Populismo, revisões e revisionismos: a compreensão das relações entre Estado e classe trabalhadora no Brasil de 1930-1964

Autores/as

  • Henrique de Bem Lignani Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.22409/.v2i2.2891

Palabras clave:

Populismo, Trabalhismo, Governo Vargas, Revisionismo historiográfico.

Resumen

O presente trabalho se insere nas discussões sobre o populismo brasileiro, fenômeno político observado entre os anos 1930 e 1964. Trata-se de um tema extensamente estudado nas últimas décadas e em torno do qual inúmeras polêmicas se desenvolveram. Busco analisar o assunto do ponto de vista das relações estabelecidas entre a classe trabalhadora e o Estado, sobretudo durante o período entre 1930 e 1945. Realizo inicialmente uma revisão bibliográfica com o intuito de dimensionar o estado atual das pesquisas sobre o tema. Em primeiro lugar, abordo algumas obras pioneiras acerca do assunto no Brasil. Em seguida, retomo abordagens desenvolvidas a partir do final da década de 1980 e que, contrapondo-se às primeiras, propõem o estabelecimento de uma revisão, ou mesmo o abandono, do conceito de populismo. Após identificar o estado da arte do debate historiográfico sobre o populismo brasileiro, analiso mais detidamente como tais autores abordaram o aspecto que constitui a minha principal preocupação: a relação entre a classe trabalhadora e o Estado. Nesse sentido, aprofundo a análise das obras mencionadas tendo por base o referencial teórico marxista gramsciano, em particular as concepções de Estado e de hegemonia. O que se pretende é avaliar os méritos e limitações presentes nos trabalhos clássicos e revisionistas, evidenciando o seu arcabouço conceitual e em que medida suas escolhas teóricas interferem nos resultados das análises.

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Publicado

2019-07-04