Quando a Polícia vai à Faculdade: “inclusão social” ou “choque cultural”?

Autores

  • Marcos Veríssimo Universidade Federal Fluminense

Resumo

O objetivo do presente artigo é colocar sob descrição alguns aspectos dos conflitos presentes no Tecnólogo em Segurança Pública e Social da Universidade Federal Fluminense, graduação EaD oferecida pelo consórcio CEDERJ-CECIERJ exclusivamente a candidatos que integrem profissionalmente instituições e corporações que façam parte do assim chamado “sistema de Segurança Pública”. Elaborado por antropólogos e outros cientistas sociais vinculados ao Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC), sua proposta consiste em pensar os conceitos de Segurança Pública e administração institucional de conflitos mais em conformidade com os pontos de vista das sociedades do que do Estado, ou de interesses corporativos. Com proposta inovadora, não obstante, causa profundo estranhamento em homens e mulheres habituados aos conteúdos, teorias e metodologias de instrução de seus cursos de formação. A metodologia aqui empregada é etnográfica, propiciada pela participação do autor no corpo docente. Os episódios aqui relatados ocorreram no início da implementação do curso, que acaba de completar dez anos de existência. Como resultados, podemos afirmar que, para se consolidar, foi preciso cotidianamente criar e reproduzir mecanismos de administração de conflitos para lidar com as tensões decorrentes dos “choques culturais” (categoria nativa) sofridos pelos estudantes no interior do próprio processo educativo.

 

Palavras-chave: Ensino; Instrução; Administração de Conflitos; Educação à Distância.

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Publicado

2024-10-03