Reconhecimento do trabalho artístico na sociedade de consumo
DOI:
https://doi.org/10.12712/rpca.v12i3.13184Abstract
Propomos refletir, neste estudo, possíveis relações entre consumo cultural e o reconhecimento do trabalho artístico. Para tanto, utilizamos o aporte teórico da psicodinâmica do trabalho e a discussão de Baudrillard (2003) sobre a “A Sociedade de Consumo”. Recorremos, como exemplo empírico, ao caso de uma artista atuante na região da Grande Florianópolis, observamos o seu cotidiano de trabalho e realizamos quatro entrevistas em profundidade. Defendemos que o trabalho artístico não passa incólume ao processo de homogeneização social, em que a arte está inserida na mesma lógica dos demais objetos e é apropriada enquanto bem de consumo. A obra e o fazer artístico guardam, contudo, especificidades que fazem sua inserção na sociedade do consumo produzir consequências nocivas ao artista como trabalhador. Advertimos que o não reconhecimento é nocivo para a subjetividade do trabalhador e a constituição da sua identidade, e influencia de modo significativo na vivência de sofrimento no trabalho.
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