ANÁLISE DO VOCABULÁRIO DA CRISE DA REPÚBLICA ROMANA EM 44 A.C. A PARTIR DAS FILÍPICAS, DE CÍCERO

Autores

  • Gilson Charles dos Santos Professor adjunto de Língua Latina no Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas do Instituto de Letras da Universidade de Brasília.

DOI:

https://doi.org/10.22409/rh.v3i1.10958

Palavras-chave:

Cícero, Filípicas, Júlio César, Guerra Civil, Retórica Antiga.

Resumo

Da análise feita no presente artigo sobre o vocabulário utilizado por Cícero nas Filípicas para caracterizar Marco Antônio e abordar a crise gerada após o assassinato de Júlio César, deduzem-se os elementos básicos do processo que poderíamos precariamente denominar “transição” da república romana para o principado. Em primeiro lugar, esse vocabulário deflagra a impossibilidade de diálogo entre os adversários – o que incidiria diretamente sobre a justificativa da luta armada –; em segundo, pressupõe o fracasso de condições particulares ao funcionamento das relações sociais dentro da comunidade. Assim, a defesa do tiranicídio e da violência bélica como reação adequada ao comportamento rebelde de Marco Antônio, ainda que pretendesse reparar os danos provocados pelas dissensões entre aristocratas romanos e pelas contendas civis, acabou servindo para a compreensão de como o poder se concentrou nas mãos de um só homem público.

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Biografia do Autor

Gilson Charles dos Santos, Professor adjunto de Língua Latina no Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas do Instituto de Letras da Universidade de Brasília.

Graduado em Letras - Latim e Português (2003) pela FFLCH-USP, Licenciado em Letras pela Faculdade de Educação da USP (2004), Mestre (2007) e Doutor em Letras Clássicas (2012) pela FFLCH-USP.

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Publicado

2017-08-09