Da instituição do temor e do tremor
DOI:
https://doi.org/10.22409/reh.v1i00.66125Resumo
Resumo
Investigaremos, por tudo o que foi dito sobre crenças na psicanálise, o argumento lógico de Anselmo acerca da existência de essências (prova ontológica da existência de Deus), bem como, as objeções apresentadas por Tomás. Temos como objetivo mostrar, como o faz Fernando Gil, a estrutura contígua presente na assertiva da existência de essências e na assertiva acerca da existência da soberania. Para que sejamos capazes de dizer que a soberania existe, antes devemos ser capazes de pensar alguma coisa além da qual nada pode ser pensado; como a existência de Deus. Contudo, para além das pesquisas de Fernando Gil, vamos examinar as teses de Tomás acerca do temor e do tremor enquanto fundamentos da autoridade política. As perguntas que nos fazemos, em virtude das questões de Anselmo sobre aqueles que sabem da existência de Deus, mas não sentem Deus, é a seguinte: pode a soberania estar fundada apenas no argumento ontológico, pode estar fundada, apenas, no argumento da causação do temor e do tremor, ou a soberania, necessariamente, é fundada, na dupla articulação entre o saber, lógico e ontológico, e as estratégias de produção de temor e tremor? Isto para, afinal, postularmos: a soberania ao invés de ser relacionada com o infinito não deveria ser relacionada com a idéia de ilimitado? Se a prova da existência de essências faz com que Deus seja encontrado no infinito, não deveria ser a soberania fundada na concepção de ilimitado? Qual seria a distinção entre o infinito e o ilimitado? Uma vez a soberania relacionada com a idéia de ilimitado, poderia ela ser fundamento da autoridade?
Palavras-chave:
Anselmo, Fernando Gil, Autoridade Política
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