Projeto meninas nas ciências
elevando vozes em busca de representatividade através de narrativas pessoais
DOI:
https://doi.org/10.22409/nes.v2i1.66542Palavras-chave:
Meninas, Ciências, Pertencimento, Empoderamento feminino, Grupos sub-representadosResumo
Por mais que as mulheres venham ocupando seus espaços de poder e conhecimento, atualmente ainda é evidente a desigualdade de gênero. O Relatório de Desigualdade de Gênero 2023 do Fórum Econômico Mundial prevê mais de 130 anos para que se alcance uma sociedade igualitária. As mulheres continuam sub-representadas nas ciências, principalmente nos locais de decisão e poder. Os estereótipos de gênero afetam as escolhas profissionais desde a infância, e limitam a participação de mulheres em certas áreas das ciências e, em parte, isso se deve à falta de incentivos e permanência. A luta por maior representatividade é ainda mais impactada pela interseção de gênero e raça, com mulheres negras e indígenas enfrentando exclusão adicional no meio acadêmico/científico. Neste cenário, o projeto de extensão universitária Meninas nas Ciências, fruto de uma parceria entre Universidade Federal Fluminense e Fiocruz Bahia, visa dialogar com meninas e mulheres em geral, trazendo conhecimento sobre cientistas de diferentes áreas das ciências. Por meio de entrevistas, pesquisas e séries documentais sobre cientistas mulheres, o projeto busca promover a representação, conscientizar e reduzir as barreiras que impedem meninas e mulheres de alcançarem seus sonhos em qualquer área que escolham. Com o uso de mídias sociais, o projeto atinge um público amplo e contribui para a construção de uma ciência mais inclusiva e diversa. A divulgação dessas histórias ajuda a combater barreiras de gênero, racismo e outras formas de exclusão, criando um ambiente mais acolhedor, de representatividade e inspirador para futuras gerações de cientistas.
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