ENTRE O PANORÂMICO E O RECÔNDITO NAS DINÂMICAS PAISAGÍSTICAS CONTEMPORÂNEAS
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2024.v26i56.a58796Palavras-chave:
Paisagem Política, Farol do Mucuripe, Pequena África, Boulevard Olímpico, Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ)Resumo
O caráter visual da paisagem foi alvo de críticas por parte dos geógrafos ao longo do século XX, contribuindo com a não utilização desse conceito na compreensão dos fenômenos políticos. O objetivo do presente artigo é discutir como a tensão entre proximidade e de distância possibilita refletirmos sobre os usos políticos das visualidades a partir de paisagens panorâmicas e recônditas. A análise de casos envolvendo o Farol do Mucuripe, em Fortaleza (CE) e na Região da Pequena África, no Rio de Janeiro (RJ), permite compreender como a mobilização de paisagens específicas por diferentes grupos orienta as ações políticas. Assim, compreendemos a paisagem não como um simples cenário ou apenas uma feição de outros processos, mas um elemento ativo no exercício das práticas políticas contemporâneas realizadas a partir do caráter visual.
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