisciplinar, 5(1), 79-102. Recuperado de https://periodicos.uff.br/mundolivre/article/view/39978

Edição

Seção

Temas Livres