De Onze Para Doze: Transformação do adepto em ator

Autores

  • Esser Jorge Silva Universidade do Minho, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade

Resumo

Resumo: Neste artigo demonstra-se como o espaço do futebol, produtor de um fenómeno
polarizador de grande atração social, sofreu várias transformações ao longo do sec. XX
emergindo, a partir da presença e ação dos meios de comunicação, significativas sociohabilidades tendentes à contenção dos impulsos e ao aumento do autocontrolo emocional
nos estádios. Exploram-se as configurações e mutações operadas desde a massa uniforme,
desindividualizada e irrelevante até à condição indivisível e valorizada do espetador
como o décimo segundo jogador. Concebe-se um estudo demonstrador do processo
civilizacional nos estádios, evidenciando-se o papel da rádio como mediador dos sentidos
e as mudanças associadas à transformação do espetáculo futebolístico em hiperespetáculo
televisivo, responsável pelo ampliar do palco e introdução nas bancadas de elementos
tendentes ao controlo da excitação individual através da exploração de técnicas do corpo,
e do poder da disciplina, com vista à artealização do adepto.
Palavras-chave: Futebol, mídia, excitação, artealização, autocontrolo.

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Biografia do Autor

Esser Jorge Silva, Universidade do Minho, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade

Mestre em Sociologia, doutorando do Programa Doutoral da Fundação Ciência e Tecnologia “Estudos de
Comunicação: Tecnologia, Cultura e Sociedade”

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Publicado

2020-12-29

Edição

Seção

Artigos