A prática artística do coexistencializar
não chegar onde desejamos, mas nunca esquecer da potência do sentir-com
Mots-clés :
Arte Contemporânea, Coexistência, EspaçoRésumé
Ao longo deste artigo, desenvolvi uma reflexão sobre minha prática artística, entre 2020 e 2022, em que elaborei o conceito operatório coexistencializar, articulando questões sobre como temos nos relacionado uns com os outros e com os ecossistemas. Para tanto, apoiei-me na prática artística de Lygia Clark, os conceitos de espaço fluido e meshwork do antropólogo Tim Ingold, o conceito de Corpo sem Órgãos de Deleuze e Guattari e ao espaço de Doreen Massey. Iconograficamente, utilizei balões, vasos, terra, e outros materiais, enfatizando as características fluídicas presentes nos balões, visando realizar experiências que possibilitam provocar, em algum grau, percepções sensoriais de estar junto a algo e evidenciar, através dos sentidos, coexistência nas experiências.
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