ENTRE O GÊNERO ESTILÍSTICO E AS RELAÇÕES DE GÊNERO: CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS ELEGIAS OVIDIANAS NO PRINCIPADO DE AUGUSTO (I a.C. / I d.C.)

Autores

  • Ana Teresa Marques Gonçalves Universidade Federal de Goiás
  • Mariana Carrijo Medeiros Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.22409/rh.v4i1.13279

Palavras-chave:

Relações de Gênero, Gênero Elegíaco, Ovídio, Principado de Augusto

Resumo

Ao direcionarmos um olhar atento às conjunturas nas quais estamos inseridos, como aquelas que giram em torno das tentativas de inserção social, política e cultural realizadas pelos Projetos de Leis do Senado como, por exemplo, o da inclusão do projeto “Escola Sem Partido” na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, como mencionado na chamada para o presente Dossiê “Gênero no Mundo Antigo: contribuições para um debate”, percebemos que são inúmeras as formas e as ferramentas que atuam no processo de nomeação, de construção e de naturalização de pensamentos e práticas de exclusão e de desigualdades de gênero. No contato com documentos provenientes do tão vasto mundo antigo, podemos perceber que, ainda que tais povos não conhecessem o que hoje nomeamos enquanto construções culturais e sociais dos gêneros, eles as praticaram em diversas esferas, seja a partir das leis, da cidadania, do teatro, do casamento e, também, a partir dos próprios gêneros estilísticos em que pautavam seus escritos. Elencamos, desta forma, o gênero elegíaco produzido pelo poeta romano Ovídio (I a.C./ I d.C.) para, a partir das obras Amores, Ars Amatoria, Epistulae Heroidum e Remedia Amoris, pensarmos e questionarmos a forma como tais escritos, ao estarem circundados por uma tradição, atuaram neste processo de construção, reafrmação, naturalização e atribuição de papéis de gênero que são, indubitavelmente, historicamente construídos.

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Biografia do Autor

Ana Teresa Marques Gonçalves, Universidade Federal de Goiás

Professora Associada IV de História Antiga e Medieval na UFG. Doutora em História pela USP. Bolsista Produtividade II do CNPq. Coordenadora do LEIR-GO

Mariana Carrijo Medeiros, Universidade Federal de Goiás

Doutoranda em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Goiás. Bolsista Capes

 

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Publicado

2018-08-02