O PANHELLENION DE ADRIANO: ESPAÇO, INTEGRAÇÃO E IDENTIDADE NO SÉC. II D.C.

Autores

  • Felipe Perissato Doutorando em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (PPGARQ-USP).
  • Maria Cristina Nicolau Kormikiari Docente em Arqueologia Clássica no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo e pesquisadora do Laboratório de estudos sobre a cidade antiga (Labeca-MAE/USP).

DOI:

https://doi.org/10.22409/rh.v3i2.10963

Palavras-chave:

Panhellenion, Adriano, Identidade étnica, Grécia romana, Integração mediterrânica, Evergetismo.

Resumo

A criação do Panhellenion durante o sec. II d.C. foi tanto um projeto de iniciativa imperial quanto das elites provinciais que procuravam integrar a Grécia com o Império Romano. Com função delegada a organização de cultos, de jogos e de festivais pan-helênicos na Grécia, a liga foi um conselho sediado em Atenas que cultivou uma concepção de identidade pan-helênica muito especifica. Esse aspecto ficou evidente tanto nas inscrições que registram as associações das cidades gregas à liga quanto no programa construtivo empregado em Atenas por Adriano. Dessa maneira, este artigo tem como objetivo analisar a criação do Panhellenion como um projeto consciente de política identitária, tendo em vista que a liga institucionalizou uma ideia de pan-helenismo decorrente, sobretudo, de uma leitura romana sobre a Grécia. Além disso, a escolha por Atenas como sede do conselho propiciou sua consolidação como ponto convergente da integração das cidades gregas com Roma.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Perissato, Doutorando em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (PPGARQ-USP).

Possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (2014), mestrado em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (2018) e atualmente é doutorando em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (com bolsa FAPESP). Realizou pesquisas de Iniciação Científica entre 2013 e 2014 (FAPESP) e de mestrado entre 2015 e 2018 (FAPESP), tendo realizado estágios de pesquisa na Scuola Archeologica Italiana di Atene (Grécia) em 2014 e 2016. É membro do Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (Labeca) do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP e participa do Grupo de Estudos Arqueologia Interativa e Simulações Eletrônicas (Arise) do MAE-USP. 

Maria Cristina Nicolau Kormikiari, Docente em Arqueologia Clássica no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo e pesquisadora do Laboratório de estudos sobre a cidade antiga (Labeca-MAE/USP).

Possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1989), mestrado em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (1995), trabalhando com numismática púnica, e doutorado em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (2001), trabalhando com numismática berbere (norte-africana). Realizou seu pós-doutoramento, na área de Arqueologia Espacial (pesquisa de organização social norte-africana), entre 2002 e 2006, pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, com estágio no Centre Camille Julian, da Université de Provence, em Aix-en-Provence, França. Trabalhou na equipe de escavação da Brown University em Corfu, Grécia, entre 1996 e 1999 e foi supervisora de campo nas escavações do sítio romano-castrejo de Tongobriga, em Portugal entre 2004 e 2005, igualmente organizados pela Brown University. Atualmente é docente em Arqueologia Clássica no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo e pesquisadora do Laboratório de estudos sobre a cidade antiga (Labeca-MAE/USP). Tem experiência na área de Arqueologia, com ênfase em Arqueologia Histórica, atuando principalmente nos seguintes temas: Cartago, Norte da África berbere, arqueologia, numismática, iconografia e Arqueologia Espacial e da Paisagem.

Downloads

Publicado

2017-11-10