Quem tem medo da cultura de massa? Uma reflexão em torno da Caravana Farkas e da cultura popular na pós-modernidade
DOI:
https://doi.org/10.22409/gambiarra.v2i2.30740Parole chiave:
cultura de massa, Caravana Farkas, cinemaAbstract
No final dos anos 60, um grupo de jovens cineastas capitaneados pelo fotógrafo Thomas Farkas parte para o interior do nordeste com o objetivo de registrar a arte, a cultura e as tradições populares, que eles acreditavam estar em vias de extinção pelo avanço da cultura de massas que cobria o território nacional. O modelo econômico implantado com o golpe de 64 acelerava a industrialização, criava novos hábitos de consumo e convivência. Com o objetivo de unificação nacional e o slogan publicitário: “integrar para não entregar” o governo militar possibilitou um investimento maciço do Estado na implantação do sistema de satélites que passaram a ligar o país através de redes nacionais de televisão. O audiovisual tornara-se presença indispensável no cardápio brasileiro e dava, em contrapartida, a sustentação popular ao regime político.
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