A Presença dos Objetos: A Vespa
DOI:
https://doi.org/10.22409/gambiarra.v1i1.30310Palavras-chave:
fenomelogia, design, históriaResumo
Os objetos que hoje nos rodeiam e constituem a realidade material são, em sua maioria, produtos da indústria e, em grande parte, resultados de um projeto racional de design. São tantos e estamos tão habituados com sua companhia que, frequentemente, nossa atitude diante deles é de indiferente distração. Escolhê-los como objeto de reflexão implicaria em tirá-los da invisibilidade resultante dessa indiferença e tentar perceber de que maneira o fenômeno de sua presença interfere na existência das pessoas, afetando as consciências e inscrevendo-se na cultura. Encaro esse texto como um pequeno exercício de apreciação e reflexão fenomenológica a respeito de um desses objetos, a motoneta tipo Vespa, e, para tanto, parto do cruzamento de diversos fatores: a grande empatia que sinto como observadora de sua circulação pela cidade; relatos de usuários nos sites de seu imenso fã-clube; a minha experiência direta como carona; sua presença marcante em alguns filmes e, também, do conhecimento do seu papel na história, desde quando surge no mundo, onde extrapola, rapidamente, os limites de sua objetividade e passa a integrar o universo subjetivo.
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Referências
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Filmes:
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Caro Diário. Dir.: Nanni Moretti, 1993. Itália.
La Dolce Vita. Dir.: Federico Fellini, 1960. Itália.