Espaços de cores: experiências e sentidos em Vincent van Gogh / Color spaces: experiences and senses in Vincent van Gogh

Autores

  • Jean Carlos Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.22409/geograficidade2018.82.a13129

Palavras-chave:

Formas Simbólicas. Espaço Virtual. Arte. Vincent van Gogh.

Resumo

O artigo que apresentamos tem por finalidade discutir sobre o espaço na arte, com ênfase no espaço virtual, o espaço da pintura, que também se constitui como um espaço de cores. Este debate é construído a partir das concepções de formas simbólicas de Ernst Cassirer, e de formas significantes e espaço virtual de Susanne K. Langer. Com base nestes autores, parte-se do entendimento da arte como uma forma simbólica capaz de produzir representações de mundo e criar espacialidades artísticas, próprias do universo da pintura, mas produtos de uma mente tipicamente humana. Para tanto, tomamos como referência as obras “Memory of the Garden at Etten” [Memórias do Jardim de Etten] (1888) e “A Pair of Leather Clogs” (1889) [Um Par de Tamancos de Madeiras], ambas de Vincent van Gogh, da qual elaboramos um debate sobre estas formas simbólicas produzidas a partir das subjetividades da vida do artista, repleta de significados particulares, mas também produtoras de um universo simbólico muito específico, a saber, o espaço virtual. Para desenvolvermos este trabalho, as concepções de arte e de símbolo apoiadas em Suzanne K. Langer foram tomadas como nosso direcionamento teórico.

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Publicado

2018-11-06

Como Citar

Rodrigues, J. C. (2018). Espaços de cores: experiências e sentidos em Vincent van Gogh / Color spaces: experiences and senses in Vincent van Gogh. Geograficidade, 8(2), 65-77. https://doi.org/10.22409/geograficidade2018.82.a13129

Edição

Seção

Dossiê: Fenomenologias da Experiência Geográfica