HOSPITALIZAÇÕES RELACIONADAS AO CÂNCER ORAL E FARÍNGEO EM ADULTOS NO SISTEMA PÚBLICOS DE SAÚDE DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.22409/ijosd.v2i70.66989Resumen
O câncer oral e faríngeo representa um desafio significativo para a saúde pública devido ao seu impacto na qualidade de vida e sobrecarga nos sistemas de saúde. Este estudo teve como objetivo analisar as hospitalizações de adultos devido a essa condição no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil entre 2015 e 2024. Foi realizado um estudo ecológico, longitudinal e retrospectivo (série temporal). Foram extraídas informações das hospitalizações de pacientes adultos (20-59 anos) com diagnóstico de câncer oral e faríngeo. O nível de significância foi ajustado em 5%. No período avaliado, 119.556 hospitalizações foram registradas, com uma incidência de 98,7 por 100.000 habitantes/ano. As internações foram urgentes em sua maioria (54,6%). O tempo médio de permanência hospitalar foi de 5,6 dias e o gasto total no período analisado atingiu R$ 252.273.101,15. A taxa de mortalidade hospitalar foi de 10,5%. Houve uma tendência decrescente na incidência de hospitalizações, na duração média da internação e nos custos médios por hospitalização nos últimos dez anos (todos os valores de p <0,05). Em comparação com outras faixas etárias, os adultos apresentaram uma incidência intermediária de hospitalizações e taxa de mortalidade hospitalar, sendo menores do que as observadas em idosos, mas superiores às de crianças e adolescentes (todos os valores de p <0,05). Conclui-se que um número expressivo de internações de adultos por câncer oral e faríngeo foi registrado no SUS nos últimos dez anos, o que difere do padrão observado em outras faixas etárias.
Palavras-chave: Hospitalização; Serviços de saúde pública; Adultos; Neoplasias bucais; Neoplasias faríngeas.