A tragédia em Hume e a dimensão qualitativa das ideias
DOI:
https://doi.org/10.22409/reh.v7i2.67709Resumo
O artigo pretende analisar a discussão realizada por Hume no ensaio Da tragédia, investigando a originalidade da tese do autor em relação às “filosofias da inquietude”, bem como quanto a uma concepção segundo a qual as emoções trágicas se inserem no âmbito dos prazeres da imaginação. Nesse contexto, a intenção é aprofundar a compreensão acerca do que representa a ideia humeana segundo a qual a resolução do paradoxo da tragédia exige a explicação dos mecanismos responsáveis pela criação de um sentimento novo, a partir do vínculo entre imaginação e paixões. Assim, será fundamental debater com maiores detalhes a exposição do autor escocês do que entende como um processo de transferência de força entre as paixões dolorosas e as emoções prazerosas, bem como o papel da eloquência nessa transferência. Trata-se de mostrar o aprofundamento, em Hume, da mudança de perspectiva em relação à arte, com base na qual há a centralização da explicação da experiência estética na discussão sobre a natureza do ato mental do espectador. E, em contrapartida, indicar de que modo a sua análise no ensaio também envolve indiretamente temas fundamentais para a estética britânica do século XVIII, tais como os limites entre prazer e dor e as fronteiras entre beleza e sublimidade.
Palavras-chave: tragédia; espectador; imaginação; paixões
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