THE SURUÍS AND ENVIRONMENTAL PROTECTION IN RONDÔNIA, AMAZON: THE CASE OF THE FOREST CARBON PROJECT – FCP

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2025.v27i58.a59899

Keywords:

Suruí Forest Carbon Project – PCFS; REDD ; indigenous people; Amazon.

Abstract

The Paiter Suruí live in the Indigenous Land – TI Sete de Setembro located on the borders of the states of Rondônia and Mato Grosso, in the Brazilian Amazon. The advancement of agribusiness within the limits of the IT, combined with the need to generate income, made it possible to lease indigenous lands, increasing monetary inflow into family units, however, favoring deforestation, degradation and depletion of nature. As an alternative, the Paiter Suruí established partnerships with environmental movements, Non-Governmental Organizations - NGOs and technology companies, seeking to protect the territory through sustainable economic activities, developing and implementing the Suruí Forest Carbon Project – PCFS (2007 – 2018) , as a way to avoid logging and guarantee income generation through alternatives that are not associated with deforestation and the depletion of natural resources, aiming to protect the territory, nature and maintain the characteristics of the traditional way of life. However, the implementation process of the aforementioned project highlighted the weaknesses and potential of introducing a new form of organization in the cultural context of an indigenous people. Faced with this problem, this research sought to describe the trajectory experienced by the Paiter Suruí and the PCFS through case study techniques and documentary research. It was concluded that the PCFS was an important territorial protection initiative of the TI Sete de Setembro within the scope of REDD+ as deforestation rates decreased, the generation of monetary income occurred and the knowledge and learning generated will possibly contribute to the construction and regulation REDD+ policy in Brazil, however, government institutions did not comply with the established agreements, mainly the monitoring and expulsion of loggers and miners who continued to explore the IT clandestinely or with the support of some indigenous people opposed to the innovations. In addition to this, the Brazilian State does not have specific legislation that addresses the issue of carbon sequestration, which left the Suruí without legal protection and weakened the agreements signed, resulting in conflicts between the clans. In 2018, some leaders of the Paiter Suruí people took a stance on the PCFS, presenting several criticisms and complaints regarding its management, alleging the loss of autonomy and the division of the people, among others, and requested the extinction of the project.

 

Downloads

Download data is not yet available.

References

ARRUDA, T. J. M.; SOUZA, S. B. de; BARBOSA, R. A. P.; SÃO PEDRO FILHO, F. de. (2020). Elementos de Inovação para o Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura Indígena na Amazônia. Gestão & Regionalidade, [S. l.], v. 36, n. 108, p. 223-243.

ASSOCIAÇÃO METAREILÁ DO POVO INDÍGENA SURUÍ. (2011). Projeto de Carbono Florestal Suruí. Disponível em: https://s3.amazonaws.com/CCBA/Projects/Surui_Forest_Carbon_project/PCFS_PDD_portugues_V1.pdf. Acesso em: 8 nov. 2021.

BECKER, B. K. (2001). Revisão das políticas de ocupação da Amazônia: é possível identificar modelos para projetar cenários? Parcerias estratégicas, [S. l.], n. 12, p. 135-158.

BRASIL. (1988). [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 12 out. 2021.

BRASIL. (2020). Fundação Nacional do Índio. FUNAI. Aldeia do povo Paiter-Suruí investe em produção de cacau no estado de Mato Grosso. Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2020/aldeia-do-povo-paiter-surui-investe-em-producao-de-cacau-no-estado-de-mato-grosso. Acesso em: 18 nov. 2021.

BRASIL. (2022a). Congresso Nacional. Medida Provisória n° 1151, de 2022. Altera a Lei nº 11.284, de 2 de março de 2006, que dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável, a Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007, que dispõe sobre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, a Lei nº 12.114, de 9 de dezembro de 2009, que cria o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, e dá outras providências. Disponível em: https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas-provisorias/-/mpv/155634. Acesso em: 20 mar. 2023.

BRASIL. (2022b). Câmara dos Deputados. Projeto de Lei 1425/2022. Disciplina a exploração da atividade de armazenamento permanente de dióxido de carbono de interesse público, em reservatórios geológicos ou temporários, e seu posterior reaproveitamento. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2388818&fichaAmigavel=nao. Acesso em: 20 mar. 2023.

BRASIL. (2021a). Ministério dos Povos Indígenas. Fundação Nacional dos Povos Indígenas. Com apoio da Funai, etnia Paiter Suruí inicia colheita de café especial sustentável em Rondônia. Disponível em: http://obind.eco.br/2021/07/15/funai-com-apoio-da-funai-etnia-paiter-surui-inicia-colheita-de-cafe-especial-sustentavel-em-rondonia/. Acesso em: 8 nov. 2021.

BRASIL. (2021b). Fundação Nacional do Índio. Com apoio da Funai, etnia Paiter Suruí consolida produção de banana em Rondônia. Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2021/com-apoio-da-funai-etnia-paiter-surui-consolida-producao-de-banana-em-rondonia. Acesso em: 20 mar. 2023.

BRASIL. (2023). IBGE. Censo Demográfico 2022. População e domicílios: primeiros resultados. IBGE, Coordenação Técnica do Censo Demográfico.

CARDOZO, I. B. (Org.). (2011). Etnozoneamento Paiterey Garah: terra indígena Sete de Setembro. Porto Velho, RO. Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental. Disponível em: http://www.kaninde.org.br/wp- content/uploads/2015/11/etnozoneamento_surui_1334547167.pdf. Acesso em: 12 set. 2021.

CELLARD, A. (2008). A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa:

enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, Vozes, p. 295-319.

COY, M. (1988). Desenvolvimento regional na periferia amazônica: organização do espaço, conflitos de interesses e programas de planejamento dentro de uma região de fronteira, o caso de Rondônia. In: AUBERTIN, C. (Org.). Fronteiras. Brasília: UNB, p. 167-194.

COY, M. (1987). Rondônia: Frente Pioneira e Programa Polonoroeste. o Processo de Diferenciação Sócio-Econômica na periferia e os limites do planejamento público. Tübinger Geographische Studien: Tübingen, n. 95, p. 253-270.

FARIA, L.; SUBTIL, M. (2021). Entenda como a cadeia da castanha estimula a economia e ajuda na conservação da Amazônia. Instituto Humanitas Unisinos. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/605938-entenda-como-a-cadeia-da-castanha-estimula-a-economia-e-ajuda-na-conservacao-da-amazonia. Acesso em: 8 nov. 2021.

HAESBAERT, R. C. (2011). O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 368p.

IDESAM. (2018). Organização Não Governamental em Manaus, Amazonas. Projeto Carbono Florestal Suruí: Mineração ilegal força suspensão do primeiro projeto de REDD+ indígena do mundo. In: Notícias Instituto de Conservação de Desenvolvimento do Amazonas, Manaus. Disponível em: https://idesam.org/tag/projeto-carbono-florestal-surui/ Acesso em: 12 mar. 2023.

IBGE. (2010). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil Indígena. 2010. Disponível em: https://indigenas.ibge.gov.br/. Acesso em: 12 mar. 2023.

LAURANCE, W. F.; COCHRANE, M. A.; BERGEN, S.; FEARNSIDE, P. M.; DELAMÔNICA, P.; BARBER, C.; D’ANGELO, S.; FERNANDES, T. (2011). The Future of the Brazilian Amazon. Science, [S. l.], v. 291, n. 5503, p. 438-439.

MALHI, Y., J.; TIMMONS, ROBERTS, R. A.; BETTS, T. J.; KILLEEN, W.; LI, NOBRE, C. A. (2008). Climate Change, Deforestation and the Fate of the Amazon, Science, [S. l.], v. 319, p. 169-172.

MAY, P. H. et al. (2016). The context of REDD+ in Brazil: Determinants, actors and institutions. Updated 3rd Edition.

MELO, K. C.; SILVA, A. de A. (2021). Nambekó-dabadakibá, o lugar onde o facão foi pendurado – o yara chegou - Contato interétnico e reconfigurações territoriais dos Paiter Suruí na Terra Indígena Sete de Setembro, Cacoal/RO. Confins, [S. l.], v. 53, 2021. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/42870. Acesso em: 12 jun. 2024.

MELO, K. C. (2018). “Gente de Verd@ de”: entre coisas de índio e coisas de não índio: novas geografias Paiter Suruí. 2018. 182f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2018.

MOUTINHO, P. ([s.d.]). Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+): Construindo os Alicerces da Economia Verde no Brasil. IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. Disponível em: http://www.fbds.org.br/IMG/pdf/doc-31.pdf. Acesso em: 12 out. 2021.

OVIEDO, A.; LIMA, W. P.; AUGUSTO, C. (2019). O Arco do Desmatamento e suas Flechas Instituto Socioambiental – ISA. Disponível em: https://www.socioambiental.org/sites/blog.socioambiental.org/files/nsa/arquivos/nova_geografia_do_arco_do_desmatamento_isa.pdf#overlay-context=pt-br/noticias-socioambientais/discurso-oficial-contra-fiscalizacao-impulsiona-destruicao-da-floresta-amazonica-mostra-isa. Acesso em: 12 out. 2021.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2011). A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

RAFFESTIN, C. (1993). Por uma Geografia do poder. Tradução Maria Cecília França. São Paulo: Ática. 269p.

ROMERO, Z. M. (2015). O projeto carbono florestal Suruí: Geração de renda e defesa do território. In: VII Congresso Internacional de História; XXXV Encuentro de Geohistoria Regional E XX Semana de História. 2015. Anais [...].

SAQUET, M. A. (2011). Estudos territoriais: Os conceitos de território e territorialidade como orientações para uma pesquisa cientifica. In: FRAGA, N. C. (Org.). Territórios e Fronteiras: (re)arranjos e perspectivas. Florianópolis: Insular, p. 33-50.

SCHWARTZMAN, S.; MOUTINHO, P. (2008). Reduções compensadas: recompensando países em desenvolvimento pela proteção do carbono florestal. Mudanças climáticas e florestas: Políticas emergentes e oportunidades de mercado, p. 227-236.

SURUÍ. (2015). Carbono. Disponível em: http://www.kaninde.org.br/wpcontent/uploads/2015/11/folder_vers_o_final_1334543440.pdf. Acesso em: 12 out. 2021.

SURUİ, G. (2018). Paiterey Karah: A terra onde os paiterey se organizam e realizam a gestão coletiva do seu território. 2018. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho. Disponível em: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/2600. Acesso em: 16 nov. 2021.

VAN DAM, C. (2020). The Economics of Climate Change Mitigation in Indigenous Territories. Forest Trends │ Communities And Territorial Governance Initiative. Disponível em: https://www.forest-trends.org/wp-content/uploads/2020/09/doc_5759_en.pdf. Acesso em: 12 out. 2021.

YIN, R. (2014). Case Study Research: design and methods. 5 ed. Thousand Oaks, CA: Sage. 282p.

YU, C. M. (2004). Sequestro Florestal de Carbono no Brasil: dimensões políticas, socioeconômicas e ecológicas. São Paulo. Annablume, IEB. 293p.

Published

2025-04-07

How to Cite

ROSSETTO, O. C. .; ALVES DA SILVA, C. .; CASTRO DOS SANTOS , S. THE SURUÍS AND ENVIRONMENTAL PROTECTION IN RONDÔNIA, AMAZON: THE CASE OF THE FOREST CARBON PROJECT – FCP. GEOgraphia, v. 27, n. 58, 7 Apr. 2025.