Arquitetura hostil e hermenêutica ética
Mots-clés :
Design urbano, Controle social, Direito à moradia, Ética hermenêuticaRésumé
Além do valor intrínseco da arquitetura, isto é, de ocupação do espaço e de expressão cultural e histórica de um povo, no presente artigo, propomo-nos a refletir sobre um problema que engloba a arquitetura, mas acaba por entrecruzar-se com aspectos da filosofia sociopolítica, a saber, a arquitetura hostil. Na primeira seção, apresentaremos alguns elementos da arquitetura tradicional e das implicações sociopolíticas da arquitetura hostil, perpassando aspectos da arquitetura como forma de expressão artística e ocupação do espaço. Na segunda seção, abordaremos a hermenêutica filosófica de Gadamer, em sua dimensão ética, considerando o controle e a exclusão de pessoas e a privatização de espaços públicos, propondo a necessidade de se compreender o mundo e ocupar espaços considerando o outro na equação. Com isso, esperamos poder contribuir com o debate da arquitetura hostil, que é recente, a partir de uma proposta de ética e alteridade presente na hermenêutica gadameriana.
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