A atenção conjunta e o bebê cartógrafo: a cognição no plano dos afetos
DOI:
https://doi.org/10.22409/ayvu.v5i1.27403Palavras-chave:
atenção conjunta, cartografia, cognição, afetoResumo
O problema da atenção conjunta tem assumido um lugar importante na psicologia do desenvolvimento e nos estudos da cognição social. Para além dos estudos realizados por Jerome Bruner e Michael Tomasello, Daniel Stern trouxe valiosas contribuições ao tema, baseado em observações sobre a partilha afetiva entre a mãe e o bebê num plano pré-verbal. Neste estudo analisamos algumas destas contribuições, à luz de intercessores ligados à ecologia da atenção, à abordagem da enação e aos estudos da produção de subjetividade. A partir de Daniel Stern, Félix Guattari e Yves Citton, o bebê é descrito como um cartógrafo, na medida em que sua atenção é concentrada e aberta ao plano coletivo de forças e afetos. Articulada com os conceitos de percepção amodal, afetos de vitalidade e sintonia afetiva, a atenção conjunta surge como um modo de conhecer e estar junto com outra pessoa, colocando em evidência a dimensão cognitiva do afeto.
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