OS CAHIERS DE SIMONE WEIL NO BRASIL:

UMA PRESENÇA POR VIR

Autores

  • Thiago Mattos CEFET-MG

Palavras-chave:

Simone Weil; Cahiers; Tradução

Resumo

Filósofa, mística, militante, poeta, dramaturga, tradutora, professora, operária, trabalhadora rural — Simone Weil (1909-1943) é irredutível nos “conteúdos” da sua obra. Pode-se considerar também certa irredutibilidade da sua forma: equilibrando-se entre filosofia (pensamento), escrita (criação) e vida (experiência), Weil, excetuados seus artigos, dedica-se a uma escrita cumulativa, descontínua e supostamente inacabada. Seus Cahiers são um exemplo privilegiado dessa dupla irredutibilidade: esboços de aforismos, ideias de capítulos, poemas rascunhados, pedaços de tradução comentada, “tentativas ensaísticas” que atravessam a filosofia pré-socrática, os Upanixades, a mística cristã, os ensinamentos budistas, a poesia francesa, as teorias da ciência e também certa escrita de si. Nos anos 1950 e 1960, autores como Camus, Bataille, T. S. Eliot, Susan Sontag etc. se voltam para suas obras póstumas; a partir dos anos 2000, com a publicação das Oeuvres complètes, Alfonso Berardinelli, Agamben e outros pesquisadores da Espanha, Itália, EUA e França revisitam os escritos weilianos. Entre nós, a presença de Weil é relativamente tímida. Apesar do interesse acadêmico a partir dos anos 1990, a autora circula pouco em traduções brasileiras, restringindo-se a algumas obras avulsas mais marcadamente “acabadas”. Neste artigo, pretendemos apresentar um panorama da construção editorial da obra de Weil e mostrar a relevância de editar e traduzir seus Cahiers no Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thiago Mattos, CEFET-MG

Professor e Pesquisador.

Poeta.

Downloads

Publicado

2021-06-01