Ciberespaço, espacialidade e identidade na construção de sociabilidades da juventudade M1L GR4U

Autores

  • Johnathan Pereira Alves Diniz Universidade Federal de Goiás

Palavras-chave:

Interações juvenis, Práticas culturais, Metrópole Goiânia, Itinerários virtuais, Imaginário da cidade

Resumo

Discute-se neste artigo, a partir do imaginário da Metrópole Goiânia, o ciberespaço, como lugar das práticas culturais exercidas pela Juventude M1L GR4U. Pressupõe-se que a compreensão do ciberespaço da Metrópole Goiânia, perpassa pela linguagem humorística, sem dissociar da Metrópole real, permeados por práticas culturais juvenis, lugar este onde exercem a sua espacialidade e identidade. A articulação em viver o espaço se caracteriza na leitura da cidade, pois são nas dinâmicas sócio-espaciais que evidenciam as vivências juvenis. Mediante abordagem semiótica, foi realizada a análise ao vídeo intitulado “Coronacésio”, postado na página de mídia social Goiânia M1L GR4U, que utiliza o humor e a ironia para retratar o cotidiano da Metrópole. Percebe-se que a juventude se lança no fluxo constante do ciberespaço, aprendendo formas de compreender a realidade, potencializada pela interatividade, em que tais imagens tornam o espaço urbano o lugar de proximidade, do encontro e da imaginação, criando territorialidades, espacialidades e gerando identificação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACSELRAD, Marcio. O humor como estratégia de comunicação. In: ANAIS DO 12° ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 2003, Recife. Anais eletrônicos... Campinas, Galoá, 2003. Disponível em: <https://proceedings.science/compos-2003/papers/o-humor-como-estrategia-de-comunicacao> Acesso em: 31 jan. 2022.

ARRIBA, Carmen Gil de. Ciudad e imagen: un estudio geográfico sobre las representaciones sociales del espacio urbano de Santander. Cantabria: Universidad de Cantabria, 2002.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila; Eliana Lourenço de Lima Reis; Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Edunb/Hucitec, 1987.

BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. Os gêneros do discurso. Organização, tradução, posfácio, notas e glossário de P. Bezerra; notas da edição russa de S. Botcharov. São Paulo: Editora 34, 2016.

BERGSON, Henri. O riso: ensaio sobre a significação da comicidade. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

BRANDÃO, Carlos R. Viver um tempo, habitar um espaço – a visita de um antropólogo à geografia. In: BRANDÃO, Carlos R. “No Rancho fundo”: espaços e tempos no mundo rural. Uberlândia: EDUFU, 2009. p. 15-31.

CANEVACCI, Massimo. A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. Trad. Cecília Prada. 2. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2004.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Jovens escolares e a cidade: concepções e práticas espaciais urbanas cotidianas. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 35, v. esp., p. 74-86, 2013.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Trad. Ephraim F. Alves. 22ed. Petrópolis: Vozes, 2014.

CHAGAS, Viktor; FREIRE, Fernanda Alcântara; RIOS, Daniel; MAGALHÃES, Dandara. A política dos memes e os memes da política: proposta metodológica de análise de conteúdo dos memes dos debates eleitorais de 2014. Intexto, Porto Alegre, n. 38, p. 173-196, jan./abr. 2017.

CHAUL, Nasr Fayad. Goiânia: a capital do sertão. Revista UFG, Goiânia, ano XI, n. 6, p. 100-110, jun/2009.

CHAVEIRO, Eguimar Felício. Dizibilidades literárias: a dramaticidade da existência nos espaços contemporâneos. Geograficidade, Niterói, v. 5, n. 1, p. 40-50, 2015.

CHAVEIRO, Eguimar Felício; GONÇALVES, Ricardo Junior de Assis Fernandes; BORGES, Ronan Eustáquio. Geografia e literatura, migração e existência: o transmundo de Monsalim. Revista Geografar: Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPR, Curitiba, v. 14, n. 2, p. 287-302, jul./dez., 2019.

CORONACÉSIO. Realização de Goiânia Mil Grau. Goiânia: Goiânia Mil Grau, 2020. (3 min.), son., color. Legendado. Disponível em: https://www.facebook.com/goianiamilgrauoficial. Acesso em: 25 nov. 2020.

DI FELICE, Massimo. Paisagens pós-urbanas: o fim da experiência urbana e as formas comunicativas do habitar. São Paulo: Annablume, 2009.

EDUARDO, Leonardo. Páginas criadas nas redes sociais brincam com hábitos e cultura de Goiânia. O Popular, Goiânia, nov./2016. Magazine, sem paginação. Disponível em: https://www.opopular.com.br/noticias/magazine/p%C3%A1ginas-criadas-nas-redes-sociais-brincam-com-h%C3%A1bitos-e-cultura-de-goi%C3%A2nia-1.1183323. Acesso em: 12 fev. 2020.

FORTUNA, Carlos; PEIXOTO, Paulo. A recriação e reprodução de representações no processo de transformação das paisagens urbanas de algumas cidades portuguesas. In: FORTUNA, Carlos; SILVA, Augusto Santos (org.). Projeto e circunstância: culturas urbanas em Portugal. Lisboa, Portugal: Afrontamentos, 2002. p.15-65

GOMES, Renato Cordeiro. Todas as cidades, a cidade: literatura e experiência urbana. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

GRAU, Goiânia Mil. Itinerários juvenis na cidade imaginada. Goiânia, 19 jan. 2018. Instagram: @goianiamilgrau. Disponível em: https://www.instagram.com/goianiamilgrau/. Acesso em: 02 mar. 2022.

HAESBAERT, Rogério. Identidades territoriais. In: ROSENDAHL, Zeni; CORRÊA, Roberto L. (org.). Manifestações da cultura no espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999. p. 169-190.

HAESBAERT, Rogério. Hibridismo, mobilidade e multiterritorialidade numa perspectiva geográfico-cultural integradora. In: SERPA, Angelo (Org.). Espaços culturais: vivências, imaginações e representações. Salvador: EDUFBA, 2008. p. 393-419.

HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do ‘fim dos territórios’ à multiterritorialidade. 10 ed. Rio de Janeiro: Betrand Brasil, 2016.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz T. da Silva, Guaciara L. Louro. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

IASBECK, Luiz Carlos Assis. Método semiótico. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio Barros (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. 2ed. São Paulo: Atlas, 2008. p. 193-205.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. 2ed. São Paulo: Editora 34, 2000.

LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 2011.

MAFFESOLI, Michel. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. 2ed. Trad. Maria de Lourdes Menezes. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1998.

PAZ, Octávio. El linguagem. In: PAZ, Octávio. El Arco y La Lira. México: Fondo de Cultura, 1956. p. 29-38.

PESAVENTO, Sandra Jatahy. O imaginário da cidade: visões literárias do urbano – Paris; Rio de Janeiro; Porto Alegre. 2ed. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2002.

POSSENTI, Sírio. Os humores da língua: análises linguísticas de piadas. Campinas: Mercado de Letras, 1998.

RECUERO, Raquel. Sobre sites de redes sociais. In: RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. 2ed. Porto Alegre: Sulina, 2014. p. 178-187.

REGUILLO, Rosana. Pensar los jóvenes: um debate necessário. In: REGUILLO, Rosana. Culturas juveniles: formas políticas des desencanto. Buenos Aires: Siglo Veintiuno editores, 2013. p. 19-38.

SANTAELLA, Lúcia. O leitor ubíquo. In: SANTAELLA, Lúcia. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013. p. 265-284.

SANTAELLA, Lucia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2007. (Coleções primeiros passos).

SANTOS, Andréa Pereira dos. Juventude da UFG: trajetórias socioespaciais e práticas de leitura. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Estudos Socioambientais, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2014.

SOUZA, Marcelo Lopes de. Apresentação: socioespacial, sócio-espacial... ou sobre os propósitos e o espírito deste livro. In: SOUZA, Marcelo Lopes de. Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013. p. 9-18.

ALTERMANN, Dennis. Qual a diferença entre redes sociais e mídias sociais? Midiatismo: Observando e traduzindo o mundo digital. 2010. Disponível em: https://www.midiatismo.com.br/qual-a-diferenca-entre-redes-sociais-e-midias-sociais. Acesso em: 31 jan. 2022.

TURRA NETO, Nécio. Enterrado Vivo: identidade punk em Londrina. São Paulo: Editora UNESP, 2004.

TURRA NETO, Nécio. Múltiplas trajetórias juvenis em Guarapuava: territórios e redes de sociabilidade. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2008.

TURRA NETO, Nécio. Movimento hip-hop do mundo ao lugar: difusão e territorialização. Revista de Geografia, v. 1, número especial, p. 1-11, 2013.

Downloads

Publicado

2023-04-17

Como Citar

Diniz, J. P. A. (2023). Ciberespaço, espacialidade e identidade na construção de sociabilidades da juventudade M1L GR4U. Geograficidade, 12(1), 15-29. Recuperado de https://periodicos.uff.br/geograficidade/article/view/49696

Edição

Seção

Artigos