Consequências da tese da causalidade para a constituição das ciências morais
DOI:
https://doi.org/10.22409/reh.v6i1%20e%202.67545Resumo
Este artigo se propõe, em primeiro lugar, a apresentar um panorama sucinto de comentários que avaliam as possíveis influências que Newton exerceria sobre Hume: nisso, espera-se situar Hume no entusiasmo em torno da figura de Newton, característico do contexto iluminista; além de delinear o problema da constituição das ciências morais que, particularmente, no iluminismo escocês, assume forma a partir do modelo e métodos científicos newtonianos. Em segundo lugar, o artigo passa a Uma investigação sobre o Entendimento Humano para mostrar que a viabilidade das ciências morais era uma preocupação de Hume, que transparece em diversos momentos do texto da primeira Investigação. Tendo caracterizado a atividade científica, o artigo passa à implicação para constituição das ciências morais que surge das posições humeanas sobre causalidade. As conclusões de Hume para a noção de causa e suas considerações a respeito de probabilidade equiparam os domínios da filosofia moral e natural, na medida em que atribuem a ambas o mesmo tipo de raciocínio, apresentando uma solução original para o desafio que o programa newtoniano lança à ciência da natureza humana. O artigo, assim, explorará como a argumentação de Hume a respeito das relações causais oferece um recurso original para estreitar a distância entre as ciências de um campo e de outro, cuidando especialmente da caracterização que Hume faz de ciência moral.
Palavras-chave: causalidade; probabilidade; costume; ciências morais e naturais
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Alana Boa Morte Café

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Para submeter um manuscrito, os autores devem realizar o cadastro na plataforma, fornecer os dados solicitados e seguir as orientações recomendadas. Para tanto, será necessário apresentar o número da identidade de pesquisador. Para obtê-lo, é necessário realizar o cadastro na plataforma Open Researcher and Contributor ID (ORCID).
Ao submeter um manuscrito, os autores declaram sua propriedade intelectual sobre o texto e se comprometem com todas as práticas legais relativas à autoria. A submissão implica, ainda, na autorização plena, irrevogável e gratuita de sua publicação na REH, a qual se responsabiliza pela menção da autoria.
A REH tem acesso aberto e não cobra pelo acesso aos artigos.
Orientando-se pelo princípio de que tornar público e disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização mundial do conhecimento, a REH adota a política de acesso livre e imediato ao seu conteúdo.
No mesmo sentido, a REH utiliza a licença CC-BY, Creative Commons, a qual autoriza que terceiros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que se reconheça e torne público o crédito da criação original.