“Paisagens desurbanas” de Barros e Rosa: uma cartografia dos dizeres-paisagem na poesia de Manoel de Barros e em Grande Sertão: Veredas.
Palavras-chave:
Paisagem, Desurbanidade, Poética, Dialogismo, Linguagem.Resumo
O artigo discute a ideia de “paisagens desurbanas” a partir da poesia de Manoel de Barros e da obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Esta discussão, que propomos como cerne deste artigo, reconhece no “dizer-paisagem” a própria paisagem possível, e em sua cartografia não mais um movimento de registro de um concreto dado, mas veredas em movimentos de sentido. Ao convidarmos Manoel de Barros e Guimarães Rosa a nos contarem “paisagens desurbanas” estamos pretendendo discutir justamente alguns dos sentidos possíveis para algo que está em movimento: as dicotomias natural/edificado, concreto/simbólico e seus deslizamentos, articulando a discussão com a perspectiva dialógica de Bakhthin e as reflexões acerca da linguagem propostas por Derrida e Deleuze.
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