O que pensam os Afropessimistas? Notas introdutórias ao Pensamento Negro Radical

Autores

  • Filipe Tavares Universidade Federal Fluminense - PUCG

DOI:

https://doi.org/10.22409/rcc.v2i20.62128

Resumo

O papel do sujeito está presente em diversas teorias das Ciências Sociais e cada uma delas concebe-os de formas distintas. Este artigo visa explorar os principais argumentos do pensamento negro radical, exponenciado pela Teoria Afropessimista, cujos principais autores são Orlando Patterson (2008); Frank Wilderson III (2020; 2021); Saidiya Hartman (2021; 2023); Sylvia Wynter (2021) e Denise Ferreira da Silva (2022). Propomos a apresentação das ideias centrais da teoria por seus principais intelectuais, com vistas a fomentar as discussões acadêmicas acerca do papel da negritude, racismo, antirracismo, violência sistêmica e do “pacto da branquitude” na construção do conhecimento histórico e sociológico. Apesar das divergências , fruto das múltiplas experiências sociais, religiosas, políticas e acadêmicas dos autores, as interpretações são congruentes ao partirem de algumas premissas, sendo elas: a rejeição da História ocidental branca como a História da humanidade; a permanência de contextos de violência gratuita aos corpos negros; a reprodução das ações e práticas escravistas – e escravocratas – na sociedade moderna; a construção da dicotomia entre humanos (brancos) e negros (coisas, objetos, peça). Conclui-se que, nas discussões apresentadas, os autores suscitam críticas à homogeneidade da categoria “sujeito”, produzida para ser aplicada a contextos europeus e a pessoas brancas, em especial, ocidentalizadas.

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Biografia do Autor

Filipe Tavares, Universidade Federal Fluminense - PUCG

Filipe Tavares,

Mestre e Doutorando em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA/UFRRJ).

Licenciado em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

 

http://lattes.cnpq.br/1233924232108798

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Publicado

2024-04-29

Edição

Seção

Artigos