A Felicidade como Promessa e como Injunção da Sociedade Contemporânea: Apontamentos para um Programa de Pesquisa sobre Felicidade, Governamentalidade Neoliberal e Psicologia Positiva

Autores

  • Antonio Stecher Doutor em Psicología Social pela Universidad Autónoma de Barcelona. Mestre em Filosofia Política pela Universidad de Chile. Professor Associado da Facultat de Psicología da Universidad Diego Postales, Santiago, Chile.
  • Rodrigo de la Fabián

DOI:

https://doi.org/10.22409/ayvu.v3i2.22217

Palavras-chave:

governamentalidade neoliberal, felicidade, psicologia positiva, subjetividade, crítica

Resumo

Discute-se a crescente centralidade nos imaginários da modernidade contemporânea da promessa e problemática da “felicidade”, tanto no nível dos projetos de autorealização dos indivíduos, como do desenho e orientação das políticas públicas no nível do Estado. O artigo trata do vínculo entre a governamentalidade neoliberal e os novos discursos, práticas e tecnologias do eu direcionadas para a felicidade, e descreve a centralidade que a psicologia tem tido como saber especializado na hora de conceder legitimidade científica a esse conjunto de discursos, práticas e tecnologias. Propõe-se, finalmente, um conjunto de eixos a serem considerados para uma linha de pesquisa empírica sobre essa temática, interessada em compreender, a partir da perspectiva de uma analítica da governamentalidade, o arranjo contemporâneo entre certos jogos de verdade (o saber da psicologia positiva), formas de governo e condução do comportamento das populações e dos sujeitos (racionalidade neoliberal) e vetores de subjetivação (sujeito feliz).

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Publicado

2017-07-24

Edição

Seção

Dossiê Práticas Psi em Países Íbero-Americanos: práticas psi, histórias e narrativas