O que um filósofo escocês do século XVIII teria a dizer sobre as big techs, bots, epistemic bubbles e echo chamber? Hume, as facções e a era digital
DOI:
https://doi.org/10.22409/reh.v11i2.67788Resumo
O artigo objetiva investigar a pertinência das teorias moral e política de David Hume diante da era digital, caracterizada pela interconectividade, domínio da esfera pública pelas Big Techs e um emergente léxico de termos como bots, epistemic bubbles e echo chambers. Recorrendo a estudos dos teóricos das redes e pesquisas empíricas, o artigo primeiro questiona como a opinião é influenciada pela revolução tecnológica. Depois, a partir do arcabouço teórico humeano, especificamente da conclusão de que a razão é (e sempre foi) escrava das paixões, propõe a hipótese de que as “paixões violentas” podem ser radicalizadas na era digital. Finaliza abordando o papel das regras jurídicas na regulação de conflitos na era digital não a partir de uma análise que dependa do conteúdo de discursos e opiniões, mas que mobilize a própria arquitetura das mídias sociais já considerando a propensão das pessoas de agir a partir das paixões e do princípio da simpatia. Os resultados destacam a atualidade das teorias de Hume na era digital, sugerindo que a aparente irracionalidade online pode ser uma amplificação das tendências humanas preexistentes, em vez de algo novo.
PALAVRAS-CHAVE: David Hume; Facções; Era Digital; Razão; Paixões.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Tailine Hijaz

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Para submeter um manuscrito, os autores devem realizar o cadastro na plataforma, fornecer os dados solicitados e seguir as orientações recomendadas. Para tanto, será necessário apresentar o número da identidade de pesquisador. Para obtê-lo, é necessário realizar o cadastro na plataforma Open Researcher and Contributor ID (ORCID).
Ao submeter um manuscrito, os autores declaram sua propriedade intelectual sobre o texto e se comprometem com todas as práticas legais relativas à autoria. A submissão implica, ainda, na autorização plena, irrevogável e gratuita de sua publicação na REH, a qual se responsabiliza pela menção da autoria.
A REH tem acesso aberto e não cobra pelo acesso aos artigos.
Orientando-se pelo princípio de que tornar público e disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização mundial do conhecimento, a REH adota a política de acesso livre e imediato ao seu conteúdo.
No mesmo sentido, a REH utiliza a licença CC-BY, Creative Commons, a qual autoriza que terceiros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que se reconheça e torne público o crédito da criação original.