Uma visão não-linear sobre estratégia empresarial pelo prisma da complexidade

Autores

  • Milton Luiz Wittmann Universidade Federal de Santa Maria
  • Rafael Mendes Lübeck Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PPGAd/PUC-RS),
  • Vinicius De Mesquita Nelsis Faculdade Senac Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.12712/rpca.v7i4.11154

Resumo

A turbulência associada à inovação e à mudança tornou o ambiente organizacional imprevisível e conflitante com as estratégias tradicionais, pois essa ocorre pela administração de conflitos entre a dinâmica adaptativa do presente com a injunção futura de novos paradigmas associados à Teoria da Complexidade. A percepção dos novos paradigmas é observada a partir de mudanças na concepção do pensamento estratégico considerando características baseadas em dinâmicas não lineares e complexas a exemplo da ambiguidade, reconstrutividade e caos estruturado. A compreensão do futuro passa a ser possível se a empresa compreender-se como parte de um todo, mas ao mesmo tempo como um todo que emana influências e que possui uma razão de existir em ambientes autopoiéticos. Considerando estas premissas, o presente artigo consiste em ensaio teórico comparativo entre as estratégias empresariais baseadas em pressupostos lineares, focados em planejamentos disciplinares e estratégias rigidamente estruturadas e a visão de estratégias baseadas em processos sistêmicos e complexos. A visão sistêmica da empresa e suas capacidades adaptativas, no entanto, ainda são insuficientes, pois a dinâmica do ambiente, no qual ocorre à estratégia, impõe a necessidade de realizar mudanças paradigmáticas ao longo do processo para moldar a estratégia definida a priori, fazendo destas uma efetiva consecução dos objetivos organizacionais. Nas considerações finais infere-se a existência de uma contraposição entre os paradigmas cartesianos baseados em pressupostos lineares e mecanicistas de relações de causa e efeito com a teoria da complexidade e da autopoiese, propondo-se uma integração entre as visões que norteiam a elaboração das estratégias, argumento fortalecido pela VBM (Visão Baseada no Mercado) de Porter e a VBR (Visão Baseada em Recursos) de Penrose.

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Biografia do Autor

Milton Luiz Wittmann, Universidade Federal de Santa Maria

Doutor em Administração pela FEA/USP - Universidade de São Paulo (1996). É docente em Administração desde 1981 e lider de grupo pesquisa: CESAO - Competitividade, Estratégia e Arranjos Organizacionais, com ênfase em estratégia e inovação, redes de empresas e desenvolvimento regional. Implantou o mestrado acadêmico em Administração (UFSM) e foi seu primeiro Coordenador (2003). Foi Coordenador de mestrado interinstitucional em Administração (1998-2000) UFSM/UFSC. Atualmente é professor Associado IV da Universidade Federal de Santa Maria atuando em Docência, Projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão e Coordena do curso de Especialização em Gestão Pública/EaD e é avaliador de curso e de IES desde 1996 do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais. Possui projeto de pesquisa com recursos do CNPq e FAPERGS.

Rafael Mendes Lübeck, Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PPGAd/PUC-RS),

Doutorando em Administração, linha de pesquisa Marketing na Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PPGAd/PUC-RS), Mestre em Administração pela UFSM e graduado em Marketing pelas Faculdades Senac Porto Alegre. Atualmente é professor na Faculdade Senac Porto Alegre e pesquisador de Marketing trabalhando com temas sobre comportamento do consumidor. Atualmente é revisor Journal of Research in Economics and International Finance; Gestão & planejamento (ISSN: 2178-8030); RAIMED: Revista de Administração IMED (ISSN: 2237-7956); RACE - Revista de Administração, Contabilidade e Economia - ISSN: 2179-4936; Revista Organizações em Contexto (ISSN: 1982-8756); Revista de Administração da Unimep- RAUnimep (ISSN: 1679-5350). Realizou atividades na ReA - Revista de Administração da UFSM - na função de Editor adjunto. Atuou nas áreas de Marketing e vendas nos setores de serviços e varejo por mais de 15 anos, período no qual ocupou cargos de analista de marketing e gerente.

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Publicado

2013-12-30

Edição

Seção

Ensaios/Essays