A atenção conjunta e o bebê cartógrafo: a cognição no plano dos afetos

Autores

  • Virgínia Kastrup Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Caio Herlanin Fernandes UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.22409/ayvu.v5i1.27403

Palavras-chave:

atenção conjunta, cartografia, cognição, afeto

Resumo

O problema da atenção conjunta tem assumido um lugar importante na psicologia do desenvolvimento e nos estudos da cognição social. Para além dos estudos realizados por Jerome Bruner e Michael Tomasello, Daniel Stern trouxe valiosas contribuições ao tema, baseado em observações sobre a partilha afetiva entre a mãe e o bebê num plano pré-verbal. Neste estudo analisamos algumas destas contribuições, à luz de intercessores ligados à ecologia da atenção, à abordagem da enação e aos estudos da produção de subjetividade. A partir de Daniel Stern, Félix Guattari e Yves Citton, o bebê é descrito como um cartógrafo, na medida em que sua atenção é concentrada e aberta ao plano coletivo de forças e afetos. Articulada com os conceitos de percepção amodal, afetos de vitalidade e sintonia afetiva, a atenção conjunta surge como um modo de conhecer e estar junto com outra pessoa, colocando em evidência a dimensão cognitiva do afeto.

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Biografia do Autor

Virgínia Kastrup, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora em Psicologia Clínica (PUC-SP) e Professora Titular do Instituto de Psicologia e do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

Caio Herlanin Fernandes, UFRJ

 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2018-12-20

Edição

Seção

Dossiê Estudos em Ecologia da Atenção