Narrativas andançantes
caminhar como prática de encantamento
Palabras clave:
errância urbana, processo de criação, escrita performativaResumen
Um convite: interrompa a leitura deste resumo, pule para a carta de boas-vindas. Alerta spoiler: a surpresa é um elemento importante deste texto, por isso a minha sugestão. Se eu não te convenci, vamos lá.
Neste artigo são compartilhadas narrativas escritas logo após a realização de errâncias urbanas, feitas durante o primeiro semestre de 2022. Errância urbana é o nome dado por Paola Berenstein Jacques à prática de caminhar pela cidade com o propósito de desfrutar o caminho, sem pressa e sem lugar para chegar. As narrativas estão disponíveis como texto escrito e em áudio e são um dos elementos que compõem a instalação artística Andançar, uma criação em processo, que vem sendo desenvolvida desde 2021, junto a quandonde intervenções urbanas em arte. Além da descrição de Andançar, são apresentados seus alicerces conceituais e o modo
como tenho praticado uma escrita em arte.
Descargas
Citas
BAFFI, Diego Elias. “Olha o Palhaço no Meio da Rua!”: O Palhaço Itinerante e o Espaço Público como Território de Jogo Poético. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.
BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.
BOITO, Sofia Rodrigues. Deslocamento, urbanidade e gênero: quem pode flanar?. In: III Encontro Arte, Cidade e Urbanidades. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2 dez. 2020. 1 vídeo (3 h: 04 min: 20 segs.). Disponível em: https://youtu.be/3KbwNwvV4Wc. Acesso em: 2 dez. 2020.
BOITO, Sofia Rodrigues. Escritas performativas: Textualidades criadas por corpos e espaços Tese (Doutorado) – Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.
CAMPOS, Haroldo de. Da Tradução como Criação e como Crítica. In: CAMPOS, Haroldo de. Metalinguagem e outras metas. São Paulo: Perspectiva, 2006.
CARERI, Francesco. Walkscapes: o caminhar como prática estética. São Paulo: Editora G. Gili, 2013.
CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano I: as artes do fazer. Petrópolis: Vozes, 1998.
CVEJIĆ, Bojana; VUJANOVIĆ, Ana. Esfera pública através da performance. In: PAIS, Ana (Org.). Performance na Esfera Pública. Lisboa: Orfeu Negro, 2017.
EUGENIO, Fernanda. Caixa-Livro. Rio de Janeiro: Fada Inflada, 2019.
FABIÃO, Eleonora. Performance e teatro: poéticas e políticas da cena contemporânea. Sala Preta, São Paulo, n. 8, p. 235-246, 2008.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
JACQUES, Paola Berenstein. Elogio aos Errantes. Salvador: EDUFBA, 2012.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EXO Experimental org.; Ed. 34, 2009.
LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994.
LICONTI, Juliana Lima. Pistas para uma poética dos acidentes. Dissertação (Mestrado) – Curso de Teatro, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.
LICONTI, Juliana Lima. A performance como suporte: experimentações em uma escrita performativa. Anais... XX Colóquio do PPGAC/UNIRIO: a pós-graduação em artes e os novos suportes da cena. Rio de Janeiro: Raphael Cassou, 2020a.
LICONTI, Juliana Lima. Perfografia e escrita situada: caminhos para uma pesquisa em arte. DAPesquisa, v. 15, n.esp., p. 1-17, 2020b.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
PAULINO, Silvia Campos; OLIVEIRA, Rosane. Vadiagem e as novas formas de controle da população negra pós-abolição. Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p.94-110, 2020.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: QUIJANO, Anibal. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 117-142.
ROLNIK, Suely. Esferas da Insurreição: Notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018.
VELOSO, Verônica; CAUN, Paulina Maria. Cortar a cidade com os pés: sobre travessias em paisagens brasileiras. BOITATÁ, Londrina, n. 25, p. 75-90, jan./jun. 2018.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas Canibais: Elementos para uma antropologia pós-estrutural. 1 ed. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
