Os movimentos que dão sentido à existência à luz dos encontros: reverberações em rede do Fórum de Mobilização Antimanicomial do Sertão do Submédio São Francisco
DOI:
https://doi.org/10.22409/ayvu.v7i0.38804Palavras-chave:
Participação da comunidade, saúde mental, formação profissional em saúde, grupos de encontro, luta antimanicomialResumo
O texto-mosaico, de caráter ensaístico, foi artesanalmente montado a partir de retalhos de memória afetiva de participantes do 6ª Fórum de Mobilização Antimanicomial (FMA)/4ª Mostra de Atenção Psicossocial (MAP), ocorrido em 2016, no semiárido nordestino. Fragmentos narrativos foram entretecidos, gerando um panorama experiencial a partir dos modos singulares de mergulho das autoras/autor no evento. Pretende-se que sirva de registro do que foi e de alimento para o que virá, pois o que se viveu, sendo revisitado, convoca à continuidade do que foi posto em curso, em criações e inovações compromissadas com a defesa de direitos fundamentais. É, assim, um registo da militância antimanicomial consolidada no semiárido nordestino, por ação do Núcleo de Mobilização Antimanicomial do Sertão/Numans. O FMA/MAP caminha para a 9ª e 6ª edições, respectivamente, constituindo uma reverberação importante do processo de Reforma Psiquiátrica iniciado no país no final da década de 70, fora do eixo Sudeste-Sul. Ao se ocupar dos desafios e potências da produção de cuidado em saúde mental/atenção psicossocial, necessariamente atravessados pela formação profissional e investimento político nas agendas de gestão municipais e estaduais, vem imprimindo no cenário local uma marca importante na luta por um cuidado digno.
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