Hume e o papel da filosofia em uma boa vida
DOI:
https://doi.org/10.22409/reh.v6i1e2.67683Resumo
Neste texto, proponho que Hume tem uma concepção de boa vida dentro da qual a filosofia tem um papel importante. Essa concepção, e o diagnóstico de que a maior parte das pessoas não a seguem por ignorância e preconceito contra a filosofia, foram motivações importantes para a atividade literária desse filósofo. Sugiro com isso que a escrita humeana tem uma motivação “ética”, no sentido Antigo deste termo: a de convencer seus leitores a mudarem suas vidas. Procuro mostrar como ela já está presente no Tratado, mas ganha contornos mais bem-acabados nos Ensaios, em especial nos “quatro ensaios sobre a felicidade”, e que entre o Tratado e os Ensaios Hume desenvolve o ‘leitor-ideal’ que pode ser convencido por essa proposta. Busco, por fim, definir o projeto de ‘eudaimonia’ humeano como tendo três funções para a filosofia: como boa candidata a paixão central em uma vida; como produtora de objetos com os quais é bom se relacionar; e como operadora de uma ‘violência’ sobre nossos hábitos que nos motive a cultivar paixões saudáveis como a curiosidade filosófica.
Palavras-chave: Hume; eudaimonia; boa vida; paixões; curiosidade; filosofia
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