Morfologia da Paisagem e Imaginário Geográfico: Uma Encruzilhada Onto-Gnoseológica
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2001.v3i6.a13412Palabras clave:
Paisagem, morfologia, hermenêutica, imaginário geográficoResumen
ResumoA experiência que os homens têm da natureza e do espaço, bem como a maneira pela qual eles os modelam de acordo com suas necessidades e desejos é cada vez mais mediada por um imaginário geográfico advindo da inundação de imagens na televisão, rede de computadores, viagens turísticas etc. Este artigo visa levantar um questionamento geral: como trabalhar empiricamente o simbólico de modo a enriquecer a análise geográfica da sociedade? Neste contexto, há um conceito-chave que necessita de permanente releitura, pois se a natureza do Espaço é ontologicamente o investimento último da geografia, sua apreensão via Paisagem é uma de nossas mais ricas tradições, e também mais profundas querelas. As reflexões aqui iniciadas levantam a possibilidade de chegarmos ao entendimento do concreto mediante a inclusão do Imaginário como processo fundamental de compreensão dos fenômenos materiais. Tal abordagem só é possível no contexto de uma hermenêutica re-instauradora do mito, onde trabalhar o simbólico não signifique o caminho oposto de abandonar o racional, mas sim de ampliar as possibilidades de enquadramento dos domínios explicativos da base material contemplando sua indelével transcendência evocativa. Palavras-chaves: Paisagem, morfologia, hermenêutica, imaginário geográfico.
Abstract
Man’s experience of nature and space, together with the way he models them according to his necessities and desires all seems to be more and more mediated by a geographic imagery that has its roots in an overflow of pictures from television, computer networks. tourism, etc. This article aims at posing a general question: how best to work empirically on the symbolic, in order to enrich the geographical analysis of society? In this context there is a key concept that must be permanently revised, for if the nature of Space is geographys ultimate investment, its apprehension via the Landscape comes to be one of our richest traditions, as well as one of our most profound disputes. The reflections here presented raise the possibility of reaching an understanding of the concrete by means of the inclusion of the Imaginaire as the fundamental process in the understanding of material phenomena. Such an approach is only feasible in the context of a hermeneutics that restores the myth, where working on the symbolic does not mean treading on a path that leads away from rationality, and where the possibilities of framing the phenomena of the material basis according to the model of scientific explanation are enhanced.
Keywords: landscape, morphology, hermeneutics, geographical imaginaire.
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