Análise sobre a Social-democracia para os fundadores do partido da social democracia brasileira (PSDB) – 1988-1994
DOI:
https://doi.org/10.22409/rcc.v3i1.1367Palavras-chave:
PSDB, BrasilResumo
Iniciaremos nosso trabalho com uma brevíssima abordagem sobre a Social-democracia, necessária para a contextualização do partido a ser analisado. Parte substantiva da bibliografia que se debruça sobre a história da social-democracia indica que, a variante ideológica e a espaço-temporal do movimento dificultam sua precisa definição enquanto proposta política. Isto porque não é possível citar um partido de tendência social democrata – como, por exemplo, o Partido Trabalhista Inglês ou o Partido Social-Democrático Alemão - sem considerar as especificidades internas de cada um, as diferenças entre as origens, suas bases de organização e também as variáveis externas que os assolam, como o Estado, a sociedade civil, o desempenho eleitoral, etc. Por um lado, há uma primeira tendência em que os especialistas defendem, grosso modo, que a social-democracia, atua para a transformação da sociedade, não mais como um ritmo acelerado, mas lento e gradual, atentos as oportunidades de avanço, sempre pautados na política institucional eleitoral, mas, ainda mantendo o objetivo de transformação da sociedade e não somente uma acomodação. Por outro, encontra-se uma segunda vertente cujos estudiosos, de um modo geral, assinalam que a social-democracia não foi homogênea ou unânime, enquanto movimento histórico, vivendo sempre em busca de sua própria identidade, que se configurou tanto no debate interno quanto no debate com o marxismo, até o definitivo abandono deste.