A LUMINOUS symbol IN THE WOODS OF MINAS GERAIS: FROM INDIGENOUS SETTLEMENT TO THE INDIGENOUS COLONY OF ITAMBACURI (1840-1910)
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2022.v24i52.a46623Keywords:
Territory, Region, Northern Minas Gerais, Mucuri Valley, Indigenous PolicyAbstract
The goal of this paper is to understand how Itambacuri – which is born as an indigenous settlement and then became an indigenous colony – is integrated, over the long term, with the desire to transform the Mucuri Valley into a useful and productive territory. From the management of several sources, it was pointed out how the imposition of new political and administrative statutes are part of this proposal of conformation and legitimation of the north and northwestern region of Minas Gerais, facing diffuse interests of the Minas Gerais elites located in the other regions that comprised the so-called “mosaico mineiro” (Minas Gerais mosaic). It was found that the constitution of the indigenous settlement /colony of Itambacuri is an epitome which, due to its results, can be admitted as a sort of crowning of a persistent territorial appetite that aimed not only to eliminate obstacles, but to re-signify them and integrate them as pillars in the construction of a civilized, mestizo and Christian Minas Gerais. In this sense, the colony has perfected some ongoing space processes: i.) the fixation of the indigenous (transmuting it into national); ii.) the settlement of the region as a new population; iii) the space regulation process, that is, the definition of a new land statute; iv.) the organization of rules for the production, circulation and dissemination of agricultural and manufactured ideas and products. However, the most important aspect of this socio-spatial process of regional change was linked to the institution of new and more elaborate forms of work and management of the once indigenous land.
Keywords: Territory; Region; Northern Minas Gerais; Mucuri Valley; Indigenous Policy
Downloads
References
Fontes primárias
A ACTUALIDADE. Edição 00082, p. 3. Secção Official: Anno IV, 17 de agosto 1881.
A UNIÃO. Os capuchinhos em Minas – A colônia indígena do Itambacury. Rio de Janeiro, 6 de abril de 1913.
DIARIO DE MINAS. Assembléa Legislativa Provincial – conclusão da sessão ordinária de 26 de novembro pp. Ouro Preto, 18 de dezembro de 1867.
MINAS GERAES. Itambacury. Ouro Preto, 8 de dezembro de 1897.
MINAS GERAES. Mensagem Dirigida pelo Presidente do Estado Julio Bueno Brandão ao Congresso Mineiro em sua 4a sessão Ordinaria da 6a Legislatura no anno de 1914.
MINAS GERAES. Falla que o exm. sr. dr. Theophilo Ottoni dirigio á Assembléa Provincial de Minas Geraes, ao installar-se a 1a sessão de 24a legislatura em 1o de agosto de 1882.
JORNAL DO BRASIL. A Catechese no Sertão de Minas. Rio de Janeiro, 13 de novembro de 1905.
OTTONI, Teófilo Benedito. Noticia sobre os selvagens do Mucuri em uma carta dirigida pelo Sr. Teófilo Benedito Ottoni ao Senhor Dr. Joaquim Manuel de Macedo. RIHGB, 1858.
PALAZZOLO, Frei Jacinto de. Nas selvas dos Vales do Mucuri e do Rio Doce. 3º ed. São Paulo: Brasiliana, 1973.
SILVA, José Bonifácio de Andrada e. Apontamentos para a civilização dos índios bravos do imperio do Brazil. Rio de Janeiro: 1823.
Fontes Secundárias
ABREU, Maurício. (1998) Sobre a memória das cidades. Revista da Faculdade de Letras — Geografia I série, Vol. XIV, Porto, pp.
ALMEIDA, Maria Regina Celestino. (2000) Os índios aldeados no Rio de Janeiro Colonial - Novos Súditos Cristãos do Império Português. Tese de Doutorado, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo.
ALMEIDA SILVA, Adnilson de. (2011) Representações indígenas: territorialidades e identidade – uma aproximação teórica. RA'E GA: O Espaço Geográfico em Análise, v. 23, p. 238-262.
AMANTINO, Marcia. (2008) O mundo das feras: o sertão Oeste de Minas Gerais no século XVIII. São Paulo: Annablume, 2008.
AMOROSO, Marta. (1998) Mudança de Hábito: catequese e educação para índios nos aldeamentos capuchinhos. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v.13, nº 37.
______. (2009) Natureza e sociedade: disputas em torno do cultivo da paisagem em Itambacuri. Revista Brasileira de Ciências Sociais (Impresso), v. 24, p. 65.
ARAÚJO, Valdei Lopes. (2007) (org.) Belo Horizonte: Governo do Estado de Minas Gerais- Secretaria de Estado de Cultura. Arquivo Público Mineiro.
AZEVEDO, Aroldo de. (1959) Aldeias e Aldeamentos de índios. Boletim Paulista de Geografia, n. 33. São Paulo, out. 1959, p. 33-40.
BALÉE, Willian. (2008) Sobre a Indigeneidade das Paisagens. In: Revista de Arqueologia, 21, n.2: 09-23.
BARROS, Clara Emília Monteiro de Barros. (1995) Aldeamento de São Fidélis: o sentido do espaço na iconografia, de. Rio de Janeiro: IPHAN.
CALVO, Thomas. Cidades e Povoados de Índios. In. Cidades do Novo Mundo: ensaios de urbanização e história. (org.) FRIDMAN, Fania. (2013) Rio de Janeiro: Garamond.
CHRYSOSTOMO, Maria Isabel de Jesus. L´Urbanisation des marges de la colonie : l´aldeamento de Guarulhos et la naissance de paroisses, vilas et cidades de la région fluviale de Campos dos Goytacazes (Capitainerie de Rio de Janeiro, XVII - XVIII. In : VIDAL, Laurent & RUYMBEKE, Bertrand Van. (2021) Les Fondations de villes sur les littoraux américains : projets, expériences, adaptations - Brésil et États-Unis, (XVI-XIX) : Rennes Les Perséides.
CHRYSOSTOMO, Maria Isabel de Jesus; SANTOS, Higor. Mozart G. (2016) Política territorial nos sertões dos índios, século XIX. Mercator – Revista de Geografia da UFC. p. 55-71.
CUNHA, Manuela Carneiro da. (2012) Índios no Brasil: história, direitos e cidadania. São Paulo: Claro Enigma.
DERNTL, Maria Fernanda. (2013) Método e arte: urbanização e formação territorial na capitania de São Paulo, 1765-1811. 1. ed. São Paulo: Alameda. v. 1. 272p.
DUARTE, Regina Horta. (1998) Histórias de uma guerra: os índios Botocudos e a sociedade Oitocentista. Revista de História, São Paulo, n. 139, p. 35-53.
FARACO, C. A. (2016) História sociopolítica da língua portuguesa. São Paulo: Parábola.
FERNANDES, Eunícia B. B. (2011) Os jesuítas, os índios e a capitania do Rio de Janeiro: usos e sentidos do espaço. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH, São Paulo, julho 2011.
FREIRE, José Ribamar Bessa & MALHEIROS, Márcia. (1997) Os aldeamentos Indígenas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UERJ.
GRATALOUP, Chistian. (2006) Os períodos do Espaço. In: Revista GEOgraphia. Ano VIII, no16.
GUTIÉRREZ, Ramón. (1989) Arquitetura latino-americana: Textos para reflexão e polêmica Coleção: Coleção Cidade Aberta. São Paulo: Nobel
JOHN, Manoel Monteiro. (2001) Indios e bandeirantes nas origens de São Paulo, São Paulo, Companhia das Letras, 1994; Negros da Terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994; Tupis, Tapuias e Historiadores: estudos de história indígena e do indigenismo. Tese (Livre Docência em Antropologia. Universidade Estadual de Campinas: Campinas (SP).
LEITE, S. (1937) Páginas de História do Brasil. São Paulo; Rio de Janeiro; Recife: Nacional.
LENHARO, Alcir. (1993) As tropas da moderação: o abastecimento da Corte na formação política do Brasil (1808-1842). 2. ed. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes. Coleção Biblioteca Carioca, v. 25.
LOWENTHAL, D. (1998) Como conhecemos o passado? Projeto História, São Paulo, n.17, nov.
MALDI, Denise. (1997) De confederados a bárbaros: a representação da territorialidade e da fronteira indígenas nos séculos XVIII e XIX. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, vol. 40, n. 2, p. 183-221.
MALHEIROS, Márcia. (2007) Homens de Fronteiras: Índios e Capuchinhos na Ocupação dos Sertões do Leste do Paraíba ou Goytacazes, Tese de Doutorado. Rio de Janeiro, UFF.
MARTINS, José de Souza. (1997) Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano. São Paulo: HUCITEC, 1997.
MARTINS, Marcos Lobato. (2015) Uma história das relações sociedade-natureza no Vale do Mucuri:1852-1983. Tempos Históricos, n. 19, p. 413-439, 2015.
Missagia de Mattos, Izabel. (2002) “Civilização” e “Revolta”: Povos Botocudos e Indigenismo Missionário na Província de Minas. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Doutorado em Ciências Sociais do Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas da UNESP.
___________. (2019) Povos Indígenas e Negros nos Sertões do Leste: transição para a República e nacionalidade. TELLUS (UCDB), v. 19, p. 49-77.
MONTEIRO, Norma de Góis (Coord.). (1994) Dicionário biográfico de Minas Gerais: período republicano 1889-1991. Belo Horizonte: Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais. 2 v., il.
NABINGER, Maria Luisa. (2009) Capuchinhos e Jesuítas: emissários do poder político europeu (séculos XVI-XVII). In: RIHGB, Rio de Janeiro, a. 170 (443): 87-96, abr./jun.
OMEGNA, Nelson Backer. (1961) A cidade colonial. Rio de Janeiro: José Olympio, p. 65.
PACÓ, Domingos Ramos. Hámbric anhamprán ti mattâ nhiñchopón? 1918. In: RIBEIRO, Eduardo. (1996) org. Lembranças da Terra: histórias do Mucuri e Jequitinhonha. Contagem: Cedefes, pp. 198-211, (1918).
PARAISO, Maria Hilda Boqueiro. (2000) Imigrantes europeus e índios: duas soluções para a questão da substituição da mão-de-obra escrava africana no Brasil na década de 1850. In: Inquice Revista de Cultura, no 1 nov/dez/jan.
SEYFERTH, Giralda. (1996) Construindo a nação: hierarquias raciais e o papel do racismo na política de imigração e colonização. In: M. Chor Maio & R. Ventura Santos (orgs.). Raça, ciência e sociedade. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ CCBB. pp. 41-58.
VIDAL, Laurent. (2016) A gênese dos pousos no Brasil moderno: considerações sobre as formas (urbanas) nascidas da espera. In: Revista TEMPO, Niterói, v. 22, n.40, p.400-419, agosto.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 GEOgraphia

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista GEOgraphia, editada pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense, o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. E declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98).
O autor concede e transfere, total e gratuitamente, ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense em caráter permanente, irrevogável e não exclusivo, todos os direitos autorais patrimoniais não comerciais referentes aos artigos científicos publicados na revista GEOgraphia. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores e dos membros do Conselho Editorial da revista.

Os trabalhos publicados estão simultaneamente licenciados com uma licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.