Como tornar-se um espírito livre?
DOI:
https://doi.org/10.22409/reh.v4i01.67393Abstract
Quando evocamos a nossa adolescência, descobrimos que ela é aquele período da nossa
vida em que se abre entre nós e nós uma cisão. Raras vezes o adolescente consegue
perceber o que é uma criança e, sobretudo, não consegue fazer a passagem da sua
própria infância até onde ele está. Nesse sentido, a adolescência é a condição não
rememorativa por excelência da vida humana. É a época em que a tolerância diminui
drasticamente, em que nos perguntamos se a vida não é um sonho. (Esta é uma pergunta
que uma criança não pode fazer, pois para ela é tudo real). E tudo nos parece vir do nada
ou, pelo menos, desejaríamos que assim fosse, que tudo viesse do nada, nós próprios
gostaríamos de ter vindo do nada, gostaríamos de ser autores da nossa vida. Está-se no
coração de uma separação, de um desajustamento essencial às regras da sobrevivência,
o que faz da adolescência a fonte de onde parecem provir todos os exercícios críticos,
formas de inadaptação que podem manter-se transformadas, mais ou menos
profundamente, e redimidas, mais ou menos profundamente, pela vida fora.
Palavras-Chave
Liberdade, Espírito
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Copyright (c) 2025 Maria Filomena Molder

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